Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
 
André Reis e Carlos Silva dão nome e vida à dupla 'Karetus' - um projeto surgido no ano 2010 com influências nos mais variados estilos de música eletrónica. De entre atuações em diversas festas estudantis e clubs de renome, o ano de 2012 ficou também marcado pelo lançamento do seu EP 'Entrudo' na Rottun Records, que serviu de palco para o seu reconhecimento a nível internacional. Sem hesitações, nem 'papas na língua', consideram que "o objetivo não é lançar muita música mas sim fazer música com qualidade." Nesta entrevista exclusiva, revelaram-nos que a curto prazo irá ser lançado pela editora DIM MAK, o remix da "New Ivory - Day By Day" e que o "futuro da música eletrónica passa pela criação de novas sonoridades e fusão entre as mesmas".
Na conversa que tivemos ficou também claro, que esta dupla é sinónimo de dedicação, originalidade e talento, sendo sem dúvida um nome a ter em conta nos próximos anos.
 
 
Como é que surgiu a ideia de criarem uma dupla?
Já nos conhecíamos há uns anos e apesar de termos influências musicais diferentes pensámos em unir ideias e criar algo com o qual nos identificássemos. É desta fusão e influências que partimos para o projeto 'Karetus'.

Porquê 'Karetus'?
Queríamos um nome que fosse "português" e que revelasse a nossa nacionalidade. Karetus são figuras típicas de uma tradição transmontana que aparecem para fazer diabruras em alturas como o Carnaval e na época Natalícia (dependendo da aldeia e tradição) e que transmitem alegria, tradição e animação. Foi um nome pensado e estudado para que tivesse algo relacionado connosco e com a nossa maneira de estar.

Consideram que o lançamento do EP 'Entrudo' foi imprescindível para se darem a conhecer ao grande público?
Sem dúvida. Foi editado pela 'Rottun Records' de Excision e atingiu o Top 5 mundial em inúmeras categorias - Dubstep, Electro, Glitch Hop, Drum and Bass e Electro. Foi sem dúvida o que nos projetou a nível internacional e que abriu as portas que pretendíamos.

A "Future is Now", alcançou a sétima posição da loja digital - Beatport. Como receberam essa notícia e o que sentiram?
Com enorme agrado. Foi o primeiro passo para sabermos qual o caminho que podíamos seguir.

Que 'ingredientes' consideram essenciais para uma música 'ficar no ouvido'?
O essencial é ser feita com tempo, dedicação e enorme atenção aos detalhes. Tentamos fazer tudo com tempo e sem precipitações. O objectivo não é lançar muita música mas sim fazer música com qualidade.

É para o nosso público que trabalhamos diariamente e são eles a nossa motivação para continuar a trabalhar.


Qual o tema que vos deu mais prazer a produzir e porquê?
Todos os temas têm a nossa dedicação. Damos o nosso melhor a cada música feita.

Estão nomeados nos "Cows On Patrol Awards 2012" para 4 categorias. (Melhor DJ Dubstep; DJ Revelação Dubstep; Melhor Produtor Dubstep; Melhor Tema Dubstep.) O que representa para vocês estas nomeações?
Agradecemos todos os prémios que nos são atribuídos mas não é o nosso objectivo ser "premiados". O nosso prémio é diário e é dado por quem nos manda mensagens, assiste às nossas actuações e ouve a nossa música. Recebemos prémios todos os dias e queremos continuar a receber. É para o nosso público que trabalhamos diariamente e são eles a nossa motivação para continuar a trabalhar.
[Nota de redação: Esta entrevista foi realizada antes de serem conhecidos os vencedores. 'Karetus' venceram na categoria de ‘Melhor Produtor Dubstep’.]

Recentemente Steve Aoki passou no seu Radioshow um remix vosso. É motivo de orgulho?
Sim. O Steve Aoki tem passado regularmente o nosso remix dos New Ivory nas suas atuações e nos programas de rádio. É uma faixa que vai sair muito brevemente na sua editora, a DIM MAK.

São defensores da máxima "O que é nacional, é bom"?
Sem dúvida. Portugal tem muitos e bons produtores. Felizmente temos um excelente relacionamento com a maior parte dos artistas nacionais e se fizermos o que outros artistas internacionais fazem (como os suecos ou holandeses), só temos todos a ganhar. Precisamos de dar mais valor ao que é nosso porque temos qualidade para conquistar o mercado internacional.
 
O que podemos esperar dos 'Karetus' a curto prazo?
Muito trabalho, novos lançamentos quer sejam a 'solo' ou colaborações com outros artistas. Queremos continuar a divulgar o nosso trabalho e a nossa sonoridade eclética. A prova disso são as produções com artistas tão diferentes como Nicky Romero, Nervo, Skism, Far Too Loud e tantos outros...
Julgamos que o futuro da música eletrónica passa pela criação de novas sonoridades e fusão entre as mesmas. Inovar e criar mais e melhor... É esse o nosso objectivo para podermos partilhar com todos os que nos seguem a nossa música..

Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e ao vossos seguidores?
Muito obrigado a todos vocês por nos apoiarem na nossa carreira e no nosso sonho. Não é que os nossos fãs sejam melhores que os fãs dos outros... Mas na verdade são!
 
 
 
Publicado em Entrevistas
Vando Camarinha tem 28 anos e depois de conquistar o território nacional, começa agora a dar cartas no mundo da música eletrónica a nível internacional, através de imagens capturadas por si, no momento certo. Natural do Porto e formou-se em Multimédia pelo Instituto Superior da Maia, unindo assim várias das suas paixões: design gráfico, vídeo e fotografia. Fica a conhecer melhor a sua personalidade e trabalho através da entrevista que lhe fizemos.

