Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Nos últimos meses, uma das maiores curiosidades que circulou a grande velocidades nas redes sociais foi a pergunta: “afinal, quem são os Kanalhas?”. Depois de terem recebido destaque e apoio a nível internacional com os seus mais recentes remixes, o Portal 100% DJ esteve, em exclusivo, à conversa com a dupla portuguesa que promete dar que falar nos próximos tempos. As suas influências musicais, os projetos e se Portugal é um público difícil de agradar, são apenas alguns dos assuntos abordados nesta entrevista que desvenda quem está por detrás destes Kanalhas.

 

Que influências musicais possuem?
Musicalmente escutamos de tudo um pouco. O que ficar no ouvido serve de influência e inspiração para produzirmos boa música. Somos duas pessoas criadas nos arredores de Lisboa e temos várias influências desde ritmos africanos, latinos, música árabe, brasileira, Rap, Old School, House… Tudo para nós passa por uma fusão de estilos. Enquanto produtores as nossas referências passam por GTA, Major Lazer, Diplo, DJ Snake, Dillon Francis, Bro Safari, Hasse de Moor, Wiwek, Ape Drums, entre muitos outros. As nossas bases vão desde o Hip Hop à música eletrónica. 
Temos em mente que o futuro da música passa por criar uma “fusão” mas temos sempre uma forte influência do Moombahton. 
 
Que projetos querem realizar a curto e longo prazo? 
Nós começámos com dois remixes totalmente diferentes um do outro ao nível da sonoridade. O primeiro completamente Moombahton e o outro muito Jungle com um toque Dirty Dutch.
Podemos dizer que foi inesperado o apoio que tivémos no primeiro remix "Dillon Francis & DJ Snake - Get Low". Desde blogs norte-americanos, a produtores dentro da cultura Moombahton, feedback da América Latina à Holanda (com suporte do tema). Foi algo incrível para o nosso primeiro trabalho. Temos muitas ideias guardadas que nos permitem lançar material a curto prazo. Para já, estamos a trabalhar num original com um artista português bastante conhecido, que ainda não podemos revelar o nome.
Neste momento estamos a finalizar dois remixes. Um para o KURA e outro para um amigo nosso francês - o R.WAN. Será um remix da sua música original com o artista americano Snoop Dogg. A longo prazo estamos já a preparar um EP e estamos em contato com artistas norte-americanos e alguns nacionais.
 
 
 
Consideram que Portugal tem público para este projeto? 
O nosso projeto é virado para o mercado internacional (nem poderia ser de outra forma). Portugal tem um mercado relativamente pequeno e existem imensos artistas com qualidade no nosso país, o que dificulta que todos consigam ganhar cota de mercado. Iremos apenas estar presentes em festivais e eventos que justifiquem, para não “cansar” o projeto e as atuações serão escolhidas com critério. 
Temos recebido bastante apoio nas nossas redes sociais (Facebook e Soundcloud) e queremos que quem vá assistir às nossas atuações se identifique connosco e com a nossa música.  
 
É um público difícil de agradar? 
É uma pergunta complexa. Nos dias de hoje está tudo muito rápido. A música está como a fast food... de “consumo rápido”. O público habituou-se a ter muito por onde escolher e tem um grau de exigência muito maior do que tinha antigamente. Não basta a componente musical. Hoje temos de dar um bom espetáculo e boas atuações e é isso que pretendemos fazer. 
 

Nos dias de hoje está tudo muito rápido. A música está como a fast food... de ‘consumo rápido’.

 
Para finalizar, a pergunta que se impõe: quem são os Kanalhas ?
Os Kanalhas são uma dupla composta por dois DJs e produtores: o Stikup e o King Kong (Pedro Maurício).
O Stikup tem um longo trajeto e passou por projetos como Makongo, Flow 212 e agora com os Dynamic Duo tem percorrido os palcos e clubes nacionais. O King Kong esteve ligado à Enchufada (editora dos Buraka Som Sistema) e já produziu temas com o Branko, Fred (Orelha Negra, 5-30, Banda do Mar), além de originais e temas para inúmeros artistas tais como Carlão, Blaya, Diogo Piçarra, Francis Dale, entre outros. Produziu recentemente com Fred a famosa música "Hands Up" para a Moche.
Já nos conhecemos desde o início do movimento Moombahton e da altura do Dirty House (Holandês) e como temos o mesmo gosto musical decidimos produzir algo a dois e ficou logo uma química. A partir daí foi trabalhar e aqui estamos. 


 
Que mensagem querem deixar aos leitores da 100% DJ?


Antes de mais, queremos agradecer à 100% DJ pelo trabalho que tem feito e pela importância que tem no mercado nacional da música eletrónica. Para os leitores, deixamos uma mensagem de agradecimento pelo apoio que temos recebido. A seguir ao verão, iremos iniciar os nossos concertos e esperamos por vocês.
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É conhecido pelo seu carisma e talento notável. Destaca-se por ser dos produtores nacionais com maior projecção além-fronteiras.
A mítica discoteca "Bauhaus", onde teve residência artística, foi o local onde aprendeu a lidar não só com vários estilos de público, mas também com vários registos musicais.
"Russian Guitar", - editado na altura pela Kaos Records - foi o primeiro tema original a constar do seu portfólio. Nesta entrevista exclusiva, Kura confessou no que se inspira quando produz música, adiantou que tem nos planos a médio prazo, a criação da sua própria editora, e falou-nos da grande volta que deu a sua carreira desde que integra a agência WBD Management.
O conhecido DJ e Produtor comentou ainda o término do colectivo sueco "SHM", do qual fez o warm-up no passado dia 18 de dezembro, e lançou os seus desejos para 2013, afirmando que "quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais". Para Kura, só se tem sucesso com "trabalho, dedicação e paixão".
 
 
Em que momento da tua vida tomaste a importante decisão: "É isto que quero seguir!"?
Quando deixei de ser DJ residente. Foi aí que percebi que podia viver da música, que podia fazer aquilo que mais gosto, a 100%.

A residência na conhecida discoteca "Bauhaus", foi de certa maneira o teu primeiro contacto com o público?
Não, antes disso já tinha tido várias experiências em outros clubes e bares, mas foi o espaço que me ensinou a lidar com vários estilos de público e vários registos musicais.

Já este ano fizeste a tua primeira tour no Brasil. Como foi a experiência?
Foi incrível, superou completamente as minhas maiores expectativas. Ter a oportunidade de tocar em clubes como o "Pacha" ou a "Posh", e num ambiente de Sunset no "Café de La Musique" de Jureré, renovou o meu entusiasmo de fazer mais e melhor. O Brasil é realmente um país maravilhoso e a música electrónica está em grande nos clubes! Foi sem dúvida uma grande experiência que espero repetir em breve.

