Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
A primeira vez da nova agência Double Date especialista em "Música Electrónica Sem Swings" - vai ser em Lisboa, no incrível cenário do Le Chat (Janelas Verdes), e já tem data confirmada. Será no próximo sábado dia 10 de novembro.

Os sunsets (ainda) têm muito encanto, e a Double Date promete conquistar e deixar-se conquistar por todos os amantes de boa dança que queiram festejar o melhor da musica eletrónica, ao som de um Tejo sempre azul.

Nesta data - 10 de novembro, das 17h às 03h - pede-se a todos, que reservem o dia e a noite para a estreia da Double Date, que conta também com a indispensável presença de todos os seus artistas - DJs - agenciados. São eles, Mário Valente, Glam Slam Dance, Fulano47, Sininho, Pan Sorbe, Valise D'Images, 447DJs, Rui Estevão, Señor Pelota, Ramboiage, Trol2000, Vahagn e o DJ Tony.
 
Faltar é pecado - Ir é ordem (aconselhada).
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O Instituto de Meteorologia prevê para este fim-de-semana boas condições climatéricas para a prática do desporto mais apetecido de sempre - audição de boa música. Apenas basta clicar no 'Play' e começar a surfar nas melhores ondas sonoras, com o volume no máximo!
(Se algum player não aparecer, faz refresh, clica em F5)
 
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O festival Tomorrowland aconteceu no passado fim de semana na Bélgica e acolheu milhares de visitantes, que utilizaram a aplicação Shazam para descobrir algumas músicas. Foi agora divulgada a lista dos temas mais procurados durante todo o festival de música eletrónica, que inclui artistas como Robin Schulz, DJ Snake e Avicii.
 
Confere abaixo a lista completa:
 
  • Major Lazer feat. M Ø & DJ Snake – Lean On
  • Robin Schulz feat. Ilsey – Headlights
  • Lea Rue – I Can’t Say No! (Broiler Remix)
  • Jack Ü feat. Justin Bieber – Where Are Ü Now
  • Avicii – Waiting For Love
  • Félix Jaehn feat. Jasmine Thompson – Ain’t Nobody (Loves Me Better)
  • Dimitri Vegas & Like Mike feat. Ne-Yo – Higher Place
  • DJ Snake & AlunaGeorge – You Know You Like It
  • Netsky – Rio
  • Kygo feat. Parson James – Stole The Show
 

 
Publicado em Tomorrowland

Com um percurso musical de 20 anos, Massivedrum é detentor de uma das mais sólidas carreiras a nível nacional no que à música de dança eletrónica diz respeito. O seu tempo divide-se entre o DJing e a produção musical, entre remixes e originais que tem a possibilidade de os lançar nas suas duas editoras. O seu mais recente tema chama-se “Hero” e conta com a colaboração com uma das maiores vozes da house music: Shawnee Taylor. Com várias presenças no estrangeiro, não só em clubs como também em grandes festivais, é um nome que figura constantemente nas playlists de rádios e DJs de todo o planeta, elevando desta feita o seu estatuto profissional.

Em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Massivedrum fala na primeira pessoa sobre a sua carreira, as faixas produzidas, opina sobre o cenário atual da música eletrónica e revela pormenores interessantes dos próximos trabalhos que tem na manga.

 

Existe algum segredo para deter uma carreira sólida com quase 20 anos?
Eu penso que existe e tem vários nomes. Trabalho árduo, sacrifícios, dedicação, mas também uma característica muito importante: amar incondicionalmente o que se faz e ser fiel à sua arte e identidade. 
 
Quais as principais mudanças que marcaram estes teus últimos anos de carreira?
Penso que os meus últimos anos de carreira foram marcados pela mudança de um Massivedrum adolescente para um mais adulto. Mudei muito musicalmente. Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás, em que pensava única e exclusivamente na pista. Hoje em dia penso muito mais no que a faixa pode provocar no íntimo das pessoas, na sua longevidade e acima de tudo, na sua musicalidade. Acho que é algo que acontece com o tempo, com naturalidade.  
 
Quais são as três melhores palavras que a definem?
Trabalho, sacrifício e dedicação.
 

Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás (…)

 
Qual foi a música que mais prazer te deu a produzir e porquê?
É uma questão um pouco ingrata. Tenho várias. Costumo destacar a “Fingerprint”, porque foi uma faixa produzida para exteriorizar alguns fantasmas e sentimentos negativos que assolaram a minha vida na altura. Foi uma época que tive bastantes problemas e dificuldades e foi naquela faixa que me refugiei. É um exato espelho do meu estado de espírito na altura. Foi um grito de revolta. Depois, existe o remix que fiz para os Kentphonik, “Hiya Kaya”, que recordo-me que 90% das pessoas a quem disse que iria fazer o remix oficial, me aconselharam a não fazê-lo. Bem, segui o meu instinto e em conjunto com o DJ Fernando fizemos o que ficou ao ouvido de todos. Deu-me bastante prazer. Este ano, a faixa em conjunto com a Shawnee Taylor passou a fazer parte deste lote. Era um sonho antigo. Encheu-me o coração!
 
O teu novo tema “Hero” tem a participação de uma das maiores vozes da house music, Shawnee Taylor. Como surgiu esta colaboração?
Bem, eu passo a semana em estúdio, ora a produzir remixes, ora a produzir originais. Esta colaboração surgiu de um instrumental que tinha, e tanto eu como o meu agente achámos que poderia agradar à Shawnee. O contato foi feito, ela pediu para ouvir e o resultado está à vista. Foi algo muito natural. Para mim não muito, pois senti-me um miúdo com cinco anos a quem dão doces! 
 
Alguns dos temas cantados por Shawnee Taylor, como “Live Your Life” ou “Devontion”, influenciaram esta tua nova produção?
Não, pois como respondi antes, o instrumental já existia. Produzi porque o senti naquela altura assim. Não tinha um propósito, poderia até ter sido aproveitado para um remix. Mas, eu e o meu agente sentimos algo nele e como a Shawnee era um desejo antigo, avançou-se dessa maneira.
 
 
Já remisturaste temas para grandes nomes como Bob Sinclar, Axwell ou Chus & Ceballos. Há algum segredo ou uma regra a ser respeitada quando se faz um remix para um artista?
Eu por norma não sigo. Há duas maneiras de editar remixes. Ou o artista te contrata para o fazeres ou fazes e envias para o artista. Existem sim, diferenças entre estes dois casos. No primeiro, o artista contrata-te porque a tua sonoridade no momento agrada-lhe e ele quer um remix teu dentro desse estilo. No segundo caso, fazes algo que sentes, mesmo sendo diferente do que te carateriza e envias para o artista. Se ele gostar, edita. Felizmente tem-me corrido bem nos dois casos.
 
Em 2013 escreveste na crónica "From a Paradise Called Portugal", para o Portal 100% DJ, que a crítica especializada dizia que era 'in' ouvir um disco de dança nacional. Achas que no futuro vamos dançar ao som de um disco de dança português com orgulho?
Quero acreditar que sim. Foram realmente tempos que deixam saudades. A união artística era fantástica e conseguiu-se mesmo isso. Quando entrava uma faixa nacional, era a loucura, um orgulho. Acredito que isso será possível de novo, mas muito terá de mudar no panorama musical nacional. Há um longo caminho ainda a percorrer.
 
Quem consideras a grande revelação da música eletrónica nacional e internacional?
Se olharmos para os nomes fortes da dance scene nacional, já nenhum é revelação. Não sei quem é ou será, a grande revelação, mas quem for, será numa altura complicada. A nível internacional, apareceram muito bons artistas neste último ano, mas por norma não gosto de destacar ninguém, pois o que para mim interessa é a música num todo. Destacar alguém num estilo pode negligenciar outro alguém num estilo diferente. Para mim, distinções nesta arte, que é tão vasta, são um pouco injustas.
 
No teu entender existe união e respeito na música eletrónica em Portugal? O que mudarias?
Tenho uma frase muito simples para esse assunto: Menos queixas, mais trabalho. Mais respeito, mais valores morais. Se tudo isto existisse, a união, o respeito e a valorização global apareceriam naturalmente. É um assunto delicado porque em Portugal, a própria indústria não é saudável, está corrompida e quando assim é, só os artistas não chegam para a mudar. 
 
Atualmente és tutor de duas editoras. O que te levou à criação das mesmas?
Foi algo que acho que é natural num DJ/Produtor. Havia muita música minha que eu não conseguia editar. Assim, criei uma label minha, a NewLight Records. Acabava por poder editar o que me apetecesse e era algo que podia servir para expandir o meu nome. Na altura não esperava que viesse a ter nomes tão sonantes como Blasterjaxx, D-Rashid, Bryan Dalton, Carlos Silva, Rancido, Praia Del Sol, Mavgoose & Quinn entre tantos outros. Cheguei a ter releases que foram número um em França, Bélgica e Holanda. O que começou com muita descontração acabou por se tornar num caso sério. Recentemente abri uma sub-label, mais virada para o Deep-House, Tech-House, Future House, etc. Recebia muitas promos boas mas que não encaixavam na linha da NewLight, por isso, decidi abrir a sub-label.
 