Como começou a tua história no mundo da fotografia ligada à música eletrónica? 
Foi há 5 anos. Eu trabalhava na noite como fotógrafo e o meu melhor amigo veio à discoteca nessa noite e acabou por me fazer a pergunta: “Vando já que gostas tanto de fotografar, porque não apostas em festivais de música?”. A partir daí comecei a pesquisar sobre alguns trabalhos de alguns fotógrafos profissionais na área dos festivais e com alguns contactos que tinha fui convidado a fazer os meus primeiros festivais. Estava um pouco nervoso no início porque não sabia onde me ia meter! Mas a partir desse momento foi ‘sempre a abrir’. Adoro a fotografia de ambiente festivaleiro, adoro música eletrónica e esses dois temas juntos é perfeito para mim e para o que eu faço!

Que festivais e artistas já fotografaste? 
Portugal: MEO Sudoeste, EDP Beach Party, Melhores do Ano, RFM Somnii, Mega Hits Kings Fest, I’ am Hardwell. Internacionais Inox Park Paris e Elektric Park Festival. Artistas: Dannic, Hardwell, Martin Garrix, Bob Sinclar, Laidback Luke, Dimitri Vegas & Like Mike, Sebastian Ingrosso, Showtek, DVBBS, Thomas Gold, Lost Frequencies, Alesso, Pete tha Zouk, Kura, Nervo, Don Diablo, Bassjackers ,Tujamo, entre outros.

Que história caricata podes contar sobre um dos teus trabalhos?
Tenho várias, mas uma que recordo mais foi quando estava a fotografar as NERVO em Paris e no momento em que ia a sair do palco, acabei por cair de cu no chão! No momento senti-me um pouco envergonhado porque tinha todas as pessoas a olhar para mim e porque foi o primeiro festival que fiz internacionalmente. Como devem calcular, as pessoas começaram-se a rir e eu com a minha calma toda disse-lhes que era uma coisa normal quando se ama o que se faz! 

Que artista gostaste mais de fotografar? 
Kura foi sem dúvida um dos que mais gostei de trabalhar. Para além de humilde, foi das pessoas que mais apostou em mim e que me deu força para continuar a fazer mais e mais neste ramo! 
 
Que material fotográfico aconselhas para um jovem fotógrafo que queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
De material fotográfico aconselho para os iniciantes desta modalidade, a Canon 550D ou Canon 700D. Para iniciar é perfeita para praticar. 
Pesquisando, inovando e tendo sempre uma open mind, isso é a melhor dica que podem ter. Não se deixem intimidar por ninguém, sejam simples, humildes, idealizem, concretizem e principalmente sejam unidos.

Quais os eventos e artistas que mais gostarias de fotografar?
Ultra Music Festival e Tomorrowland.
 

Publicado em Entrevistas
Após uma atuação carregada de boa energia no Mega Hits Kings Fest no passado sábado, em Lisboa, Kura concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ. O DJ e produtor português foi o primeiro a subir ao palco e logo se disponibilizou para nos receber no seu camarim ainda em modo “rescaldo” emotivo, por estar a tocar para a maior sala de espetáculos do país. 
 
A primeira digressão pela Ásia, as novas produções, a entrada no Top 100 e o futuro da sua carreira foram os temas de conversa desta entrevista, onde são reveladas diversas novidades em primeira mão para os leitores da única plataforma em Portugal, 365 dias ao Ritmo da Noite.
 
 
Acabas de sair do palco de um grande evento no Meo Arena. Como descreves a tua atuação no Mega Hits Kings Fest e a receção do público?
Foi muito positiva. Não estou habituado a fazer sets tão pequenos, mas tive uma preparação. Estava com algum receio de ser tão cedo e o primeiro a tocar, mas a receção das pessoas foi incrível e passou muito rápido.
 
No início do teu set as pessoas estavam eufóricas e gritavam o teu nome. Como é que te sentes com este tipo de manifestações?
Normalmente sou muito calmo, mesmo antes de tocar, a pressão não me costuma afetar. Já passei por alguns momentos de dificuldade em termos de gig - acontecer alguma coisa ao material no momento -, mas não cedo à pressão. Naqueles 30 segundos antes de entrar, se ouvir as pessoas a gritar o meu nome, o coração bate mais forte e realmente sinto “estou aqui, é a sério!”. Só me apercebo segundos antes de entrar e quando oiço o público. É um misto de grande alegria.
 
É intimidatório?
Não! Fico quase emocionado e dá-me grande vontade logo de subir e começar a tocar. Não fico nervoso.
 
Vais ter uma tour na Ásia... 4 datas que passam por clubs como o X2 em Jakarta, o Sky Garden em Bali e depois vais até Xangai e Pequim, ao Lynx e 8mm, respectivamente. Estás preparado?
Sim, a primeira grande tour fora do país. Já tive várias datas fora, mas não uma tour bem estruturada e tanto tempo fora. Vão ser quatro datas nos melhores clubes equipados com leds, co2, etc. Nunca estive tanto tempo fora de casa, vai ser uma experiência e será a confirmação se isto é mesmo o que quero fazer para o resto da minha vida.
 

Estou atento ao que as pessoas escrevem e dizem sobre mim, seja positivo ou negativo.

 
Existem rumores nas redes sociais sobre a tua presença em grandes eventos, como o Ultra, o Tomorrowland, etc. Que comentário merece este assunto?
Obviamente que fico feliz. Estou atento ao que as pessoas escrevem e dizem sobre mim, seja positivo ou negativo. Tenho a plena consciência do que me é possível. Percebo o que as pessoas dizem na internet e é um facto que me apontam para esses festivais. Agora claramente tem de ser desenvolvido outro tipo de trabalho promocional para eu “merecer” esse lugar. Se formos a ver há artistas com menos notoriedade que lá estão. Mas quando for, eu quero que essa presença seja merecida e que não seja talvez por um contato, uma amizade, ou por outra coisa que possa influenciar a minha presença lá. Sinceramente já tive fases em que duvidava - seria impensável estar nesses palcos. Mas hoje em dia acredito que vai acontecer, é uma questão de tempo. Pelo menos vou justificar isso com trabalho. Se alguma vez tiver que acontecer é porque será justo. 
 