Tens um novo tema chamado "Undefeatable" que resulta de uma colaboração com a cantora holandesa Noubya, e que marca o teu regresso a produções mais vocalizadas desde o "Follow Your Dreams". Como é que este tema aconteceu?
Penso que a diversidade é uma mais-valia para qualquer produtor musical, e creio que é importante ser capaz de produzir um tema com uma estrutura de uma canção como o “Undefeatable”. Não o fiz sozinho, contei com o Benjamin e a Noubya na parte da escrita da letra e penso que o todo resultou muito bem. Tenho recebido um feedback extraordinário e a música tem estado a ser muito bem recebida tanto pelos DJs como pelas rádios. Mas como a diversidade é mesmo importante, saiu no passado dia 16 de janeiro, o meu segundo tema pela editora alemã Tiger Records, o “Odyssey”, que é mais direccionado para a pista.

O que consideras mais importante para se ter sucesso?
Trabalho, dedicação e paixão.
 

É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.


Qual a música que te deu mais prazer a produzir e porquê?
Como nos últimos tempos tenho produzido muita música torna-se difícil eleger uma única, mas recordo-me, por exemplo, de ter feito o meu tema "Galaxy" em 5 horas, numa madrugada de Inverno, não conseguia ir dormir sem acabar o tema.

O que te inspira quando produzes?
Pessoas, lugares, emoções, outros produtores, momentos...

Em média, quanto tempo demoras a produzir uma música?
Depende, pode demorar 5, 6 horas... ou meses/anos.

Já te passou pela cabeça fundar uma editora?
Claro que sim, é algo que vou fazer a médio prazo. Sempre foi um dos meus objectivos ter a minha editora, editar principalmente os meus temas, mas também fazer um trabalho que considero muito importante de apoio a novos talentos.
 
As tuas produções recebem sempre feedback de nomes importantes...
É uma grande honra para mim. Toda a gente tem os seus ídolos e eu já tive a sorte de alguns deles tocarem os meus temas. É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.

A incursão na agência WBD Management alterou a tua carreira? Em que aspectos?
Alterou sem dúvida. A WBD acabou por complementar uma grande lacuna na minha carreira, que era a comunicação e gestão da minha marca. Sempre tratei de tudo sozinho, e com o crescimento do meu nome, as coisas ficaram fora de controlo. Já estava a prejudicar o meu processo criativo por ter de estar a gerir marcação de datas, newsletters, etc. Tenho realmente que agradecer todo o trabalho que a WBD tem feito comigo até agora, tem sido muito importante para o meu crescimento. Além da parte profissional que tem sido muito positiva, acabei também por conhecer pessoas fantásticas e esse é o grande segredo da WDB enquanto agência. São pessoas apaixonadas pelo que fazem, trabalham com gosto, e quando assim é não é difícil de se obter sucesso.

Tiveste o privilégio de tocar no warm-up do espetáculo dos Swedish House Mafia em Lisboa. Qual é a tua opinião sobre o facto de eles terminarem o projecto?
Todos os projectos têm eventualmente um fim. Eu acho que eles acabaram por elevar o nome "Swedish House Mafia" a algo que nunca ninguém vai esquecer, e mais vale sair de cena no topo do que acabar no esquecimento, e acho que se trata disso também. A grande vantagem é que eles vão continuar a solo, e cada um deles é realmente único naquilo que faz, são três indivíduos iluminados, tanto na produção como na vertente de DJ. Pode atribuir-se 80% de tudo o que se faz em música electrónica neste momento a estes três senhores. É algo realmente único e especial..

Na tua opinião, faz falta alguma coisa na noite portuguesa? O quê?
Na minha opinião, faz falta uma maior aceitação à música de dança menos comercial e sistemas de som em condições.

Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas.

 
Tens algum comentário a fazer relativamente à nomeação que o Portal 100% DJ fez, dos 10 DJs/Produtores que se destacaram em 2012?
Fiquei bastante satisfeito com essa distinção e desde já agradeço à 100% DJ que também tem vindo a fazer um trabalho único na divulgação do que melhor se faz por Portugal.

Que planos tens para este novo ano?
Em 2013 vou continuar a trabalhar todos os dias para fazer mais música e abordar outros estilos, quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais. Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas. Espero continuar a fazê-lo.

Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e fãs?
Espero que continuem a acompanhar o meu trabalho, tanto nas redes sociais como nas minhas actuações. É muito importante para mim receber o vosso feedback - ajuda-me a crescer como profissional. Agradeço todo o carinho e apoio que me têm dado até agora, são vocês que me motivam todos os dias para trabalhar ainda mais, mesmo quando as coisas não correm bem. Obrigado a todos!
 
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O DJ português Steven Rod encontra-se em Miami, com várias atuações marcadas durante a semana da música eletrónica, em clubes como Ora, D-A Vila Downtown, Ocean’s Tem Ocean Drive e Seaspice. Estivémos à conversa com o artista acerca da cidade norte-americana, do espírito da Miami Music Week e da sua carreira.
 
Já atuaste em Miami por várias vezes, quase já é a tua segunda casa. Além de boa energia, o que consideras importante transmitir ao público durante estes cinco dias?
Sim é verdade, já são alguns anos a atuar em Miami e podem acreditar que cada vez mais me sinto em casa, tem sido uma caminhada fantástica. Na semana do Miami Music Week, a maior parte das pessoas vem para cá com o espírito de festa, à procura de grandes eventos com os melhores artistas do mundo! Toca-nos a nós que estamos em cima dos palcos dar um grande show e acima de tudo fazer algo que ninguém está à espera, apresentar temas novos e fazer com que as pessoas passem realmente um bom momento. Nesta semana, Miami está repleto de várias culturas, pessoas de todas as partes do mundo e é sem dúvida fantástico podermos mostrar o que tenho vindo a trabalhar ao longo deste tempo.
 
Na área dos eventos o que encontras em Miami que não existe e fazia falta em Portugal?
O clima! O ambiente tropical. Cada evento é uma experiência, cada evento ensina-nos algo diferente e na verdade eu penso que é a vontade que as pessoas têm de ouvir uma boa sessão. Sinto que aqui vão a um evento e esperam ouvir algo diferente, têm vontade de ouvir o que o DJ tem para lhes mostrar. Não vou dizer que nunca senti isso em Portugal, já senti mas gostava de ver ainda mais esse espírito no meu país. Acredito que no futuro isso vai acontecer. Gostava também que este tipo de eventos em clubes começassem mais cedo, como aqui em Miami.
 
Atuar no Ultra Music Festival é uma meta que pretendes alcançar?
Sem dúvida! Todos sonham em subir ao palco do Ultra Music Festival em Miami. Já alcancei tantas coisas na minha vida que até eu mesmo pensava que nunca iria lá chegar... Porque não continuar a trabalhar para conseguir isso?! 
 
Qual é a sensação de representar Portugal na Miami Music Week?
A sensação é muito boa e torna-se ainda melhor quando sentes o apoio do público português, seja daqueles que estão por cá ou os que me seguem diariamente nas minhas redes sociais. É brutal, muito satisfatório ver e reconhecer portugueses nos eventos onde estou a atuar!
 
Que novidades a curto prazo podes desvendar a cerca da tua carreira?
Felizmente como em todos os anos vou ter o calendário repleto de grandes eventos em Portugal e também em outros países. O início de 2018 foi absolutamente incrível e assim vai continuar! Há também umas colaborações com um artista nacional e outra com um grande internacional e espero que o prazo seja mesmo curto para poder relevar o trabalho que tenho vindo a fazer.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Continuem a apoiar a música eletrónica em Portugal e nunca deixem de marcar a vossa presença nos eventos que são produzidos no nosso país. Temos muita qualidade e podemos ser o melhor party people do mundo!
 