Em conjunto com Dan Maarten, assinas um novo radioshow da Mega Hits intitulado “The Future Is Now”. Na tua visão como vai ser o futuro da música eletrónica?
Penso que é difícil prever o futuro de algo que pode evoluir a cada hora. A música eletrónica desde o seu início estava “condenada” a andar de braço dado com a evolução. O conceito deste radioshow, tal como o nome indica “Future Is Now”, é tentar mostrar o que poderá vir a ditar o futuro, mas é sempre uma incógnita. Na minha opinião, a indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança. É preciso recuar para moldar um futuro que possa semear nas gerações futuras a ideia de que sim, ainda vale a pena estudar e aprender a tocar instrumentos…
 

A indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança.

 
Que novidades podes revelar sobre o futuro da tua carreira?
Em termos de djing, este ano vou voltar à Holanda e ao seu grande festival de verão, o Latin Village. Vou marcar presença também num grande festival em Toulouse, França, num cartaz que conta com nomes como The Cube Guys, Franky Ricardo, Gregor Salto, Roul & Doors, entre outros. Também já muito em breve, estarei no Sumol Summer Fest e a já obrigatória passagem pelos grandes festivais do nosso paraíso, os Açores. Em termos de produção, tenho remixes a sair em breve para as lendas do French-House, os Superfunk, que este ano vão atuar no Tomorrowland. A par do remix, temos também uma colaboração em mãos. Vou editar também o remix para o super-clássico dos Hardsoul com Ron Carroll, “Back Together”. Quanto a originais, já estou a trabalhar o “follow up” single desta minha colaboração com a Shawnee Taylor, “Hero” e tenho para breve a edição de um tema na Safe Music dos Deepshakerz. Mas acima de tudo, continuar a trabalhar, pois é isto que me faz feliz.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que continuem fiéis a este fantástico portal, pois está sempre em cima do acontecimento. Conteúdos muito ricos e informação séria são as principais qualidades. Queria também deixar uma mensagem de apelo para que consumam mais música electrónica nacional, pois temos muita qualidade. E um obrigado a todos que seguem o meu trabalho! 
Publicado em Entrevistas
Há muito tempo que existem concertos direcionados para bebés, mas com o género de música eletrónica será a primeira vez, no próximo domingo no Teatro Miguel Franco em Leiria.
 
Paulo Lameiro, o diretor artístico, explicou à Lusa que o som vai sair por “oito canais independentes, quatro no solo e quatro no ar, criando uma espacialização” que “pode sugerir as memorias sonoras intrauterinas” nos bebés.
 
“A eletrónica em si, que se pode vestir de muitas roupagens, é por norma uma linguagem que se cultiva ou despreza, sendo por isso sempre uma grande surpresa o que acontece em cada concerto”, acrescentou o diretor artístico.
 
A estreia desta iniciativa decorreu em Espanha no passado mês de março. “As crianças estão sobretudo à procura de estímulos e interessam-lhes sons que são diferentes dos que estão habituados a ouvir no dia-a-dia. Não sei como vai ser a reação à eletrónica, pois não podemos ver a música de forma isolada”, salientou Nelson Brites à agência Lusa, que compôs e executou as músicas para estes concertos.
 
O Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, vai ser outro dos locais por onde vai passar este novo projeto, no próximo dia 22 de novembro.
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O site de venda de música eletrónica Beatport, comemora este ano 10 anos de existência. Para celebrar a data, a marca decidiu oferecer várias músicas por semana de artistas conhecidos, aos seus utilizadores. 
 
A oferta intitulada "Beatport Decade" começou há cerca de um mês, com Hardwell como artista da semana, disponibilizando 5 músicas. A lista seguiu-se com Radio Slave, Afrojack e, esta semana, com Todd Terry. Ao todo, serão 10 semanas com 10 artistas diferentes. Esta iniciativa termina na semana de 17 de novembro, no site oficial.
 
Para comemorar a década de existência, cada editora lançou ainda uma compilação com 10 músicas dos seus artistas, que podem ser adquiridas por 7 dólares.
 