Vamos ver-te nesses palcos em 2015?
Eu gostava. Pode ser que sim - já esteve mais longe. 
 
 
Qual foi o gig que mais te marcou este ano?
É difícil escolher, mas aponto a Nova Era Beach Party e o Meo Sudoeste. Na Nova Era Beach Party eu estreei o “Collide” e recordo-me que criou-se ali uma energia especial à volta da música e, apesar da chuva, ninguém se foi embora - foi muito bom. Já o Meo Sudoeste foi também uma surpresa porque comecei num horário complicado - à hora de jantar. Comecei com cerca de duas mil pessoas, meia hora depois já estavam umas 15 mil, aumentando gradualmente até chegarmos a umas 40 mil. Foi muito especial, porque o público estava muito entusiasmado e interativo. 
 
Este ano tiveste uma notícia bombástica em Outubro: alcançaste o número 42 no Top 100 da DJ Mag. Como é que recebeste esta notícia?
Foi uma surpresa tanto em termos de posição como de figurar no ranking. Quando decidimos estar presentes tinha alertado a minha equipa que seria difícil, e eu acreditava menos do que eles, mas avancei. Dias antes sai o leak, e percebemos que poderia realmente figurar na lista, mas achei que poderia ser “tanga”. Não estava à espera, no próprio dia foi uma grande alegria mas não fiquei deslumbrado com isso. Para as pessoas que votaram em massa acredito que isto seja também uma vitória. Perceber que estás a apostar num artista nacional, e depois ser parte do feito de ele conseguir estar numa posição de destaque a nível internacional, e que o nosso país seja dignificado de alguma forma nesta área em que somos poucos ainda - estamos a começar a abrir o caminho a nível internacional... acho que para as pessoas também foi uma grande felicidade. No meu caso fiquei muito contente mas com os pés na terra e sabendo que foi mais um começo, uma porta que se abriu.
 
É um orgulho representar Portugal no mundo?
Sim, é incrível mesmo. Também temos outro Português no Top100, o Diego Miranda, e podia haver mais, sem dúvida. Por exemplo, se o Pete Tha Zouk tivesse pedido às pessoas para votar, acredito que facilmente lá estaria - as pessoas também têm um grande carinho por ele. Acho - e tenho algum orgulho nisso - que nós estamos a fazer parte deste elenco de portugueses que está a “abrir caminho” para os outros mais jovens, que daqui a cinco ou seis anos vão estar na minha posição. Nós, os DJs portugueses somos responsáveis para criar essas condições e oportunidades para nós próprios e para aqueles que vão surgir. Acredito que daqui a um ano ou dois vamos ter outros dois, três nomes - vejo essa possibilidade. 
 

Quero ser o primeiro DJ português 'a solo' a tentar esgotar uma sala.

 
Que projetos e novidades tens para 2015?
Ainda este ano, vou editar um tema na Revealed, editora do Hardwell, vai sair a 29 de dezembro. É um tema que ele tem tocado muito nos espetáculos. Tem resultado muito bem e está a ser falado, o que me deixa muito satisfeito. Poder editar novamente na Revealed é algo que eu já estava a trabalhar há algum tempo para poder conseguir, porque não é fácil.
Em 2015, planeio fazer os meus próprios eventos. Estamos a trabalhar nisso, saber se é possível, se as pessoas realmente querem que isso aconteça. A minha ideia é fazer mais festas com a minha marca e em sítios maiores. Para já, estamos a considerar Porto, Lisboa e no Verão o sunset. Quero ser o primeiro DJ português “a solo” a tentar esgotar uma sala. O objetivo é fazer coisas diferentes que nunca tenham sido feitas e provar que é possível. Talvez haja muita gente que dúvida, mas cabe-me a mim e aos outros DJs provar o contrário e fazer outras coisas mais arriscadas e é isso que vou fazer.
 
Um álbum de originais é um objetivo próximo?
Tenho muita música nova e trabalho bastante. Não consegui ainda reunir o lote de músicas necessárias a nível de qualidade que me agrade o suficiente para lançar um álbum. Até porque quero que ele seja mais diversificado, que tenha uma música vocal, quero que tenha temas que me caraterizem, um pouco mais fortes e coisas mais emotivas, ou seja, quero que as pessoas possam ver outro lado de mim. Acredito que num espaço de dois, ou menos anos, isso seja possível e esteja na rua esse projeto. 
 
E há alguma colaboração de sonho que gostarias que figurasse nesse álbum?
Sim, o Hardwell seria uma delas. Será sempre aquele artista que eu gostaria de colaborar. Também com Alesso, Steve Angello, Nicky Romero - artistas que eu aprecio bastante e que faria todo o sentido estarem no meu álbum, mas primeiro tenho de criar uma relação de amizade com eles. 
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que continuem a visitar assídua e mais frequentemente, se possível, o Portal 100% DJ, que tem bons conteúdos e bem escritos. Às vezes o problema dos blogues de música de dança é que escrevem mal, e os conteúdos ficam um pouco pobres. Mas para quem quer realmente perceber o que é que se passa, e como é que as coisas acontecem, em termos de eventos e em termos mais profissionais, vocês cobrem realmente esse tipo de informação.
 