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Tem 23 anos e é um promissor da música eletrónica à escala mundial. Atualmente ocupa a posição número 52 do TOP 100 da revista britânica DJ Mag e conta com inúmeras músicas no seu reportório. Depois de ter atuado em 2015 no Algarve, Danny Avila regressa desta feita a terras lusas, concretamente à Festa do Chicharro nos Açores, no primeiro sábado de julho, dia 7, para uma exibição que tem tudo para ser única. Mais uma vez o Portal 100% DJ esteve à conversa com o jovem DJ e Produtor espanhol que desvendou algumas novidades sobre a sua carreira, quais as recordações que guarda Portugal e quais as suas expectativas para a atuação nos Açores.

 Fala-nos um pouco sobre a tua recente faixa "BRAH".
"BRAH" é um retorno às minhas raízes de dancefloor depois de ter lançado "Too Good To Be True” com os The Vamps e Machine Gun Kelly. Este último lançamento foi um pouco mais pop para mim, então pensei em seguir com algo mais focado em clubs. Gosto de mudar as coisas a cada lançamento.

Recentemente começaste a filmar o teu dia-a-dia. De certa forma achas que isso é importante para os teus fãs e para a tua carreira?
Claro que sim! Chama-se "My life" e vou publicando a pouco a pouco no meu canal do YouTube. Acontece tanta coisa durante a digressão que queria compartilhar isso com os fãs e mostrar um pouco dos bastidores. A série documenta os altos e baixos e tudo o que vai acontecendo quando estou a viajar pelo mundo. Espero que vocês gostem!

Como vês o cenário do EDM espanhol neste momento com o reggaeton a regressar em força aos top charts mundiais?
Sobre a EDM espanhola uma coisa é certa: está sempre a mudar! Tendo eu crescido em Madrid, experienciei em primeira mão a grande variedade e influência na dance music espanhola e também a música internacional que faz sucesso no meu país de origem. Muita dessa variedade e mudanças na dance scene inspiraram-me a incorporar diferentes géneros na minha própria música... Quem não gosta um pouco de reggaeton?

Já passou algum tempo desde a tua última atuação em Portugal. Quais são as lembranças que guardas?
Colocando de lado a incrível paisagem (e é realmente incrível), devo dizer que recordo as pessoas de Portugal. Viajo para muitos lugares no meu trabalho e encontro muitas pessoas, mas os portugueses fazem-me sempre sentir bem-vindo. Sabem festejar! Para mim é como um lar longe de casa e lembro-me sempre disso.
 


Quais são as suas expectativas em relação à tua próxima atuação em Portugal, a 7 de julho, na Festa do Chicharro nos Açores?
Eu tenho visto vídeos das edições anteriores da Festa do Chicharro e parece altamente! Estou muito feliz por finalmente voltar a Portugal e fazer a festa com toda a gente. Como já referi, as pessoas em Portugal são sempre muito acolhedoras, por isso estou à espera de uma grande festa. Tenho alguns truques na manga para este DJ set também.

Podes revelar-nos algumas novidades da tua carreira num futuro próximo?
Ultimamente tenho tentado aperfeiçoar o equilíbrio entre a digressão e a produção musical e está a correr bem, por isso tenho conseguido criar uma boa quantidade de novas músicas - que espero poder partilhar com vocês em breve. Também assinei recentemente com a SONY Music Spain, por isso haverá mais músicas em breve sob esse acordo. Gostava de poder revelar mais, mas é tudo muito secreto e emocionante.

Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Vocês estão sempre em cima dos acontecimentos da dance music. Gostei desta oportunidade de conversar com vocês novamente e espero continuar a agradar-vos com o meu trabalho. Com a visão atual da dance music tão movimentada neste momento, agradeço o vosso apoio e verei todos vocês em breve.
 
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Com o setor paralisado devido à pandemia de Covid19, um grupo de profissionais da área do entretenimento decidiu reunir-se e criar, desta feita, a Associação Portuguesa do Entretenimento. Com objetivos claros, este novo movimento associativo pretende representar profissionais a custo zero e já tem iniciativas pensadas para serem desenvolvidas a curto prazo.  Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, falámos com Ricardo Silva, representante e Presidente da Associação, onde nos explicou a quem se destina a APENT e alguns dos projetos pensados, em particular de apoio aos DJs e produtores de música eletrónica.
 
O que é a APENT e a quem se destina?
A APENT - Associação Portuguesa do Entretenimento é uma Associação sem fins lucrativos, criada para representar todo o setor profissional do entretenimento. Desde músicos, DJs, empresas e profissionais do audiovisual, performers, agentes culturais, artísticos e turísticos, produtores e organizadores de eventos, etc. Não pretendemos deixar ninguém de fora, no entanto, excluímos áreas como o teatro, cinema e televisão visto serem áreas com especificidades diferentes das que levaram à criação desta Associação.
 
Quais foram as motivações que levaram à criação da Associação? 
Todos nós falamos dos problemas, dificuldades, falta de representatividade do setor e ausência de soluções durante muito tempo e apesar de haver várias Associações ou Movimentos, são todos demasiado específicos, com pouca representatividade associativa ou com interesses adjacentes a pequenos grupos profissionais. Devido a esta situação pandémica que atravessamos e devido a tudo o que mencionei, seria a altura certa para a constituição de uma Associação onde não houvesse qualquer outro interesse (daí a ser sem fins lucrativos) que não seja o de dotar os profissionais do setor - os associados - de meios que possam fazer face às dificuldades imediatas que a pandemia trouxe e podermos falar a uma só voz com o Governo, instituições e organizações que tutelam ou têm influência no papel fundamental que desempenhamos para o país e para os portugueses. 
 
Quem são as pessoas que compõem a Direção da Associação? 
Não é segredo nenhum e será do conhecimento de todos. Somos mais de uma dezena de profissionais do setor, desde músicos, agentes, produtores e organizadores de eventos, brand managers, etc., e não pretendemos nenhum protagonismo. A Associação é e será dos associados e todos com os mesmos direitos e deveres. Os sócios fundadores são apenas um grupo que tomou a iniciativa porque alguém a precisava de ter. Não somos diferentes de nenhum associado. Entramos com um espírito de missão, dando o nosso contributo que tem sido extremamente exigente e será numa fase inicial devido a tudo o que envolve a criação de uma associação, capacitá-la de uma estrutura física, logística e com capacidade financeira para ser sustentável, sendo a mesma sem fins lucrativos, sem capitais próprios e regida pelas regras, legislação e fiscalização do associativismo. Estatutariamente e para se poder constituir uma Associação, alguém teria de avançar. Foi este grupo que teve iniciativa e disponibilidade, mas após o primeiro mandato somos obrigados pelas regras do associativismo a efetuar eleições e seguir a legislação própria. Além disso duvido que algum dos órgãos sociais pretenda continuar porque o trabalho que estamos e iremos ter, condiciona a nova vida pessoal e profissional. Estamos todos aqui com espírito de missão e esperamos que depois do nosso primeiro passo, haja outros que o continuem em prol de todos nós.
 
