Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Martin Picandet, conhecido no mundo da música eletrónica como Martin Solveig, é um dos destaques da primeira edição do United with Tomorrowland, que vai decorrer na cidade do Porto no próximo dia 27 de julho. Poucos anos após iniciar a sua carreira, alcançou o sucesso internacional com o hit "Hello", uma colaboração com Dragonette que rendeu vários discos de ouro e platina. O artista francês regressa agora ao nosso país e o Portal 100% DJ teve a oportunidade de conversar com ele mesmo a propósito da sua vinda a Portugal e os seus novos projetos musicais.
 
És um dos cabeças de cartaz do Unite with Tomorrowland no Porto. Como é trazer o espírito e a festa de um dos maiores festivais do Mundo para Portugal pela primeira vez?
É muito empolgante e sinto-me honrado por ir atuar no Unite with Tomorrowland no Porto. Foi uma oportunidade que não pude recusar e as pessoas em Portugal sabem como se divertir, o pessoal já tem aquele espírito do Tomorrowland!
 
Já tinhas saudades de atuar no nosso país? Como descreves o público português? Certamente já viste a nossa bandeira no meio da multidão no Tomorrowland… 
Claro! É sempre incrível ver tantas bandeiras na multidão, apesar do Tomorrowland ser um dos maiores festivais, ainda me consigo surpreender ao ver pessoas que vêm de tão longe... Não venho muitas vezes a Portugal, mas queria poder atuar mais no vosso lindo país. Eu adoro realmente a vibe e a energia do público português.
 
Este ano formaste a dupla Europa com Jax Jones. Fala-nos um pouco deste novo projeto. 
É divertido, é alegre e criativo. Inicialmente, o Jax Jones e eu só queríamos criar uma música juntos, mas quando estávamos no estúdio, percebemos que tínhamos muito em comum musicalmente. Trabalhar em duo fez-nos querer experimentar coisas novas, coisas que não nos sentiríamos confortáveis ​​se estivéssemos sozinhos mas sendo o projecto Europa podemos usar as habilidades uns dos outros. Lançámos “All day and night” com a talentosa Madison Beer há alguns meses, agora estamos a tocar em festivais diferentes, e podem esperar novas músicas a sair…
 
 
Este verão tens uma residência artística marcada para todos os sábados no Pacha, em Ibiza. Fala-nos um pouco sobre essas performances. 
Pacha é o sítio mais lendário de Ibiza. Tive a oportunidade de fazer parte desta aventura durante alguns anos, então quando me perguntaram se eu aceitaria ser o artista principal do Pure Pacha, imediatamente disse que sim. Foi um verdadeiro desafio redefinir todo o projeto musical e artístico. Tenho muito orgulho do que já conseguimos e a melhor parte é que fica melhor e melhor todos os sábados. Musicalmente falando, é uma vibe 100% Solveig. Trabalhei num formato de house vibes com vários sabores, é um momento de união, alegria e espírito aberto.
 
Ibiza continua a ser um dos melhores destinos para amantes da música eletrónica? Que mudanças aconteceram ao longo dos últimos anos na ilha espanhola? 
Fazem-me essa pergunta imensas vezes. Para mim, a ilha espanhola em termos de espírito e vibe não mudou nem um bocadinho. Adoro praticamente tudo e estou sempre feliz quando o verão está a chegar. Não resisto, Ibiza está a chamar por mim!
 
O que podes revelar a cerca do futuro da tua carreira? 
Este foi um ano muito agitado! Como mencionei anteriormente, tenho o meu novo projeto Europa, mas também a minha residência no Pacha, a nova faixa “Thing For You” com o David Guetta. Neste momento sinto-me muito entusiasmado com todos estes projetos, não posso revelar o que está para vir, mas o resto do ano definitivamente vai ser emocionante, ainda vão ouvir falar de mim nos próximos meses!
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ? 
Gostaria de lhes agradecer pelo apoio, espero que aproveitem o Unite with Tomorrowland e estou ansioso para voltar a Portugal!
 
Publicado em Entrevistas
Os festivais Alive, Rock no Sado, Milhões de Festa, Out.Fest e Festim - Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo estão nomeados para os Prémios Europeus de Festivais de Música 2014, cujos vencedores serão anunciados em janeiro na Holanda.
 