Publicado em Artistas
"Arranha discos" como ninguém, e isso faz dele um campeão a nível mundial e nacional. É uma referência na música urbana, dando cartas na mistura de diferentes sonoridades. Em conjunto com o Stereossauro, forma os 'Beatbombers', onde assegura existir um companheirismo que os faz puxar um pelo outro.
Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, confessa não ter qualquer tipo de segredo na ponta dos dedos para conseguir triunfar importantes títulos, antes pelo contrário, Ride considera que este é o resultado de "muito treino, muitas horas no estúdio a aprender técnicas novas e a idealizar set's". Na manga para concretizar, a curto prazo, tem "cenas novas" enquanto 'Beatbombers', e um novo espetáculo que sincroniza música, vídeo e luzes.
Também nesta conversa, analisa o Turntablism e o Scratch em Portugal, revela as suas referências, com quem gostava de fazer um B2B e comenta a questão da pirataria. Estas e outras curiosidades, na primeira pessoa: eis DJ Ride.
 
 
Como surgiu a tua incursão na música?
Antes de se tornar no meu "ganha pão" a música esteve sempre presente, fosse nas aulas de teclados que tive com 10 anos, em programas de rádio que tinha mais uns amigos quando andava na escola, ou em brincadeiras com os primeiros softwares de produção a que tive acesso. Eu tive sempre um fascínio enorme pelo gira-discos (a minha Mãe contou-me que quando tinha dois anos de idade apanhei-a distraída e parti a agulha do gira-discos lá de casa, naquele que foi provavelmente o meu primeiro scratch). Nunca consegui explicar muito bem, mas sabia que podia utilizar o scratch como um instrumento e que isso me iria ajudar ao vivo e na produção, e assim foi.
 
Quando compraste o teu primeiro gira-discos? Ainda o usas ou está 'relegiosamente' guardado?
Em 2002. Ainda o uso bastante porque é o clássico Technics MK2, tenho também um vestax PDX e um Vestax QFO, mas continuo a tocar com os Technics.

Em conjunto com o Stereossauro, formas os 'Beatbombers'. Como surgiu esse projeto?
Somos da mesma cidade - Caldas da Rainha -, e conhecemo-nos mais ou menos quando estávamos a começar. Tornámo-nos grandes amigos e sentimos que devíamos oficializar aquilo que já fazíamos quando tocávamos juntos. Aprendemos e evoluímos muito, quer no scratch ou na produção, sempre puxámos muito um pelo outro. Ganhar o Mundial foi muito importante e foi recompensador por todo o trabalho que já desenvolvemos no Turntablism.
 

Não existem segredos. No fundo é muito treino, muitas horas no estúdio a aprender técnicas novas.


Desde 2003 que ganhas importantes títulos. Podes revelar-nos o ou os segredos que tens na 'ponta dos dedos'?
Penso que não existem segredos. No fundo, é muito treino, muitas horas no estúdio a aprender técnicas novas e a idealizar os sets. No que diz respeito aos campeonatos, há uma disciplina que não pode ser descurada, tens de planificar, produzir e treinar os sets ao segundo. Nos primeiros campeonatos cheguei a mandar fazer ''dubplates'' com os meus próprios samples, hoje com o ‘serato’ essa parte é mais simples. 

O que representa para ti cada título recebido? É um estímulo para desenvolver mais e melhor?
É uma recompensa pelo trabalho, principalmente pela parte que ''não se vê'', das centenas de horas fechado no estúdio a aprimorar técnicas e a criar. Todo esse processo ajuda a melhorar, a evoluir e a crescer como DJ e como músico.
 
Ter o título de 'Campeão do Mundo' é, de certa forma, uma grande responsabilidade...
Sem dúvida. Eleva a fasquia e há sempre uma pressão acrescida nos sets porque o público quer ver um pouco daquilo que fazemos nos campeonatos, mas eu lido bem com isso.

 
Quando participas em competições, guardas algum amuleto? Tens algum ritual supersticioso?
Sim, tenho alguns rituais e guardo sempre as credenciais e alguns prémios. Sou bastante supersticioso, entro sempre com o pé direito em palco, por exemplo.

Fala-nos um pouco sobre o projeto 'Pixel Thrasher'.
O live-act ''Pixel Thrasher'' é o meu show de vídeo scratch, em que manipulo som e imagem ao mesmo tempo, tudo através dos pratos. Uso o software 'Serato vídeo', em vez de passar ficheiros áudio passo vídeos, que saem diretamente para o projetor ou led wall. Tive uma equipa de seis pessoas a trabalhar, pessoal da Rockit Video dirigidas pelo Gonçalo Santos, desde conteúdos originais, edições de vídeos virais, temos um featuring do Bruno Aleixo - bastante conhecido -, e algum sampling de filmes clássicos.
 

É uma lufada de ar fresco que a movida noturna precisa?
Acho que esse 'refresh' está a acontecer, com muito sangue novo, novos projectos dentro da eletrónica mais alternativa e novas promotoras.
 
Trabalhas com várias marcas. Consideras que as mesmas são importantes na carreira de um artista? Em que moldes?
Muito mesmo. Depende sempre dos objetivos e da forma como queres gerir a tua carreira, e como consegues conciliar isso sem comprometer a parte ''artística''. Graças a parcerias que criei com algumas marcas, consegui financiar discos, projetos, ajuda nas minhas tour's e arranjar mais equipamento para o estúdio e para os meus gigs (com o sponsor da Rane, por exemplo). Sem todos os apoios dificilmente conseguia financiar os meus álbuns, investir no estúdio, equipamento e projetos, vídeos, etc... Tenho tido sorte, também porque nunca ninguém me impôs nada, a nível musical ou estético, sempre participei em coisas com o qual me identifiquei a 100% e sempre respeitaram as minhas escolhas musicais. De outra maneira, recusava.

Qual o gig que mais te marcou e porquê?
Sudoeste 2010, Pixel Thrasher no LUX e o primeiro Mundial em que participei (e o de 2010). Em 2007 fiquei em último lugar, em 2010 fiquei em primeiro. Foi uma boa lição.
 