Não havendo investimento e sendo sem fins lucrativos, como estão a pensar gerir a Associação? 
É essa a pergunta chave e seguramente um dos motivos para nunca ter surgido uma Associação com estas características. De momento, são os órgãos sociais que estão a custear todas as despesas e obviamente sem qualquer tipo de retorno ou apoio porque a Associação não tem verbas. As verbas de qualquer Associação resultam da quotização dos sócios que ficará suspensa até o sector ter retomado a atividade normal, dos apoios que eventualmente possam surgir por parte das entidades públicas, de donativos e de projetos e atividades próprias que possam executar. Como referi, é esta equipa que está a custear, contribuir e irá trabalhar para que possamos ajudar e deixar um legado para todos os associados do sector. 
 
Já há projetos e iniciativas pensadas? 
Sim, inúmeras. Apesar da constituição da Associação só aparecer agora, este é um trabalho que tem meses e já temos inúmeras iniciativas pensadas, programadas e imenso trabalho feito, além de parcerias, contactos, protocolos e benefícios programados para todos os associados.
 

Para os DJs e produtores de música eletrónica, além dos benefícios gerais, está a ser desenvolvido um projeto que irá trazer um incremento direto nos seus rendimentos (...)

 
Pode revelar alguns? 
Serão todos revelados com a transparência que uma Associação é obrigada a ter. Algumas revelações que posso deixar, visto estarem concluídas ou em fase de conclusão,w, tais como seguros de vida e acidentes de trabalho que são obrigatórios para exercer a atividade, através de descontos ou atribuição direta, apoios sociais porque ninguém irá passar fome numa fase em que não tem rendimentos ou viu reduzida a sua atividade, disponibilidade direta de inúmeros produtos ou serviços com descontos ou diretamente, apoio em projetos próprios onde a Associação ajuda os associados a desenvolver ou criar, acesso a instalações culturais ou da própria sede que pretendemos seja um espaço multiusos aberto para todos aqueles que o queiram usar e muitos outros que estamos a preparar e iremos dando conta à medida que vamos tendo desenvolvimentos. Volto a referir que a Associação é dos associados e só faz sentido se estiver sempre disponível e acessível aos profissionais do setor. Inclusive qualquer iniciativa, projeto ou ideias que os associados tenham ou pretendam realizar em nome da Associação e em prol do setor, haverá total disponibilidade e abertura para poderem realizar ou contribuir no que entenderem. 
 
Especificamente para os DJs há alguma coisa pensada? 
Para os DJs e produtores de música eletrónica, além dos benefícios gerais, está a ser desenvolvido um projeto que irá trazer um incremento direto nos seus rendimentos e que a seu tempo será revelado. O setor abrange várias áreas com especificidades diferentes e queremos trazer para discussão o que os profissionais de cada área pretendem para que todos juntos possamos encontrar soluções, sendo que um dos problemas principais está relacionado com a ausência de legislação sobre a profissão. Um dos pontos que teremos todos de discutir será o de encontrar uma forma de que apenas os DJs possam executar o serviço que lhes compete e não qualquer pessoa com um software ou hardware que o faça ilegalmente. Com isto não estou a falar de se criar pagamentos de licenças, "inventar" carteiras profissionais ou um novo imposto em cima do que os DJs já fazem através das suas contribuições ou dos pagamentos que quem os contrata já faz nos seus espaços ou eventos que realiza, mas sim algo similar ao que existe noutros países onde a profissão de DJ é reconhecida como qualquer outra. Será um dos imensos assuntos a debater e terá de ser com o contributo dos associados, porque serão eles a decidir qual o melhor caminho e a Associação apenas fará o que os associados pretendem porque é deles a Associação. 
 
Quando é que haverá mais informações e como se podem inscrever na Associação? 
Estamos neste momento em fase final da constituição da Associação (já autorizada) e temos mais uns dias para concluir alguns processos pendentes com o Ministério da Cultura que é quem tutela o setor e por inerência a Associação e os seus associados. As inscrições já se encontram abertas no site www.apent.pt (sem joia ou pagamento de quotas) para os novos associados, sendo que temos já cerca de 5 mil associados que vão "migrar" de outras associações.  A melhor forma de estarem a par de todas as novidades é seguirem a nossa página de Facebook onde iremos atualizando as informações. Aproveito, desde já, para agradecer ao Portal 100% DJ pelo apoio que tem dado na promoção e divulgação desta área especifica do nosso sector. 
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No aquecimento para duas atuações em Portugal - em Aveiro a 25 de abril, e em Faro a 10 de maio - falámos em exclusivo com Martin Solveig numa altura em que a EDM vive dias de verdadeira procura de identidade: se por um lado toda a gente toca as mesmas coisas e produz o mesmo tipo de música, por outro os produtores buscam o som do futuro, de um futuro que é já amanhã. Como não podia deixar de ser, graças à sua experiência na cena eletrónica, Martin mostra que está atento e lança pistas para o santo graal da EDM.

 
Olá Martin! Tens duas visitas em breve a Portugal - a 25 de abril na Queima em Aveiro e a 10 de maio na Semana Académica do Algarve - estás feliz por voltar ao nosso país?
Fico sempre feliz e excitado por voltar a Portugal porque considero que os portugueses são um dos melhores públicos do mundo. Na última década construí uma relação especial com os meus fãs portugueses: eles são dos poucos que seguem a minha carreira inteira desde o "Everybody" (de 2005) passando pelo "The Night Out" e "Hey Now", e claro, pelo "Hello" que foi um enorme sucesso também em Portugal. Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses. 
 

Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses.

 
Partilhaste recentemente com o mundo que 2014 seria um ano criativo para ti, que não tocarias muito e que cada atuação seria especial. Podes dizer-nos o que tens preparado para Portugal?
Tenho estado a trabalhar em muitas versões especiais e edits das minhas músicas. Estas versões não estão disponíveis em lado nenhum, não estão na internet, são apenas para usar nos meus DJ sets, por isso têm que vir ver-me e ouvir a música exclusiva que levo comigo e, espero que isso seja o que vai fazer a diferença nas minhas atuações em Portugal.
 
Tens estado ocupado em estúdio a fazer música nova. Quando é que podemos esperar novidades?
Estou neste momento no estúdio, tenho passado muito tempo aqui. Não sei quando a música será editada porque entrei num processo profundo de tentar reinventar o meu estilo, ou pelo menos trabalhar numa evolução sónica digna desse nome. Sinto que chegou a hora de o meu som evoluir. Obviamente um processo destes demora algum tempo e eu sempre preferi esperar até ter algo de verdadeiramente relevante para oferecer aos meus fãs do que apressar e editar algo que não estou seguro a 100%. 
 
Estás a produzir para outros artistas? Vamos ter mais colaborações com a Madonna ou outros artistas pop? 
Não estou a produzir para outros artistas. É algo que farei mais tarde.
 