Entre os nomeados estão cinco festivais portugueses, e os vencedores - escolhidos pelo público, em votação online, e por um painel de especialistas - serão anunciados a 15 de janeiro em Groningen (Holanda), durante o festival Eurosonic.
 
Na categoria de melhor festival de grande dimensão, com mais de 40.000 espetadores, estão nomeados o Alive, que aconteceu em julho em Algés, e o Rock no Sado, cuja segunda edição decorreu em agosto em Setúbal.
 
Nesta categoria estão também nomeados festivais como o Roskilde (Dinamarca), Primavera Sound (Barcelona), e Le Printemps de Bourges (França).
 
O Milhões de Festa, em Barcelos, é candidato ao prémio de melhor festival de pequena dimensão (até 10.000 espetadores).
 
Para melhor festival em espaços fechados - que ocupam várias salas numa ou mais localidades - estão nomeados o Out.Fest - Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro e o Festim - Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo, que decorre nos municípios de Águeda, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Ovar e Oliveira do Bairro.
 
Os European Festival Awards distinguem ainda o melhor cartaz, o melhor artista cabeça-de-cartaz ou o artista revelação. 
 
O formulário de votação pode ser acedido em eu.festivalawards.com.
 
Publicado em Festivais
O atual número 1 do Top 100 da DJ Mag está de volta a Portugal. O jovem Martin Garrix vai subir ao palco do festival Nelson Mandela Music Tribute, na Praia do Aterro em Matosinhos, no dia 18 de julho,  juntamente com Bob Geldof, Kaiser Chiefs, Pablo Alboran e Calema.
 
Esta é uma atuação inserida no evento solidário que pretende comemorar o centésimo aniversário de Nelson Mandela, juntamente com várias associações de áreas como a saúde, educação e com um espírito de paz, unidade e esperança.
 
Kura, Wyclef Jean, Gabriel O Pensador, Jimmy P, Steven Tyler e Rui Veloso são outros dos artistas confirmados no festival. Os bilhetes estão disponíveis no site oficial com preços entre os 40 e os 100 euros.
 
Publicado em Festivais
O festival RFM SOMNII, que vai decorrer entre os dias 5 e 7 de julho na Figueira da Foz, divulgou recentemente novas confirmações para o cartaz da edição deste ano, encerrando assim a programação do palco principal.
 
Third Party, Magnificence, Lvndscape, Lost Kings, James Hype, Rich & Mendes e Olga Ryazanova foram os nomes anunciados pela organização do festival, que este ano aumenta o seu recinto para o resto da cidade, em diversos pontos de interesse.
 
A dupla Rich & Mendes volta a ser residente do festival, com atuação marcada para todos os dias no palco principal do RFM SOMNII. Os bilhetes já se encontram disponíveis com preços entre os 29,50 e os 288 euros nos locais habituais.
 
Confere abaixo o cartaz completo até ao momento:
 
5 de julho:
Afrojack
Alesso
Fedde Le Grand
Radical Redemption
Vigel
Olga Ryazanova
Rich & Mendes
 
6 de julho:
DJ Snake
Ozuna
Netsky
Redfoo
Jay Hardway
Magnificence
Rich & Mendes
 
7 de julho:
Don Diablo
Tyga
Jonas Blue
Third Party (live)
James Hype
Lost Kings
Lvndscape
Rich & Mendes
 
Publicado em Festivais
Os Iberian Festival Awards decorreram no passado dia 13 de março, no Teatro Afundadion em Vigo (Espanha) e divulgaram os vencedores da edição deste ano, numa cerimónia inserida no Talkfest – International Music Festivals Forum.
 
Entre os grandes vencedores da noite organizada pela APORFEST constam os conhecidos festivais Lisboa Eletrónica, NEOPOP, Festival Académico de Lisboa, Festival F, entre muitos outros.
 