Quais são as tuas referências e com quem gostarias de fazer um B2B?
Desde Q-bert, D-styles, Ricci Rucker, a Modeselektor, Zomby, Mala, Lunice, A-trak, dj Craze, Flying Lotus, J Rocc, Dimlite, Prefuse 73 e muitos outros... Um B2B... provavelmente com o J Rocc, Egon, Edan ou o Craze.
 
Nos dias de hoje, o que consideras mais importante para um DJ ter sucesso?
Apresentar algo diferente dos outros. Ter conteúdos frescos e originais, produzir boa música e, mais do que nunca, ter uma boa performance ao vivo.
 
Como é que vês o Turntablism e o Scratch em Portugal? Há condições para crescer e motivação necessária para quem deseja começar?
Existem bons scratcher's e muito bons DJ's. Penso que se calhar falta mais união, jam sessions e brainstormings. Faltam também mais tools (só existem dois discos de scratch, o Tuga Breakz/beatbombers e o 180 GR). Os campeonatos têm sido irregulares a meu ver, porque existem uns com muitos participantes e outras edições com muito pouca gente, talvez mais divulgação e profissionalismo nestas ações, ajudava. Mas temos muito pessoal com talento e bastante motivados. E sem dúvida pelo que já alcançámos (Beatbombers), isso serve de motivação e animo a nossa comunidade.
 
Já te passou pela cabeça dar formação na área?
Eu dei aulas durante dois anos na ETIC e dou vários workshops. É importante passar a mensagem e dar algo para a comunidade. Adoro partilhar aquilo que sei, e adoro estar ao lado de pessoas cheias de vontade e motivadas para aprenderem coisas novas.
 
Consideras que os portugueses são um público dificil de agradar?
É relativo. Depende do meio... Provavelmente nos grandes centros urbanos temos um público mais informado, e em certas zonas do país ainda temos pessoas que só ouvem house comercial e o que passa na Rádio. A Internet teve um papel super importante na divulgação da música, principalmente de cariz mais alternativo. Hoje com o público mais novo, têm um gosto mais vasto e, digamos, mais crossover e open minded do que no passado. Acho que os 'tugas' são difíceis de agradar quando experimentas coisas diferentes do seu registo ''habitual''. Às vezes parece que querem ouvir sempre o mesmo set, ou um caminho mais ''obvio''. Mas depende sempre do contexto e de onde se toca e para quem se toca. Sinceramente, acho que estamos a atravessar uma altura excelente para quem arrisca, já que existem muitos estilos que não funcionavam há uns anos atrás e hoje em dia há muito mais procura por coisas diferentes.
 

Penso que as pessoas têm de se habituar a voltar a pagar pela música que ouvem.

Como vês o assunto da pirataria, downloads ilegais, etc?
Acho que é uma questão de bom senso. Acho que toda a gente faz downloads ilegais, de uma maneira ou de outra. A questão passa por recompensar o artista mais cedo ou mais tarde. As vezes 'saco' coisas mas acabo sempre por comprar o vinil daquilo que realmente gosto e aí estou de consciência tranquila. 'Saquei' o MP3 para ouvir um pouco e assim que consigo compro o original ou vou ver um espetáculo e faço questão de pagar o bilhete. Penso que as pessoas têm de se habituar a voltar a pagar pela música que ouvem.
 
Que equipamento consideras essencial numa cabine?
O meu rider técnico reflete aquilo que para mim é essencial, mesa Rane TTM62, dois pratos Technics mk2 ou MK5, Pads Maschine, Mac Book Air e um micro shure SM58.
 
Quais são os teus projetos a curto prazo?
Produção, remixes, cenas novas enquanto 'Beatbombers', novo show a partir deste mês ''LIVE IN LOOPS'', é um live-act que engloba música, vídeo e luzes, tudo sincronizado, levado a cabo por mim e por uma equipa de quatro elementos, noites rockit e outras surpresas.
 
Que mensagem deixas aos leitores desta entrevista e do Portal 100% DJ?
Keep your ears Open! Keep Diggin! Keep Scratching! One love!
 
 
 
 
Publicado em Entrevistas
São uma das duplas mais reconhecidas em Portugal e com mais ligações ao nosso país. ‘Nuestros hermanos’ Chus & Ceballos estão de volta a território nacional para duas atuações únicas, onde irão apresentar o seu mais recente álbum de originais “Nomadas”. O Portal 100% DJ esteve à conversa com Chus e Pablo Ceballos numa entrevista exclusiva, onde foram abordados vários assuntos de interesse como o nosso país, a sua editora Stereo Productions, o Iberican Sound e o presente e futuro da música eletrónica internacional.
 
 
O que podemos esperar das vossas próximas atuações em Portugal?
É com muito prazer que regressamos às pistas de dança portuguesas. Sempre tivemos grande sucesso no nosso país “hermano” pela proximidade do nosso som e as nossas raízes ibéricas. Desta vez estamos em digressão com o nosso álbum “Nomadas”, que mistura o caraterístico groove do Iberican Sound com melodias e sonoridades mais Deep. O reflexo na pista é uma explosão de ritmo para não parar de dançar. Uma viagem percorrida através do House e do Techno com a particular presença dos nossos bem conhecidos ‘Drums’. 
 
A noite portuguesa ficou fortemente marcada pela influência da Stereo Productions e do chamado Iberican Sound há alguns anos atrás. Que recordações guardam dessa época?
Foi realmente uma época muito especial na nossa carreira. Grandes recordações guardamos na nossa cabeça e muitas grandes noites que partilhámos com o magnífico público português. Foi também uma época onde tivemos a oportunidade de conhecer grandes talentos da cena underground portuguesa que sempre apoiaram o nosso som, tal como o DJ Vibe, Rui da Silva, Carlos Manaça, entre outros. Ficamos muito contentes ao comprovar que Portugal está a voltar às suas raízes musicais.
 