"Blow", a tua colaboração com o Laidback Luke, foi o teu mais recente single. A música que estás a fazer segue aquela linha?
Não, o "Blow" não é de todo a direção em que estou a trabalhar. O tema foi produzido na alegria do momento, para fundir dois estilos num único tema e pelo divertimento de trabalhar com o Laidback Luke. Mas não define uma nova direcção para mim.
 

Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.  

Como é que foi a Winter Music Conference? Ouviste alguma música nova e excitante que queiras partilhar connosco?
A WMC é sempre muito caótica, muito louca mas muito boa. Não estive em Miami muito tempo por isso não tive oportunidade de ouvir muita música mas ouvi alguns sets e destaco o do Diplo e do Dillon Francis que tocaram alguns temas exclusivos que são musicalmente entusiasmantes. Comparando os dias de hoje com os dias em que a internet não era tão globalmente disponível, eu diria que os DJ sets hoje têm que chegar a uma audiência mais genérica: para ter um bom feedback do público, tens que tocar uma série de temas que já são conhecidos pelas pessoas. Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.
Sinto que há grandes mudanças no horizonte para a música eletrónica. Neste momento há duas tendências muito diferentes e muito fortes nos Estados Unidos e na Europa; e ambas vão em direções diferentes. Não estou com isto a querer dizer que uma tendência é melhor que a outra ou que uma vai sobrepor-se à outra, mas as coisas estão a evoluir muito. É uma oportunidade para quem quer inovar. Pode ser um pouco confuso no início mas no fim de contas precisamos que as músicas não soem todas iguais e é isso que irá acontecer, provavelmente, nos próximos anos. E é uma coisa boa.
 
 
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Atualmente ocupa a posição número 94 no Top 100 da Revista britânica DJ Mag. Com um prémio quente nas mãos e de enorme responsabilidade, Diego Miranda, sente-se orgulhoso e honrado em ser o único DJ português a representar o seu país. Poucos meses depois da edição de “Say Yeah”, o álbum de estreia, Diego vê confirmado e reconhecido pelo público além-fronteiras aquilo que lhe corre nas veias em abundância: talento. Na entrevista ao Portal 100% DJ revela já ter uma agenda repleta de festivais até ao próximo ano, com paragens pela América, Ásia e África. Faz também referência à sua nova editora que pretende editar música de qualidade e dar a conhecer novos talentos.
Confere a conversa que tivemos com Diego Miranda depois de ter recebido este importante prémio.

 

O que representa para ti estar no Top 100 da DJ Mag?
É um grande orgulho e uma grande honra ser o único português a singrar na lista dos 100 melhores DJs do mundo pela conceituada revista britânica DJ Mag.
 
Estavas à espera de subir no Top em relação a 2012?
Curiosamente nos últimos 2 anos estive a um passo de entrar na lista, ficando nas posições 101 e 108 respetivamente. Este ano, tenho a perfeita noção que trabalhei ainda mais que nos outros anos, lancei o álbum "Say Yeah", toquei muito mais no estrangeiro e obtive mais visibilidade nos media. Por outro lado, tinha consciência que este ano era muito mais difícil entrar, porque houve grandes novos talentos internacionais a explodir por todo o mundo e consequentemente a subir nas posições. Como por exemplo o caso do Hardwell e também por haver novas entradas no ranking. É por isso que esta conquista teve um sabor especial e estou muito feliz por isso.

O facto de estar na DJ Mag não só traz mais visibilidade mas também acarreta mais responsabilidades.


Na tua opinião deveriam estar mais portugueses neste Top?
Claro que sim, é sempre um orgulho haver portugueses a representar o nosso país por todo o mundo e quantos mais melhor, mas acredito que nos próximos anos vão entrar muito mais portugueses neste Top, porque Portugal tem muitos novos talentos que se continuarem a trabalhar como estão, vão dar cartas em todo o mundo.
 
O que podemos esperar de Diego Miranda nos próximos meses?
Para já vou continuar a promover o álbum "Say Yeah" que contém ainda outros temas por mostrar ao público. Entretanto, vou continuar a trabalhar em estúdio para o meu próximo álbum. Vão também sair novas faixas minhas mais mainstream, com novas colaborações de outros produtores. Já tenho festivais agendados até ao próximo ano que incluem várias paragens, nomeadamente pela América, Ásia e África. Tenho também uma nova editora "Less is More Records" que pretende editar, principalmente, música de qualidade e dar a conhecer novos talentos. Quero, também, realizar outros projetos que tenho em mente, mas que ainda é cedo para revelar...

Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs?
O facto de estar na DJ Mag não só traz mais visibilidade mas também acarreta mais responsabilidades, para todos aqueles que acompanham e apoiam a minha carreira só lhes posso prometer que vou trabalhar ainda mais e melhor. De resto, só posso dizer: "The Best is Yet to Come"... e agradecer a todos os que me têm apoiado até aqui.
 
 
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André Reis e Carlos Silva dão nome e vida à dupla 'Karetus' - um projeto surgido no ano 2010 com influências nos mais variados estilos de música eletrónica. De entre atuações em diversas festas estudantis e clubs de renome, o ano de 2012 ficou também marcado pelo lançamento do seu EP 'Entrudo' na Rottun Records, que serviu de palco para o seu reconhecimento a nível internacional. Sem hesitações, nem 'papas na língua', consideram que "o objetivo não é lançar muita música mas sim fazer música com qualidade." Nesta entrevista exclusiva, revelaram-nos que a curto prazo irá ser lançado pela editora DIM MAK, o remix da "New Ivory - Day By Day" e que o "futuro da música eletrónica passa pela criação de novas sonoridades e fusão entre as mesmas".
Na conversa que tivemos ficou também claro, que esta dupla é sinónimo de dedicação, originalidade e talento, sendo sem dúvida um nome a ter em conta nos próximos anos.
 
 
Como é que surgiu a ideia de criarem uma dupla?
Já nos conhecíamos há uns anos e apesar de termos influências musicais diferentes pensámos em unir ideias e criar algo com o qual nos identificássemos. É desta fusão e influências que partimos para o projeto 'Karetus'.

Porquê 'Karetus'?
Queríamos um nome que fosse "português" e que revelasse a nossa nacionalidade. Karetus são figuras típicas de uma tradição transmontana que aparecem para fazer diabruras em alturas como o Carnaval e na época Natalícia (dependendo da aldeia e tradição) e que transmitem alegria, tradição e animação. Foi um nome pensado e estudado para que tivesse algo relacionado connosco e com a nossa maneira de estar.

Consideram que o lançamento do EP 'Entrudo' foi imprescindível para se darem a conhecer ao grande público?
Sem dúvida. Foi editado pela 'Rottun Records' de Excision e atingiu o Top 5 mundial em inúmeras categorias - Dubstep, Electro, Glitch Hop, Drum and Bass e Electro. Foi sem dúvida o que nos projetou a nível internacional e que abriu as portas que pretendíamos.

A "Future is Now", alcançou a sétima posição da loja digital - Beatport. Como receberam essa notícia e o que sentiram?
Com enorme agrado. Foi o primeiro passo para sabermos qual o caminho que podíamos seguir.