Confere abaixo todos os vencedores:
 
- Best New Festival
National Winner  - Artes à Vila (PT)
Winner – O Son do Camiño (ES)
 
- Best Festivity
National Winner  - Semana Grande de San Sebastián (ES)
Winner – Expofacic (PT)
 
- Contribution to Sustainability
National Winner  - Noches del Botánico (ES)
Winner – Festival Med (PT)
 
- Best Indoor Festival
National Winner  - Bime Live (ES)
Winner – Lisboa Electrónica (PT)
 
- Best Use of Technology
National Winner  - See Tickets (PT/ES)
Winner – Mb Way (PT)
 
- Best Hosting and Reception
National Winner  - Bons Sons (PT)
Winner – Bilbao BBK Live (ES)
 
- Best Infrastructure
National Winner  - MIMO Festival (PT)
Winner – Rototom Sunsplash (ES)
 
- Best Small Festival
National Winner  - Sinsal Son Estrella Galicia (ES)
Winner – Rodellus (PT)
 
- Best Media Partner
National Winner  - Antena 3 (PT)
Winner – Mondo Sonoro (ES)
 
- Best Line-up powered by ArtCor Light
National Winner  - EdpCoolJazz (PT)
Winner – Resurrection Fest Estrella Galicia (ES)
 
- Best Communication
National Winner  - Low Festival (ES)
Winner – Neopop (PT)
 
- Best Academic Festival
National Winner  - Nochevieja Universitaria Salamanca (ES)
Winner – Festival Académico de Lisboa (PT)
 
- Best Live Performance (Int.)
National Winner  - David Byrne - EdpCoolJazz (PT)
Winner – Lenny Kravitz - O Son do Camiño (ES)
 
- Best Cultural Programme
National Winner  - FMM Sines (PT)
Winner – Rototom Sunsplash (ES)
 
- Best Non-Music Festival
National Winner  - Poetas (ES)
Winner – Serralves em Festa (PT)
 
- Best Brand Activation
National Winner  - Toyota Caetano (PT)
Winner – Ribera del Duero/Sonorama Ribera (ES)
 
- Best Medium-Sized Festival
National Winner  - Arrecife en Vivo (ES)
Winner – Bons Sons (PT)
 
- Best Touristic Promotion
National Winner  - Wos Festival (ES)
Winner – FMM Sines (PT)
 
- Best Service Provider
National Winner  - Cision (PT)
Winner – Idasfest (ES)
 
- Best Lusophone and Hispanic Festival
Winner – Festival F (PT)
 
- Best Live Performance (PT/ES)
National Winner  - Bunbury - Mundaka Festival (ES)
Winner – Bezegol - MUSA Cascais (PT)
 
- Best Major Festival powered by See Tickets
National Winner  - FMM Sines (PT)
Winner – Bilbao BBK Live (ES)
 
- Excellence Award
Winner – Luís Ferreira 
 
Publicado em Eventos
Nos últimos meses a pandemia de COVID-19 tem condicionado o nosso dia-a-dia. Nada é feito como antes. Há regras para tudo e o afastamento social é prioritário. Não foi preciso muito para o sector dos eventos parar. Fechou literalmente portas e tirou o sustento de milhares de profissionais, quer sejam eles artistas, promotores, empresas de audiovisuais e multimédia. Até 30 de setembro a realização dos festivais de música está também suspensa, à espera de melhores dias. Adivinha-se uma recuperação demorada e alguns festivais poderão deixar de existir, uma vez que este ano não existe qualquer fonte de receita. De forma a entendermos tudo o que se está a passar neste “ecossistema” que sobrevive da proximidade e interação de todos, falámos com Ricardo Bramão, diretor da APORFEST, a Associação Portuguesa de Festivais de Música. Falou-nos das suas preocupações, dos eventos que já foi obrigado a cancelar e da reunião que teve com o governo.
 
Também na Aporfest tiveram de adiar o Talkfest e os Iberian Festival Awards. Que fatores tiveram em conta nesta decisão? 
Tivemos que adiar os eventos precisamente na semana em que tudo se despoletou. Era algo que já estávamos a preparar, mas tínhamos um plano B, pois o evento ia realizar-se num local de maior dimensão, na FIL. Portanto, se não fosse possível realizar num local que tivesse tanta gente, tínhamos de ter um plano B. Direcionamos o evento para outro local, mantendo todas as datas previstas, só que depois algumas entidades internacionais já não poderiam vir, muito público estrangeiro também, o próprio staff começava a ficar preocupado. Todas estas situações ditaram o adiamento do evento. Tínhamos o evento todo estruturado e os prémios à espera de serem entregues. O nosso intuito até há bem pouco tempo era realizar uma edição totalmente igual daquela que estava prevista, mas obviamente que vamos ter de alterar algumas coisas perante a atualidade. O mundo dos eventos mudou e nesta situação todos vão planear e realizar as suas coisas de forma diferente, portanto o Talkfest também tem de se alterar e adaptar. 