Preferem atuar enquanto dupla ou a solo? Porquê?
Nos primeiros anos da nossa carreira partilhávamos ambas facetas. Atuávamos tanto a duo como a solo, mas com os anos vimos que o impacto era maior enquanto dupla e fazia todo o sentido que os nossos fãs desfrutassem na cabine as grandes malhas que produzíamos em estúdio. 
 
Falem-nos um pouco sobre o vosso mais recente álbum “Nomadas”.
“Nomadas” é o resultado de muitos anos de experiência, de maturação do nosso som e, portanto, de evolução também. Um ano antes de terminar o álbum tivemos a magnífica oportunidade de atuar no festival Burning Man, que se realiza no deserto de Black Rock no estado de Nevada nos Estados Unidos da América. Foi uma experiência que nos mudou completamente, 'life-changing experience' mesmo. Proporcionou-nos o foco ideal para concretizar um projeto de álbum de originais que estava na nossa 'bucket list’ há alguns anos. É sem dúvida um grande passo na nossa carreira e o princípio de uma nova etapa para Chus & Ceballos. 
 
Como prevêem o mundo da música eletrónica nos próximos 10 anos?
Se olharmos para atrás, nos últimos 10 anos muita coisa tem mudado positivamente. É difícil prever uma coisa assim mas a lógica indica que continuaremos a desfrutar de música electrónica por muitos mais anos. Como tudo, a evolução, a aparição de novas tecnologias e as novas tendências vão marcar o caminho a percorrer. A nossa intenção é sempre acompanhar os desenvolvimentos e manter a nossa identidade. É fundamental para qualquer artista. 
 

a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.

 
Contem-nos a importância de Portugal para a vossa carreira, nomeadamente as atuações de DJ Chus na discoteca Kadoc.
Chus: Fui residente da Kadoc durante a década de 90, uma era dourada para a dance music mundial. Foi uma grande escola para mim e uma ‘ponte’ para o mercado americano onde tantos êxitos temos colecionado. Portugal era considerado um paraíso da musica eletrónica e pela cabine da Kadoc passaram as melhores lendas do house e techno mundial. Quando cresces rodeado de tanta qualidade, o resultado não pode ser outro: mais qualidade e, daí o nosso Iberican Sound, fruto da influência de estilos que existiam naquela época em Espanha e Portugal. Tanto a Kadoc como Portugal, para mim, tornaram-se nos maiores pilares da minha carreira. 
 
Sabemos que têm uma grande amizade com o DJ e produtor português Carlos Manaça e juntos já viveram momentos inesquecíveis. Qual é a vossa opinião sobre a carreira de Manaça?
O Carlos é um grande profissional com muitos anos de experiência. Um verdadeiro mestre para nós e um exemplo de dedicação e de devoção pela música de dança em Portugal. Ficamos muito orgulhosos de ver que continua em grande e com o poder de mexer as melhores pistas de dança portuguesas. O seu carisma faz com que o público acompanhe sempre as festas onde ele atua, sempre sinónimo de qualidade. Desejamos muitos anos de vida para o senhor Carlos Manaça.
 
Que país tem o maior volume de compras de músicas e produções da Stereo Productions?
Sempre tivemos um apoio sólido e forte no mercado Ibérico. Tanto Espanha como Portugal têm sido a grande base da Stereo ao longo dos anos e com a nossa expansão para o mercado americano, como o Canadá e Estados Unidos da América, tem crescido exponencialmente, tornando-se num dos nossos principais seguidores. Por proximidade cultural, todos os países latinos com grande presença em comunidades na América do norte, as compras têm crescido também nos últimos anos em países como México, Venezuela, Colômbia, Argentina, entre outros.   
 
Ultimamente a Stereo Productions tem aceite novos talentos?
A nossa política foi sempre essa: apoiar e descobrir novos talentos, artistas com uma filosofia semelhante à nossa, com ligações culturais, com paixão pela música de qualidade. Foram muitos os artistas que já passaram pela nossa editora. Neste momento, estamos focados num novo talento espanhol, natural de Sevilha e chamado Rafa Barrios, que tem desenvolvido um excelente trabalho, tanto de produção como de DJ, com presença ativa nos melhores eventos e festivais de Espanha e recentemente dos Estados Unidos da América. São muito poucos os artistas com que já fizemos B2B e o Rafa é um deles. Estamos a desenvolver este novo conceito, que já foi apresentado em Miami e que vamos voltar a repetir no club Space de Nova Iorque no final deste mês de abril com o evento ‘Iberican Republica’.
 
Que novidades podem revelar sobre o futuro da vossa carreira e da vossa editora?
Estamos num excelente momento, tanto a nível discográfico como artístico. O calendário da Stereo para este ano está praticamente preenchido com lançamentos semanais e compilações para celebrar os principais eventos onde a Stereo tem marcado presença como o BPM Festival de Playa del Carmen, Miami Music Week, Barcelona Off Sonar Week, Amsterdam Dance Event e Ibiza com o nosso álbum anual “Balearica”, entre outros. Temos também agendado para o final do ano um novo álbum titulado “Iberican Republica”. Nos últimos três anos muita coisa tem mudado na Stereo, para o bem, obviamente. Neste momento temos uma grande equipa de profissionais a trabalhar em sintonia com o nosso foco na expansão do som ibérico, dos brand events e os Stereo showcases. A dupla está mais forte do que nunca. Divertimo-nos com o nosso trabalho e este é o melhor dos prémios.  
 

o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto.