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A editora I Bounce Records vai lançar no próximo dia  1 de julho, pelo quarto ano consecutivo, a compilação Algarve Summer Grooves. O álbum vai estar à venda em exclusivo nas lojas FNAC.
 
O Algarve Summer Grooves seguiu novamente as vertentes do deep e da house music, focando a época do verão que está à porta. Nesta compilação estão presentes novos talentos da música de dança nacional, bem como artistas já consagrados no panorama eletrónico, mixados por Charlie Spot e Bruno Zarra.
 
Confere abaixo o alinhamento:
 
  • 1 – Mário Marques feat. Latasha Jordan – Come See About Me (Labsoul & Mastercris Mix)
  • 2 – Sorcha Richardson –Alone (David K & Lexer Remix)
  • 3 – Sylva Drums feat. Ana Rostron & João Kaiano – The Sun Of Freedom
  • 4 – Hugo Villanova – Good Luv
  • 5 – Alex Moraia & PedroP – Summer Daze
  • 6 – Double B – Enjoy Life
  • 7 – Charlie Spot e Bruno Zarra feat. Miss Kim – Turn Me On
  • 8 – Bruno Zarra e Pedro P – All Alone
  • 9 – Carlos Mantilla – Can’t Fake The Feeling
  • 10 – Charlie Spot e Bruno Zarra – Trompette
  • 11 - &lez – Styless
  • 12 – Pete Tha Zouk feat. Ethan Thompson – Paradise (Algarve Lounge Mix) – Bonus Track
 
 
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Banho tomado, cabelo todo xpto, e style completamente on fire. Estás pronto/a? Espera! Ouve estas 5 músicas primeiro e depois lets go Party!
 
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Pela primeira vez na história, a música eletrónica irá ganhar uma cerimónia especial de prémios que será transmitida no próximo dia 23 de abril no horário nobre do canal norte-americano FOX.
 
A cerimónia, intitulada como “Electronic Music Awards & Foundation”, vai ser gravada no dia 14 de abril, no SLS Hotel em Los Angeles, nos Estados Unidos da América e está confirmada a presença de grandes estrelas do cenário da música eletrónica mundial. Com direito a passadeira vermelha, a entrega de prémios inclui ainda várias atuações, apresentadores especiais e entrevistas.
 
“Estou muito feliz por fazer parte de uma cerimónia de entrega de prémios que, finalmente, reconhece e celebra, em pleno horário nobre, um dos maiores géneros musicais do mundo da atualidade”, a música eletrónica, afirmou Paul Oakenfold, produtor executivo do “Electronic Music Awards & Foundation”.
 
As votações nas diversas categorias começam no próximo dia 15 de fevereiro, no site oficial do evento.
 
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Decorreu este fim-de-semana em Lisboa o primeiro Congresso Profissional de Música Electrónica onde tive o prazer de estar presente e onde fui convidado para partilhar um pouco da minha experiência na conferência sobre "Carreiras e Agenciamento". Se é de saudar esta iniciativa, terei também de partilhar convosco o meu ponto de vista onde todos temos errado nesta indústria. 
 
Existem uma série de questões relacionadas com esta indústria que terão de ser resolvidas e este primeiro passo foi extremamente importante, no entanto, não consigo perceber o porquê de muitos dos interessados não terem estado presentes. Não sei se foi por falta de informação, se teriam estado todos a trabalhar num fim-de-semana à tarde ou se é o que eu penso e cada um só pensa no seu "umbigo" ou se fica com o "orgulho" ferido por não ter recebido um convite formal para estar presente. 
 
Neste Congresso, a conferência mais aguardada era a que iria colocar todos os presentes em "confronto/debate" com os representantes do IGAC, SPA e PASSMÚSICA.
A meu ver, nada do que se pretendia foi alcançado (apesar da abertura para debater os mais variados assuntos por parte das diferentes entidades). 
Esta Conferência e os assuntos relacionados com a mesma deveriam ter tido uma duração muito superior à que teve e onde houve muita gente que não teve oportunidade de colocar as suas questões e ver esclarecidas as suas dúvidas. Mais importante que isso, foi o facto de tudo o que ali foi falado, não adiantou em nada. Ficou por resolver (ou agendar/planear como e onde o resolver) a profissionalização da profissão de DJ, não ficou resolvida nenhuma questão relacionada com as plataformas musicais e apenas ouvimos mais do mesmo... FACTURAS E PAGAMENTOS. Possivelmente as melhores informações vieram da parte de onde menos se esperava (Passmúsica e IGAC) no que diz respeito às fiscalizações, onde as intervenções dos dois elementos ligados à fiscalização mostraram a abertura possível e explicaram que apenas exercem o que a lei (ou ausência dela) exige e o que os artistas/DJs deverão fazer e facilitar no caso de serem fiscalizados. 
 