Na sua próxima edição, em Outubro, que alterações podem vir a sofrer o Talkfest e os Iberian Festival Awards?
Tudo aquilo que temos vai sempre adaptando-se. No Talkfest vamos discutir a atualidade e inserir novas temáticas. Até aqui sempre privilegiámos muito a parte física e a presença das pessoas, mas o Talkfest altera-se perante a atualidade e aquilo que faz mais sentido de um ano para o outro. É uma questão de adaptação e nós também temos de nos adaptar, a situação assim o exige. A gala, essa sim, possivelmente para o ano não se vai realizar, pois este ano também não há festivais, ou se se celebrar, será de uma forma totalmente diferente porque os festivais que vão existir, serão também eles diferentes. É algo que ainda estamos a pensar. Vai ser um ano de exceção.
 

Quais são as maiores preocupações dos promotores dos festivais?
Esta situação está a fazer com que todos os promotores estejam expectantes sobre aquilo que é possível fazer. Todos têm vontade de fazer algo perante as condições sanitárias que serão impostas.
Nesta área os artistas também não estão a atuar. Inicialmente a questão do online funcionou, mas hoje os artistas já perceberam que esse formato não pode ser eternamente gratuito, se não estamos a gerar no público um hábito que depois não conseguimos voltar para trás. A mesma coisa que se os festivais ou outros eventos fossem gratuitos, depois não conseguimos que que o público pague e valorize um bilhete. Portanto, têm de ser criadas novas formas de rentabilidade do artista, do promotor, dos media, que permitam todo este ecossistema sobreviver e se adaptar. Infelizmente esta situação aconteceu, como aconteceu a crise de 2008. Foi após essa crise que se deu o grande boom dos festivais. Já passámos quase duas crises e há outras gerações que não passam nenhuma, mas quem conseguir superar esta, vai ter muito mais defesas e muito mais forma de conseguir ser bem-sucedido no futuro. O que se fez de início a nível da cultura ou daquilo que foi anunciado, relativamente às linhas de financiamento que iam apoiar os artistas, isso pouco ou nada se viu. Na verdade ou ainda não surgiu ou aquilo que aconteceu, não foi como foi dito. Posso dizer que vou apoiar os artistas, mas se nada acontecer, se nada for feito, essas palavras caem em saco roto. Existe muito esse sentimento. Há muitas questões a nível dos eventos que temos vindo a lutar, nomeadamente para os festivais e promotores terem mais benefícios quando retomarem as suas ações, por exemplo no pagamento de direitos de autor, direitos conexos, etc. São essas questões que queremos que sejam analisadas. Todos querem começar a arregaçar as mangas, mas uma linha de crédito significa isso mesmo: um crédito, um novo endividamento para quem já está endividado. Portanto, será muito difícil, apesar de perceber que não pode ser sempre uma linha de financiamento a fundo perdido. Nós por exemplo perdemos algumas questões de viagens, alojamentos e outras despesas que não conseguem ser recuperadas, porque mesmo que o nosso evento ocorra em outubro, temos de montar novamente uma máquina. São custos que não conseguem ser retirados, ou seja, se me derem apoios, se eu ver mais-valias nalguma questão, consigo mitigar alguns custos que vou ter de uma edição que não tem a sua rentabilidade como as outras. Há de facto muita discussão nisto, falamos de uma área em que as empresas quase só têm um colaborador ou sócio-gerente e portanto também não podem ser colocadas em layoff como outras empresas que têm 100, 200, 500 colaboradores. Há muito esta questão e esta área que vive muito da presença física. Isto serviu para esta área estar mais coletiva do que nunca, para estar junta, mas acho que há aqui um grande caminho a percorrer, não só por parte dos próprios profissionais como pelo governo. Verificamos que esta questão também ao ser dos artistas e dos promotores era uma área que se calhar não estava tão profissionalizada como deveria estar e era altura de pensarmos nisso já, e não como foi até aqui. Se estivéssemos preparados há uns anos não estaríamos nesta situação.
 

"Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos (...)"


É um facto que esta foi a primeira área a parar...
Os eventos foram claramente os primeiros a parar, porque foi o primeiro receio. Certo é, e disso não há dúvidas - vai ser a última a ser relançada como deve ser. Porque uma coisa é nós sermos profissionais e querermos produzir os nossos eventos, outra coisa é irmos enquanto público. Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos ou não que se fazia antes e que distinguia esta área, e isso sim, acho que vai demorar muito e não serão meses, mas talvez anos, até voltarmos a poder ter esses comportamentos. 

Que tipo de apoio estão os promotores a pedir? 
Já tivemos vários pedidos, nomeadamente informativos, jurídicos e algumas questões sociais, ou seja, de situações de alguma carência a nível pessoal e profissional em que o nosso fundo social pôde ser despoletado para suprimir uma parte dessas questões. 

Quantos festivais já foram cancelados e/ou adiados? 
Até ao momento 46 festivais foram cancelados e 14 adiados.

Considera que há festivais em risco de não se realizarem no próximo ano?
Não se realizarem no próximo ano e não se realizarem nunca mais. Por vezes quando falamos de certos pequenos festivais em que estão no limite, é muito difícil retomar a seguir, tendo aqui um ano de paragem, não só porque muitos desses festivais vivem com pouca receita, mas também muito pelo amor à camisola. Vimos portanto que há alguns festivais que vão ter muita dificuldade e poderão não acontecer. Sei até de alguns casos que muito dificilmente vão retomar, porque antes de acontecer esta situação, já tinham uma situação difícil.
 
Como está a questão da venda de bilhetes? Houve quebra de bilhetes vendidos desde que se registou um maior número de casos em Portugal?
Houve de facto uma grande quebra nos bilhetes. Por exemplo na See Tickets - com quem trabalho - não se vende bilhetes desde há dois meses. Aquilo que devia ser uma ótima altura de venda para eventos como o Rock in Rio, o Alive e outros festivais, hoje, simplesmente não existe. Porque o público também não sabe o que vai acontecer. Não é, não gostar ou gostar de um determinado evento. É não saber se se pode ir ou não da mesma forma. Porque pode-se gostar muito de um festival mas se soubermos que a experiência que vai ser oferecida vai ser diferente, possivelmente pode perder-se o interesse em estar presente nesse festival. 

Relativamente ao reembolso dos bilhetes, a APORFEST concorda com aquilo que foi aprovado em Assembleia da República?
Concordamos com a maioria do projeto-lei apresentado tendo aproveitado este momento para propor algumas melhorias e criar uma base de sustentabilidade futura ao setor e todos os seus profissionais. Sabemos que as operações dos festivais correm um grande risco e que é necessário algum dinheiro, se não, não conseguem realizar-se. Mas há exceções. Por exemplo o Primavera Sound de Espanha não esperou pela questão governamental para poder devolver o dinheiro e deu um sinal ao seu público. Assumiu o risco e quis dar já o reembolso de forma a não matar já o evento no futuro. 
 

Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um 'replicar' tudo para o próximo ano.

 
Vai ser difícil manter os já anunciados cartazes para o próximo ano?
Acho que não vai ser tão difícil, porque o sector claramente parou. Para todas as entidades foi quase como um ano que não existisse. Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um "replicar" tudo para o próximo ano.

Os festivais mais mediáticos deixaram em aberto uma decisão final até ser aprovado o decreto-lei. Ou seja, davam a entender nos seus comunicados que os eventos não estavam totalmente cancelados quando já se sabia qual o desfecho...
Foi para no fundo poderem tirar uma decisão com base em fundamento governamental, que é a maior entidade responsável por todos nós. Apesar de se adivinhar a decisão, é agora uma informação que passa a estar vinculada e baseada numa entidade governamental que torna mais forte e credível a decisão. 