 
Que opinião têm sobre o panorama musical português?
Portugal foi uma grande referência para nós. Um país onde fomos sempre bem recebidos e onde passámos grandes momentos, marcados na nossa memória para sempre. Com a aparição da chamada ‘EDM’, as coisas mudaram bastante. Os gostos das novas gerações e a maneira de consumir a música eletrónica também mudou. São ciclos inevitáveis que ajudam, por outro lado, a expandir a cultura eletrónica. É sempre bom saber que esse novo público que a ‘EDM’ tem captado, agora está a evoluir e a crescer musicalmente e está a consumir outro tipo de música mais madura e sofisticada, tal como o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto. Este proceso tem acontecido não só em Portugal como em todo o planeta. O importante é saber-nos adaptar e evoluir, sem esquecer a nossa própria identidade. Portugal é um país com grande tradição cultural. A música de dança e o nosso património e com o trabalho dos profissionais, o legado ficará garantido. 
 
Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Devem-se sentir uns sortudos por fazer parte de um país com tanta história na dance music. Um verdadeiro legado de qualidade inquestionável com grandes figuras que dedicaram o seu trabalho e paixão pela música de dança. Apareçam neste fim de semana nas nossas festas em Aveiro e Viseu. Será um grande reencontro com o país que tanto nos deu e que tanto nos inspirou. Vamos celebrar da melhor maneira e defender que a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.  
 
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DJay Rich e António Mendes são os DJs oficiais da emissora portuguesa RFM e residentes do festival RFM SOMNII. Quer a nível individual ou em dupla, jápercorreram muitos dos palcos nacionais mas agora são artistas indispensáveis de se ter no line-up de um festival. Detentores de uma energia única e contagiante, unem-se, ajudam, apoiam e incentivam os jovens talentos da música eletrónica e essa atitude éde louvar. O Portal 100% DJ esteve àconversa com a dupla portuguesa nos bastidores do Music Valley, momentos antes de subirem ao palco do Rock in Rio Lisboa.
 
Estrearam-se no Rock In Rio. Qual é a sensação desta primeira vez no festival?
Mendes: A sensação é óptima. Já tínhamos noção da dimensão do festival por causa da relação que temos através da RFM com o Rock in Rio, mas ter o nome no cartaz está a ter um feedback muito espetacular. As pessoas estão a dizer que é um outro nível. E isso é muito bom. 
 
Contam um verão preenchido: Rock in Rio, RFM Somnii, Algarve... O que é que o público pode esperar de vocês?
Mendes: Além desses locais, ainda vamos estar no RFM Beach Power na Madeira, nos Açores... 
 
Rich: Podem esperar o mesmo de sempre: muita alegria nos sets. Gostamos de tocar aquilo que apreciamos mesmo. Tentamos fazer sets diferentes, principalmente no RFM Somnii onde tocámos três noites, pois somos residentes do festival. Este ano levámos dois convidados, para fazer algo diferente: o Pete Tha Zouk e o Pedro Cazanova. São pessoas com quem lidamos e trabalhamos há muitos anos, portanto fazia todo o sentido convidá-los.
 
Como está a ser a aceitação da vossa nova música com o Michael Teixeira?
Rich: A música é muito boa. Tem um hook muito forte e muito fácil e nós tocámos o remix no Rock in Rio pela primeira. Ainda está um pouco em segredo, mas já temos alguns DJs internacionais interessados em fazer remixes. Estamos muito satisfeitos com o resultado final e ter um contacto como o Michael que, para além de ser um excelente produtor, está nos Estados Unidos da América e dá-nos a vantagem de termos vozes norte-americanas. Essa é uma das nossas preocupações quando lançamos um tema cantado em inglês, porque quando temos alguém cá a cantar inglês, temos de estar sempre a mandar corrigir as letras lá fora para ver se existe alguma coisa que não faça sentido. Assim, manda-se a ideia, trabalha-se a ideia, discutimos, faz-se um rascunho e fica perfeito. 
 
Cláudio.Photos
 
No vosso radioshow dão algum destaque a novos talentos. Como é que encaram a nova geração da música eletrónica em Portugal?
Mendes: Essa tem sido sempre uma preocupação nossa: dar espaço a novos talentos. Mesmo no recente concurso que fizemos para o RFM Somnii, tivemos muitas participações e a dificuldade foi mesmo escolher e chegar ao lote de 10 finalistas. Apareceram-nos faixas muito bem produzidas nos vários sub-géneros da música eletrónica, o que é sempre bom. Diria que há muito bom talento em Portugal nesta área. 
 
Rich: Na área da produção, vemos chegar músicas brutais. As pessoas que participam pensam muita coisa. Houve DJs conhecidos a concorrerem ao concurso e não passaram. Nós não os escolhemos porque quisemos ser fiéis à nossa opinião e as pessoas têm que aceitar que nós fomos o júri. Foi a nossa opinião e foram as músicas que nós mais gostámos, independentemente de haver muito boa produção. Foram 267 participações e quando começámos a reduzir chegámos às 150 e ficámos sem saber o que fazer. Eram 150 artistas que nós gostávamos de meter numa página a votação. Tínhamos de escolher 10 e foi a nossa opinião em termos de gosto e foi isso que prevaleceu. Já fizemos algo semelhante, não tão absorvida como esta, para o disco do RFM Somnii e lançámos um desafio o mais transparente possível. Também escolhemos sete produtores, eram para ser cinco mas não conseguimos e abrimos exceção. Foram sete artistas para o disco e a votação nessa altura foi através de downloads do iTunes. A escolha foi completamente transparente como foi no site, desta última vez. Quem ganhou foi quem conseguiu mais votos, independentemente daquilo que conseguisse fazer. É sempre complicado não conseguir, mas o importante é participar e há que respeitar a decisão das pessoas. 
 
Mendes: O importante é os participantes acreditarem em si próprios, não desistir. Frustrações e coisas que correm mal, toda a gente tem. Se acreditas, continua a acreditar. 
 
Querem dar alguns exemplos de novos talentos que estejam debaixo de olho?
Mendes: Ao dizer nomes não ia ser politicamente correto. Se destacar um ou dois nomes, vamos sempre correr o risco de deixar alguém de fora. É um pouco difícil. 
 