Que 'ingredientes' consideram essenciais para uma música 'ficar no ouvido'?
O essencial é ser feita com tempo, dedicação e enorme atenção aos detalhes. Tentamos fazer tudo com tempo e sem precipitações. O objectivo não é lançar muita música mas sim fazer música com qualidade.

É para o nosso público que trabalhamos diariamente e são eles a nossa motivação para continuar a trabalhar.


Qual o tema que vos deu mais prazer a produzir e porquê?
Todos os temas têm a nossa dedicação. Damos o nosso melhor a cada música feita.

Estão nomeados nos "Cows On Patrol Awards 2012" para 4 categorias. (Melhor DJ Dubstep; DJ Revelação Dubstep; Melhor Produtor Dubstep; Melhor Tema Dubstep.) O que representa para vocês estas nomeações?
Agradecemos todos os prémios que nos são atribuídos mas não é o nosso objectivo ser "premiados". O nosso prémio é diário e é dado por quem nos manda mensagens, assiste às nossas actuações e ouve a nossa música. Recebemos prémios todos os dias e queremos continuar a receber. É para o nosso público que trabalhamos diariamente e são eles a nossa motivação para continuar a trabalhar.
[Nota de redação: Esta entrevista foi realizada antes de serem conhecidos os vencedores. 'Karetus' venceram na categoria de ‘Melhor Produtor Dubstep’.]

Recentemente Steve Aoki passou no seu Radioshow um remix vosso. É motivo de orgulho?
Sim. O Steve Aoki tem passado regularmente o nosso remix dos New Ivory nas suas atuações e nos programas de rádio. É uma faixa que vai sair muito brevemente na sua editora, a DIM MAK.

São defensores da máxima "O que é nacional, é bom"?
Sem dúvida. Portugal tem muitos e bons produtores. Felizmente temos um excelente relacionamento com a maior parte dos artistas nacionais e se fizermos o que outros artistas internacionais fazem (como os suecos ou holandeses), só temos todos a ganhar. Precisamos de dar mais valor ao que é nosso porque temos qualidade para conquistar o mercado internacional.
 
O que podemos esperar dos 'Karetus' a curto prazo?
Muito trabalho, novos lançamentos quer sejam a 'solo' ou colaborações com outros artistas. Queremos continuar a divulgar o nosso trabalho e a nossa sonoridade eclética. A prova disso são as produções com artistas tão diferentes como Nicky Romero, Nervo, Skism, Far Too Loud e tantos outros...
Julgamos que o futuro da música eletrónica passa pela criação de novas sonoridades e fusão entre as mesmas. Inovar e criar mais e melhor... É esse o nosso objectivo para podermos partilhar com todos os que nos seguem a nossa música..

Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e ao vossos seguidores?
Muito obrigado a todos vocês por nos apoiarem na nossa carreira e no nosso sonho. Não é que os nossos fãs sejam melhores que os fãs dos outros... Mas na verdade são!
 
 
 
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Natural da Margem Sul do Tejo, é no país da cidade maravilhosa que faz vida há 10 anos. Começou a sua carreira na música com oito anos de idade, a estudar piano, tocou numa banda de baile, mas rapidamente percebeu que o "bailinho" era outro, com acordes mais eletrónicos e decibéis muito mais altos. Rui Oliveira é o rosto do projeto Paranormal Attack, que está comemorar 15 anos de existência. Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, ficámos a conhecer as suas influências e algumas novidades musicais, como foi a sua passagem pelo Festival Tomorrowland Brasil e quais os seus próximos projetos.
 
 
A música fez parte da tua infância. Estudaste piano, tocaste numa banda de baile e aos 20 anos começaste a produzir música eletrónica. Conta-nos como foi essa mudança da música de baile para a eletrónica.
Na verdade sempre odiei música de baile mas era uma boa fonte de dinheiro e dava-me tempo para poder produzir enquanto Paranormal Attack durante a semana. Sempre fui fã de Rock e Metal, nem prestava muita atenção ao som eletrónico até ao dia em que fui a uma rave e apaixonei-me completamente. Comecei logo a descobrir como se fazia aquilo. Os conhecimentos que tinha de música ajudaram-me muito na produção!
 
Na produção musical quais são as tuas influências?
No trance a minha maior influência sempre foi Skazi, além de ser como um irmão para mim também foi ele que me ajudou muito no início da carreira. No geral o meu produtor preferido é o Rob Swire dos Pendulum/Knife Party.
 
Já lançaste uma faixa em conjunto com os Karetus. Com que outros artistas portugueses gostarias de colaborar?
Os Karetus são grandes amigos meus e grandes produtores. Estou a terminar uma colaboração com os Ninja Kore e gostaria de fazer algumas coisas diferentes no mundo Pop também. Estou também a preparar uma colaboração com os Pratta.
 
Faz dois anos que fundaste a editora Fxxk Tomorrow. Como surgiu essa ideia e que balanço fazes da mesma?
Quando tive a ideia de criar a editora foi com o intuito de ter liberdade para lançar a minha música quando quisesse sem ter que esperar por agendas de outras editoras. As coisas foram crescendo e comecei a receber muitas demos e os planos foram sendo maiores. Já lançámos músicas de vários artistas, vários estilos e conseguimos alcançar alguns Top 100 no Beatport. Recentemente começámos a fazer eventos e temos grandes planos para Portugal a partir do próximo ano, que em breve serão revelados. Mas esperem grandes noites no nosso país.
 
Como vês a cena Trance tanto em Portugal como no Brasil?
São cenas muito diferentes. O Brasil devido ao tamanho do país e também ao tamanho a que o Trance chegou os eventos são mega produções com milhares de pessoas. E também o público é mais quente e mostra mais o quanto gostam do DJ. Já Portugal tem uma cena mais tradicional, mais underground e mais pequena e as pessoas são um pouco mais introvertidas. Mas amo os dois países. Cada um com as suas particularidades.
 
O ano passado tiveste uma atuação no Tomorrowland Brasil. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência maravilhosa, poder estar num evento desses é o sonho que qualquer DJ provavelmente tem. Lembro-me que até chorei de felicidade no dia que saiu o meu nome no line-up. Foi uma emoção enorme.
 
Que diferenças encontras entre o público português e o brasileiro?
Como já disse, acho que a maior diferença é mesmo a reacção do público quando ouvem a minha música. Os dois países gostam muito do som mas no Brasil as pessoas gritam, pulam, levam placas com o meu nome, bandeiras de Portugal, etc. Em Portugal o público preocupa-se mais com a experiência de cada um durante o set. Dançam muito mas são mais contidos. Mas isto é uma coisa do Trance, porque vejo que noutro tipo de eventos o público português é bastante animado também.
 
No início do mês tiveste uma atuação na Costa de Caparica, margem do Tejo que te viu crescer. Como foi esse regresso? Pode-se afirmar a velha máxima de que "o bom filho à casa torna"?
Foi muito boa a festa, grande ambiente e o local escolhido foi muito bom também. Isto foi só o começo de uma caminhada que estamos a planear. Grandes notícias estão a caminho. Fico muito feliz de voltar ao meu país depois de estar 10 anos no Brasil.
 