Todos os festivais de verão estão cancelados?
Não sei se serão todos, mas quanto maior for o festival, maior é a probabilidade dele não acontecer este ano. Aquilo que está a ser feito por grande parte de todos os promotores, é encontrarem soluções que possam ser paralelas aos festivais, como showcases e outras ações que surgirão este ano. Os festivais como os conhecemos não irão existir, mas vão haver ações que os possam substituir, perante as recomendações da DGS, em salas, com lugares marcados, etc.

No entanto, não faz sentido chamarmos festival a um evento numa sala...
É por isso que este ano irão surgir conceitos novos e diferentes que certamente vão singrar para o próximo ano. Vão conseguir tornar-se fortes este ano e crescer no próximo. Será um trabalho que todos vão claramente otimizar. 

Nas últimas semanas multiplicam-se as iniciativas online nas redes sociais. Existe alguma que queira destacar? 
Não acompanhei muitas. Fizeram-me sentido algumas como o Festival Liv(r)e que celebrou o 25 de abril com concertos e doações. Mas também não podemos chamar "festival" a algo que foi produzido em casa, que não tem técnicos de som, de luz, etc. Por isso é que considero que vão aparecer outros fenómenos não se chamando festival, e a componente online passa a ser fundamental num festival para conteúdos extra, conteúdos premium, para backstages. Penso que a partir de agora também aprendemos que o online é muito importante ser um "plus" que nos vai ligar a um festival, mas nada substitui a experiência ao vivo. 

 

DR

Numa fase pós COVID-19, que tipo de medidas pode ou deve um festival impor ao público? 
Vai haver um cuidado cada vez maior no planeamento. Por exemplo verificar a temperatura corporal das pessoas que entram num festival, estar atento a mais sinais perante situações de possível propagação de um vírus. A questão da segurança no seio dos próprios festivais será mais tida em conta e isso vai fazer com que existam mais custos associados ao festival, mas obviamente que serão para evitar uma situação negativa. Da mesma forma que os promotores se protegeram e adaptaram quando foi a questão do terrorismo. Houve mais interligações com as entidades de segurança e isso vai ser sempre necessário. Acho que haverá mais cuidados com o público, a questão da temperatura corporal, ter acrílicos de proteção, o espaçamento entre o próprio público, vão aparecer câmaras térmicas e várias soluções que podem ser aplicadas ou não pelo promotor. Importa é perceber quais serão obrigatórias e regulamentadas. 


As medidas de desconfinamento apresentadas pelo governo propõem que as salas de espetáculos reabram a 1 de junho com lugares marcados e lotação reduzida. Compensa aos promotores realizar espetáculos com estas condicionantes? 
Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados, portanto tudo tem de ser ajustado num cariz de exceção. Vai ter que se apostar menos nos audiovisuais e quem aluga salas terá de ter porventura menos receita e o promotor pensar que vai ter menos garantias de bilhética. É importante que haja uma concordância entre todos para ter o possível e ser melhor do que nada.
 

"Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados (...)"


A redução de lugares significa aumento no preço dos bilhetes?
Acho que os preços não podem aumentar e se pudessem teriam de ser mais baixos. Na perspetiva do público, não posso sentir a mesma adrenalina se não estou com o mesmo número de público ou até mesmo com uma pessoa ao meu lado. A somar a isso está o poder de compra que não será o mesmo de costume. Aumentar o preço dos bilhetes não é aceitável nesta fase. Mas também depende, pois há eventos que já têm um valor elevado nos bilhetes e esta poderá ser uma oportunidade para o público valorizar mais o artista que tem à frente. Por outro lado, possivelmente eventos que antes eram gratuitos podem agora ter 2 a 5 euros de entrada.

A APORFEST foi uma das entidades ouvidas pelo governo. Como correu esse encontro e quais as principais ideias retiradas?
O encontro foi positivo e notou-se uma clara perceção por parte de todos os grupos parlamentares daquilo que são as especificidades do setor. Acreditamos que o projeto-lei pode ser melhorado e a partir daqui serem trabalhadas mais-valias para o sector como a criação de um fundo de garantia para todos, com o intuito que alguma situação análoga no futuro tenha menos incidência no sector.