(...) não consigo perceber o porquê de muitos dos interessados não terem estado presentes.

 
Um primeiro passo foi dado... há abertura por parte das entidades para ouvir os DJs, produtores e os seus representantes, no entanto nada disto irá acontecer porque continuamos nesta indústria a "assobiar para o lado" e ficamos à espera que haja alguém que a resolva em vez de haver uma união e que, em conjunto, seja exercida a devida pressão necessária, deixando "brechas" para que haja uns "iluminados" que abrem associações ilegais, sem estatutos e que não representam ninguém e onde apenas vivem para aumentar a sua conta bancária pessoal e o seu ego (falo directamente e abertamente da APDJs e do seu representante). 
 
Existem apenas 2 passos que podem ser tomados. A abertura LEGAL de uma associação e um sindicato para os DJs e Produtores de música electrónica (o que é praticamente impossível) porque terá de ser provado junto do Governo que a profissão é necessária e tem de ser legislada sendo de interesse público ou teremos de em conjunto com as entidades supracitadas (IGAC, SPA e Passmúsica) conseguir que as mesmas façam chegar essa informação a quem poderá efectuar a legislação devida para a "nossa" profissionalização. 
 
Existe algo que podemos usar como "trunfo" ou forma de conseguir ser ouvidos. A SPA é regida pelas normas "associativas", assim sendo, a única forma que temos disponível para que a nossa voz seja ouvida é termos voz activa dentro da SPA. Não podemos tentar lutar "de fora" e a única forma de fazer algo é estarmos dentro das Associações. Se os milhares de DJs e produtores de música electrónica formarem uma lista associativa (onde todos terão de estar inscritos como associados da SPA) e concorram com essa lista de elementos na próxima Assembleia Geral para a eleição dos órgãos sociais da SPA, com toda a certeza que seremos "olhados" de outra forma por parte de todas as entidades. Se conseguirmos fazer parte da solução e não do problema e conseguirmos ter voz DENTRO de quem realmente consegue ter voz e poderá ajudar, todos irão sair a ganhar com este processo. Temos de ser nós a dar o passo e não estar à espera que haja alguém que não tem ou não sabe o que pretendemos, que resolva o problema da nossa indústria onde o que se pretende é uma profissionalização e que não sejam os DJs e Produtores a pagar, entregar dividendos a autores e produtores que não fazem nada à uma série de anos, que não representam nada (actualmente) na indústria discográfica, dos espectáculos ou entretenimento e que principalmente as entidades percebam que a realidade da reprodução/produção e venda da musica já não é a mesma de à uns anos atrás. 
 

Temos de ser nós a dar o passo e não estar à espera que haja alguém que não tem ou não sabe o que pretendemos(...)

 
Não vamos conseguir explicar que as verbas terão de vir de uma taxa sobre quem fornece o serviço de Internet (operadoras) e que não pode ser imputada uma responsabilidade a quem pretende oferecer a sua música, seja ela para execução pública ou privada. Não vamos conseguir explicar que um "Remix" é uma obra nova (apesar de quando é editado a SPA já o considerar como tal), não vamos conseguir explicar que não temos documentos nem facturas quando uma "promo" ou uma faixa é disponibilizada para "free download" e que não podemos pedir (nem nenhum produtor o fará) um documento escrito com a identificação a quem foi "dada" uma determinada obra (imaginem o que seria se os U2 ou o Bono tivesse de passar um documento a todos os que descarregaram o último trabalho gratuito pelo iTunes). 
 
Só de dentro para fora poderemos ser escutados e se, de uma vez por todas, unirmos os esforços e assumirmos o compromisso que queremos ver legislada a "nossa" profissão e a forma como a desempenhamos bem como os meios que são utilizados. Esta é uma profissão e uma indústria que devidamente trabalhada é do interesse público, gera receitas e fontes de rendimento e inerentemente poderá trazer ao nosso País uma fonte de rendimento acrescida e contribuir directa e indirectamente para o seu crescimento.
 
Ricardo Silva
DWM Management
 
Publicado em Nightlife
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