O que representou para ti a entrada direta para o TOP 30 de 2016 levado a cabo pelo Portal 100% DJ?
Foi outra grande surpresa para mim e fiquei muito feliz com isso. O país onde nasci reconheceu o meu trabalho e consegui um 19.º lugar. Muita gente que não me conhecia ficou a conhecer e os que conheciam se calhar passaram a respeitar mais o meu trabalho. Espero que este ano suba mais umas posições nesse ranking.
 
Quais são os teus projetos musicais a curto e médio prazo?
Este ano vou lançar o álbum de 15 anos do projeto com 15 músicas e tenho algumas colaborações para sairem também em labels mais comerciais. Temos também grandes planos para eventos da Fxxk Tomorrow em Portugal.
 
E por último, a pergunta da praxe. Que mensagem queres deixar aos teus fãs/seguidores?
Quero agradecer a todos por me proporcionarem a vida que eu escolhi. Poder fazer aquilo que se ama é uma grande vitória na nossa vida. Nunca desistam dos vossos sonhos. Por vezes demoram a chegar mas o que é nosso está guardado e então a nossa hora sempre chega. Um abraço gigante a todos! Amo vocês!
 
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Poucos são os palcos e clubes nacionais que Overule não terá ainda pisado. Com uma média anual de 150 atuações que classifica como "muito gratificante", é possivelmente o DJ que mais "toca" em terras lusas. 
Além dos discos, coleciona também uns sólidos 11 anos de carreira. Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Overule fala do seu passado e da sua experiencia, comenta as vantagens e desvantagens da "era" do Digital DJing, opina sobre a noite em Portugal e faz um balanço muito positivo do ano que passou, destacando dois gigs que lhe ficaram na memória. Contou-nos ainda os pormenores do "Mr Superstar" - o seu novo single de estreia, confessando que para o produzir se inspirou nas tendências dos finais dos anos 70, inícios de 80.
Durante o decorrer deste ano e além da promoção do novo single, Overule estará empenhado no concretizar de um novo projeto com um baterista - notícia que nos desvendou. Para conhecer na primeira pessoa… Overule!
 
 
O que é que te levou a entrar no mundo da música?
Acima de tudo sempre gostei de música. Sempre mexeu comigo tudo o que está interligado com música… possivelmente começou por aí. Depois comecei a ouvir determinados estilos de música que têm mais envolvente do que apenas música, estou a falar nomeadamente do Hip Hop, que despertou para mim um interesse muito maior em relação à música e à maneira como eu via a música. Foi por aí que dei os primeiros passos.
 
Há quanto tempo és DJ?
Há cerca de 16 anos. Profissionalmente, há 11 anos.
 
Deixaste de estudar para ingressar no mundo da música, não foi?
Não foi propriamente para ingressar no mundo da música. Eu deixei de estudar para me tornar um DJ profissional. Na altura foi uma opção difícil porque estava muito pressionado, principalmente pela minha família, mas tinha em mente que me “iria dar bem”, porque já andava com um ritmo de trabalho grande e sabia também o meu valor e as minhas capacidades. Previa que se tivesse o tempo necessário para me dedicar a 100% a isto, que conseguiria ser bem sucedido. Foi isso que me levou a deixar de estudar. Não sei se um dia mais tarde me vou arrepender disso, mas para já não me arrependo e tem corrido bem. Se calhar a maior razão para ter deixado de estudar, foi imaginar-me no final do curso, a trabalhar num escritório, fechado 8 horas ou então a fazer o que faço neste momento. Coloquei as duas coisas na balança e decidi fazer o que atualmente faço, precisamente porque sabia que ia ser muito mais feliz. Se não o fizesse e se tivesse continuado com o curso, não seria uma pessoa tão feliz como sou hoje.
 
Já foste DJ de uma banda de Hip Hop. Queres contar-nos essa experiência?
O DJing apareceu na minha vida através do Hip Hop, porque antes de ser DJ, o meu objetivo era fazer scratch. Eu não sabia nenhuma técnica de mistura, nem nenhuma técnica do que está associado ao trabalho de um DJ, apenas tinha interesse em fazer scratch, e comecei por aí, sem material nenhum, a brincar com uma aparelhagem que os meus pais tinham lá em casa e com alguns vinis antigos do meu pai. Depois fui para a banda de Hip Hop. Senti necessidade de fazer, de alguma forma, parte do movimento Hip Hop, e na altura, aquela vertente com que mais me identificava dentro das quatro que compõem o Hip Hop (DJing, MC, Graffiti e B-boying), era precisamente o DJing e as coisas começaram por aí. A banda de Hip Hop também ajudou a que evoluísse como DJ e que abrisse mais os meus horizontes no trabalho que faço atualmente. Penso que o Hip Hop nesse aspeto foi uma escola para mim, servindo de impulsionador daquilo que faço hoje. Depois obviamente que fui evoluindo e tomando conhecimento de outros estilos musicais, de outras culturas... mas começou por aí.

Assumes-te um DJ de Hip Hop?
Não propriamente. Acima de tudo considero-me um freestyler. "Estilo livre - Open format" é como se denomina o tipo de DJs como eu. Também não toco todos os estilos de música, porque há determinados estilos que eu próprio não compreendo e não me dizem nada. Eu toco aqueles que me dizem alguma coisa e que eu acho que têm qualidade suficiente para inserir e me divertir a tocar.

(...) as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ.

 
Basicamente misturas "todos" os géneros musicais. Neste momento e na tua opinião qual é o género que as pessoas absorvem mais e melhor?
Acho que a nível de música eletrónica, o House em Portugal tem uma aceitação muito grande e desde que existem DJs portugueses nos clubes, de há 40 anos para cá, que este género musical sempre teve um peso muito forte. Se calhar não é o que me entusiasma mais, mas tenho de reconhecer que em Portugal é o que tem mais força. 
 
Tens ideia do número exato de discos que coleccionas?
Nunca me dei ao trabalho de os contar a todos, um a um. Fiz uma contagem assim por alto, da última vez que mudei de casa, e rondavam os dez mil discos de vinil. O crescimento desta coleção já estagnou, há três ou quatro anos atrás, altura em que eu aderi ao Serato e às novas tecnologias. Hoje em dia também é muito raro comprar vinil, a não ser que haja algum específico que seja de coleção, mas tirando isso a maioria das músicas que compro são digitais. 
 
Por falar em digital... Qual é a tua opinião sobre o digital djing e toda esta nova era?
Tem as suas vantagens e desvantagens. Se olharmos do ponto de vista em que eu, há uns anos atrás, quando tocava só com vinil, tinha que carregar quatro malas de 100 discos cada uma e que me dava cabo das costas e do físico, e hoje em dia só tenho de carregar um laptop, nesse aspecto é bastante positivo. Mesmo a nível do trabalho, ajuda imenso porque hoje em dia, com programas digitais, conseguimos fazer determinadas coisas que com música tocada em vinil não seria possível. Acho que essas são as principais vantagens. As desvantagens por sua vez, passam pelas empresas que desenvolveram esses softwares, que estão a tornar o trabalho do DJ cada vez mais fácil. O que de certa forma permite que os novos DJs não se esforcem tanto e não trabalhem tanto a parte técnica como se trabalhava há uns anos atrás. E isso de certa forma está a causar uma menor qualidade no nosso trabalho e na maioria dos DJs que se vêem por aí, porque não se preocupam minimamente em fazer um trabalho técnico. Acho que os programas também ajudam a essa facilidade, a esse comodismo. 
 