O que gostaria de acrescentar?
Estão a ser meses penosos e com mais trabalho do que pensaríamos, mas sentimos que as pessoas querem estar juntas no Talkfest em outubro. Nestes últimos meses não temos trabalhado tanto na ótica do associado, mas sim para uma área que queremos que não feche, que gostamos e que muitas das vezes levamos com muito amor à camisola. Neste momento não há tanto a questão do associado. É trabalhar em conjunto para depois podermos estar cá e diferenciar-nos por isso.
 
Publicado em Entrevistas
domingo, 03 janeiro 2010 22:48

Em 2011 vai aos festivais... de comboio

Já se encontra disponível a partir de hoje, para reserva o cartão MusiCard CP, que dá acesso aos festivais Delta Tejo, Super Bock Super Rock, Sudoeste e Super Bock Surf Fest e tem incluído viagens de comboio.

Estão disponíveis 1500 destes passes, que podem ser reservados em estações da CP de Lisboa, Porto e Algarve.

O MusiCard CP tem o custo de 120€ e inclui as entradas para os festivais, quatro bilhetes de ida e volta de comboio em segunda classe nos Intercidades e Regionais. Também durante o período dos festivais, este passe permite o livre acesso aos comboios urbanos de Lisboa e Porto.
 
Para os festivaleiros, esta é sem dúvida uma grande notícia logo a iniciar o ano onde já se espera a música para todos os gostos e estilos, completados com banhos de sol, praia, surf, campismo e longas noites com os amigos.
Publicado em Nightlife
O festival RFM Somnii está de regresso à Figueira da Foz já este fim de semana, entre os dias 5 e 7 de julho e a organização divulgou recentemente a dupla Blasterjaxx como convidados especiais, fechando o cartaz da edição deste ano.
 
Os DJs e produtores holandeses vão pisar o palco principal do festival no dia 6 de julho, na mesma noite que Magnificence, Redfoo, Jay Hardway, DJ Snake, Netsky e Rich & Mendes.
 
Os bilhetes para o festival encontram-se disponíveis nos locais habituais com preços entre os 29,50 e 288 euros.
 
Confere abaixo todos os horários e artistas nos respetivos dias:
 
5 de julho:
 
Palco RFM:
Vencedor concurso RFM - 15H
Olga Ryazanova - 16H
Afrojack - 17H30
Vigel - 18H50
Fedde le Grand - 20H15
Alesso - 21H30
Radical Redemption - 23H05
Rich & Mendes - 00H05
 
Palco Blitz/Sic Radical:
Geeks Are - 15H00
Spliff - 17H00
Valas - 18H00
Dealema - 19H00
 
6 de julho:
 
Palco RFM:
Vencedor concurso RFM - 15H00
Magnificence - 15H50
Redfoo – 17h00
Ozuna - 18H20
Jay Hardway - 20H50 
Dj Snake – 22h00
Blaster jaxx – 23h20
Netsky – 19h45
Rich & Mendes - 00H35
 
Palco Blitz/Sic Radical:
DJ Neslley - 14H30
DJ Fifty - 16H00
DJ Cruzfader - 17H00
Domi - 17H30
Sippinpurpp - 18H00
Stik Up - 18H30
Waze - 19H00
Phoenix RDC - 19H30
 
7 de julho:
 
Palco RFM:
Vencedor concurso RFM - 15H
Lvndscape - 16H00
Lost Kings - 17H00
Jonas Blue - 18H00
James Hype - 19H30
Tyga - 20H50
Don Diablo - 22H00
Third Party - 23H25
Rich & Mendes - 00H25
 
Palco Blitz/Sic Radical:
Hype Myke - 14H30
Rusty - 16H30
Piruka - 18H00
Double Cheese - 19H00
 
 
Publicado em Festivais
O festival Dancefloor chega pela primeira vez ao Altice Forum Braga nos dias 26 e 27 de julho, com um cartaz de luxo recheado de artistas de música eletrónica nacionais e internacionais.
 
KSHMR, Deorro, Yellow Claw, Cesqeaux, Moksi, Ran-D, Tom Staar, Kim Kaey, Kura, Mayze X Faria, Kaiser-T, Gammer, Emidio Meireles, Louis & Sly-R e D-Block & S-Te-Fan são os DJs e produtores que fazem parte do line-up da edição deste ano. O Portal 100% DJ é Media Partner Oficial do festival.
 