Já que o trabalho é facilitado, consideras que os softwares também ajudam a que haja um número mais elevado de pessoas interessadas?
Eu acho que a procura é a mesma, só que como as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ, e, no fundo, eu não acho isso mau nem vejo nenhuma desvantagem nisso - acho que há lugar para toda a gente - mas acho que no mínimo as pessoas que querem ser DJs, deveriam esforçar-se para saberem o básico da técnica e aprender um pouco sobre a história da música, ou seja, a sua cultura musical, porque isso também conta, não é só ir aos tops de determinadas rádios e lojas, e "sacar" todo aquele top e fazer um set só dessa listagem. Há por trás um trabalho muito maior e muito mais exigente que apenas esse. 
 
Que opinião tens sobre a noite em Portugal?
Sinceramente já foi melhor. Acho que a noite em Portugal tem vindo a perder qualidade, mas ainda há alguns espaços em que se consegue sair e ter um serviço de qualidade - isto é, serviço de qualidade a todos os níveis, desde o serviço de bar, a porta, a qualidade do DJ, a música, a decoração da casa... Esse tipo de pormenores que todos juntos oferecem aos clientes um serviço de qualidade. Existem algumas casas que ainda conseguem fazer isso, mas a maioria do que tenho visto por aí, tem vindo a perder um pouco isso. Não estou a dizer que é culpa dessas casas, se calhar também é culpa da crise que estamos a passar e do facto de não estar tanta gente a sair à noite e as casas não têm tanta gente a consumir nas noites em que abrem, que também contribui para que a qualidade seja um pouco inferior. Infelizmente é assim, mas são os dias que correm, e esperemos que venham melhores dias e melhores noites!
 
Tens uma média anual de 150 atuações por ano em Portugal. O que é que isto significa para ti?
É muito gratificante. No final do ano, quando penso nesse número é desgastante mas acaba por ser gratificante, porque o facto de conseguirmos fazer esse número de atuações significa que as pessoas, passados dez anos, continuam a gostar do meu trabalho e a contratar-me e significa que o trabalho e a ideia que eu tinha desde inicio de fazer uma carreira a longo prazo está a ser bem sucedida. Essencialmente é isso que significa esses números. Às vezes, números em si também só não chegam, é preciso dar continuidade a esse trabalho. Quero com isto dizer, que não basta apenas um ano com 150 atuações, mas é preciso manter esse nível e ritmo durante vários anos para se conseguir construir uma carreira sólida.
 

Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.

 
Certamente que este número envolve também trabalho da tua agência...
É da agência e não só. Isto é um trabalho de equipa. Nós trabalhamos sempre todos em conjunto. Eu próprio marco datas, não tenho o trabalho de booking completamente entregue a uma agência. É um trabalho que desenvolvemos em equipa e todos trabalhamos em prol do mesmo. 
 
Trabalhas também muito a tua imagem. Atualmente qual achas a melhor e mais viável forma de chegar facilmente aos fãs?
A internet hoje em dia é o meio mais rápido de comunicar com as pessoas, não só com os fãs mas com o público de maneira geral. E principalmente Facebook e plataformas digitais de redes sociais que ajudam a que isso aconteça e as pessoas conseguem por si só também estar mais a par e mais por dentro do meu trabalho e não só, mas também do meu dia-a-dia, sem ser como DJ.
 
Que balanço fazes do ano que passou? Qual o gig que mais te marcou?
Acima de tudo é obviamente um balanço positivo. Foi um ano com bastantes atuações e de muito trabalho de estúdio, porque no fundo para lançarmos determinados temas temos de estar quase um ano a preparar esse trabalho e é isso que eu estive principalmente a fazer o ano passado e vou continuar a fazer este ano também. Relativamente ao gig... vou apontar dois: as festas de São Paio na Torreira, um evento que me surpreendeu imenso. Foi ao ar livre, em cima da praia, com cerca de dez mil pessoas - algo único. O segundo foi a Expofacic, que também gostei bastante e que me correu bem.
 
Tens também uma série de marcas a trabalhar contigo. Consideras que são importantes para o crescimento da tua carreira?
Sim, no fundo nunca fui eu que procurei as marcas, foi precisamente ao contrário. É uma boa associação porque há uma interajuda a nível de trabalho. 
 
Entraste em 2014 a lançar um novo single. Fala-nos um pouco sobre o teu "Mr. Superstar".
Este tema é a minha estreia como produtor a solo. Eu já tinha vindo a trabalhar como produtor noutros projetos e estive associado a vários
 projetos, alguns deles com boa visibilidade, outros nem por isso, mas essencialmente estive cerca de dois ou três anos parado, sem produzir, estava focado nas atuações, nos meus DJ sets e no trabalho que desenvolvo ao vivo. Também o radioshow que faço me ocupou bastante tempo e tirava-me tempo para produzir. No início de 2013 decidi voltar ao estúdio e à produção - porque já andava com saudades disso, e foi principalmente esse o motivo que me levou a produzir. Neste single de estreia, que já fiz há meio ano atrás, e que na altura não sabia se iria ser o primeiro - isso foi decidido mais tarde - decidi convidar o Virgul porque é um parceiro de estrada, com quem trabalho em atuações ao vivo já há alguns anos. Decidi convidar um amigo, que por sua vez convidou outro amigo - o Atiba, que já tinha participado com o Virgul nos álbuns dos Da Weasel e dos Nu Soul Family.
 
No que é que te inspiraste para o produzir?
Acima de tudo inspirei-me nas tendências dos finais dos anos 70, inícios dos 80, naquela linha do Funk e do swing, da Motown, de James Brown, por aí... Eu acho que o Hip Hop em si também tem muita influência do Funk e do Sampling, de coisas de Disco e Funk dos anos 70 e 80, e eu achei por bem começar por essa vertente musical.
 
Consideras-te um "Superstar"?
Não, de todo. O "Superstar" no fundo é uma caricatura e uma crítica social às pessoas que são pouco presunçosas, que procuram a fama apenas como meio de ostentação e não como um "acessório". Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.  
 
Para além da promoção do teu novo single, que novos projetos tens para desenvolver este ano?
Tenho mais singles para lançar durante o resto do ano e desde o Verão de 2013 que voltei a trabalhar em rádio e estou a fazer o meu radioshow semanal em 10 rádios do país. E posso adiantar, em primeira mão, que estou a desenvolver para o Verão um projeto ao vivo com um baterista e que irá chamar "Drumma Scratch". Será um projeto engraçado e diferente. Terá um número limitado de atuações que vamos apresentar apenas em grandes palcos. Vamos trabalhar a componente de remixes e edits próprios, tudo para tornar um espetáculo diferente e inovador. 
 
Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs e aos leitores do Portal 100% DJ?
Queria acima de tudo agradecer-lhes pelo apoio que me têm dado ao longo destes anos, por gostarem de ouvir o meu trabalho e por continuarem a sair à noite para me ouvir.
 
 
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