TRANSPORTES PÚBLICOS
 
Se pretendes ir de transportes públicos, a Comboios de Portugal dá-te a oportunidade de comprares um bilhete de ida e volta por 2 euros nos comboios urbanos do Porto e um desconto de 30% no Intercidades, Regional e InterRegional. Os Transportes Urbanos de Braga oferecem transporte grátis. Para quem vem de Vigo, a Comboios de Portugal oferece um desconto de 30% nas viagens Celta de Vigo-Porto e Porto-Vigo.
 
BILHETES
 
Para trocares o teu bilhete pela pulseira, podes fazê-lo a partir das 12h00 de quinta-feira e das 09h00 de sexta-feira. A abertura de portas está marcada para as 19h30, enquanto que o encerramento do festival acontecerá às 04h00. Ainda existem bilhetes à venda, com preços entre os 19 e os 24 euros nos locais habituais.
 
OBJETOS PROIBIDOS
 
Para entrares sem problemas no recinto, certifica-te que não possuis nenhum destes objetos proibidos: marmitas, garrafas, copos, latas, artigos de pirotecnia, material explosivo, selfie sticks, câmaras fotográficas ou de filmar, capacetes, bandeiras, ferramentas, armas e animais.
 
HORÁRIOS DAS ATUAÇÕES
 
26 de julho
Emidio Meireles – 20h30/21h30
Mayze X Faria – 21h30/22h30
Cesqeaux – 22h30/23h45
Tom Staar – 23h45/00h45
KSHMR – 00h45/01h45
Deorro – 01h45/02h45
Ran-D – 02h45/03h30
Kaiser-T – 03h30/04h00
 
27 de julho
Louis & Sly-R – 20h30/21h30
Kim Kaey – 21h30/22h30
Gammer – 22h30/23h45
Moksi – 23h45/01h00
Yellow Claw – 01h00/02h00
Kura – 02h00/03h00
D-Block & S-Te-Fan – 03h00/04h00
 
Publicado em Festivais
A quarta edição do festival Dancefloor está prestes a abrir portas no estádio municipal Dr. Magalhães Pessoa em Leiria, nos dias 27 e 28 de julho. A organização divulgou agora os últimos artistas confirmados e os horários das atuações.
 
Madara, Alecks, Solberjum e Rob Willow fecham o cartaz, composto também por Kevu, Will Sparks, Zatox, Vinai, Nicky Romero, Vendark, Blasterjaxx, Audiotricz, Borgore, Tujamo, NEW_ID, Noisecontrollers e Carnage. 
 
Além dos dois dias de festival, quem estiver a acampar na Praia do Pedrógão pode começar a festa de abertura no dia 26 de julho, a partir das 18 horas, com atuação de Rob Willow, Madara e Solberjum. 
 
No dia 28 de julho, quem for adepto de desporto ao ar livre pode aproveitar as aulas de zumba, body pump, cycling, body balance e crosstraining das 09h00 às 13h30 no recinto do festival.
 
O Portal 100% DJ é Media Partner Oficial do Dancefloor. Os bilhetes encontram-se à venda na Bilheteira Online. Confere abaixo todos os artistas confirmados nos respetivos dias e horários:
 
26 de julho 
Parque de Campismo da Praia do Pedrógão
 
18h00
Madara
Solberjum
Rob Willow
 
27 de julho
 
19h30 – 20h00 – Solberjum & Madara
20h00 – 21h00 – Vendark
21h00 – 22h00 – KEVU
22h00 – 23h30 – Will Sparks
23h30 – 00h45 – VINAI
00h45 – 02h00 – Nicky Romero
02h00 – 03h00 – Noisecontrollers
03h00 – 04h00 – Zatox
 
28 de julho
 
19h30 – 20h00 – Solberjum & Madara
20h00 – 21h00 – Alecks
21h00 – 22h00 – NEW_ID
22h00 – 23h00 – Borgore
23h00 – 00h00 – Tujamo
00h00 – 01h15 – Carnage (Convidado especial)
01h15 – 02h30 – Blasterjaxx
02h30 – 04h00 - Audiotricz
 
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