Rich: Nessa perspetiva, nós já trabalhámos com jovens produtores. O ano passado no RFM Somnii levámos dois produtores novos para cima do palco. Acho que isso é um incentivo magnífico para eles. Foram o Batista e o Khamix. É muito importante para estes artistas tentar trabalhar com alguém que já tenha nome no mercado e que tenha ferramentas e meios para divulgar o trabalho. Não conseguimos dar a todos mas não somos aqueles produtores que dizem: “Não vamos fazer música com produtores desconhecidos”… Não, nós adoramos a nova produção, ‘fazemos bandeira’ no RFM Somnii Radioshow e queremos divulgar novos talentos e incentivá-los. As oportunidades surgem. As coisas não caem do céu. É trabalho, é sorte, são oportunidades que temos de agarrar. Temos de estar dispostos a muita coisa para que isso aconteça. Às vezes há muitos destes jovens que pensam que, por exemplo, o Martin Garrix que fez uma música e foi um sucesso, que vai ser igual. Mas, outro exemplo, o Avicii foi o produtor que durante muito tempo ninguém lhe ligava nenhuma. O próprio Bob Sinclar ou o David Guetta que em 2004 esteve no Porto e ninguém se lembra disso. Quando ele rebentou, foi a loucura. Ele não caiu do céu. Se as pessoas olharem, há, de facto, jovens talentos que começam logo e há outros que só começam a aparecer mais tarde. 
 
Que novidades podem revelar sobre o futuro da vossa carreira?
Mendes: Estamos a preparar mais umas músicas. 
 
Rich: Nós levamos isto muito na boa. Já não estamos cá há dois dias. Porque os nossos objetivos profissionais foram outros, apesar de que esta sempre foi uma carreira que ficou sempre. Nunca tivemos o objetivo de ser vedetas. Gostamos disto e levamos a nossa carreira de uma forma muito descontraída. A prova disso é que nós somos muito pouco ‘facebookianos’. 
 
Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ que estão a ler esta entrevista?
Rich: Sigam os nossos conselhos.
Mendes: E, sobretudo, divirtam-se!
 
 
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Deixou a carreira de professor de educação física e moral para se dedicar de corpo e alma ao djing e à produção musical. Quando se fala de Yves V, é inevitável referir o festival Tomorrowland, uma vez que o artista belga é considerado o DJ residente. Graças ao impacto das suas atuações transmitidas para todo o planeta, hoje em dia cumpre um dos seus maiores sonhos: viajar por todo o mundo acompanhado da sua música e dos seus fãs. O Portal 100% DJ teve a oportunidade de conversar com o produtor belga, sobre temas como a sua carreira atual, o nosso país e, claro, o festival que é a sua segunda casa.
 
 
És o DJ residente do Tomorrowland. Como te sentes ao fazer parte do maior festival do mundo?
É ótimo. Todas as pessoas me perguntam isso. Eu estou lá quase desde o início por isso eu vi toda a evolução. Agora tenho o meu próprio palco e atuei também no Main Stage, na edição do Brasil e dos Estados Unidos da América. Estou muito feliz por continuar lá e posso chamar-me de ‘DJ residente’ daquele festival, porque às vezes as pessoas não sabem onde é a Bélgica, a minha terra natal, mas sabem onde é o Tomorrowland.
 
Qual é a tua opinião sobre a expansão do Tomorrowland para outros países como o Brasil ou os Estados Unidos da América?
É muito bom, penso eu. Especialmente o Brasil, na minha opinião, é um grande mercado para mim. O público brasileiro e o Tomorrowland são uma combinação muito boa. A primeira edição ficou esgotada em duas horas e a edição americana também vendeu bem. Acho bem que não o façam em todos os países, mas sim em todos os continentes. É positivo expandir a marca.
 
Já atuaste várias vezes no nosso país. O que tens a dizer sobre Portugal e o nosso público?
Fantástico! Amo o clima, porque é muito diferente da Bélgica e o público tem sempre muita energia. Todos estão felizes e sabem as músicas, é uma das coisas que se consegue ver. A última vez que cá estive, havia pessoas no público com uma bandeira com o nome de uma faixa minha que ainda não tinha sido lançada, foi muito bom. 
 
Conheces algum DJ português?
Sim, o Kura. Que outros DJs portugueses me aconselham?
 
E para quando uma colaboração com um DJ português?
Atualmente estou a planear com o Kura para fazermos alguma coisa. Até agora não tenho nenhuma produção com um artista português mas nunca se sabe o que o futuro possa trazer.
 

(…) o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.

 
Qual é a tua colaboração de sonho?
É difícil dizer um só nome, mas se pudesse escolher seria alguém fora da música de dança. Alguém de uma banda de rock, de música clássica, ou um cantor. Algo totalmente diferente e que as pessoas não estejam à espera.
 
Como por exemplo?
Há muitos bons cantores, como por exemplo a Birdy. Ela tem uma voz muito boa que desperta muitas emoções. Iria ser uma excelente combinação. Mas há muitos outros bons nomes que seriam uma boa hipótese. 
 
Qual foi o melhor momento da tua carreira?
É óbvio que tenho de referir novamente o Tomorrowland. O mundo inteiro está a ver o Main Stage e aquilo que tu estás a reproduzir naquele momento. Cada vez que atuo lá, consigo ver as reações nas redes sociais. O Tomorrowland é sempre um momento alto na minha carreira.
 
Na tua opinião, quem merece a primeira posição do Top 100 DJs da DJ Mag?
É uma pergunta muito difícil. Mas acho que a resposta é Dimitri Vegas & Like Mike. São os meus irmãos da Bélgica. Na minha opinião é muito difícil dizer quem possa ser o melhor DJ do mundo, porque existem muitos bons artistas.
 
Que novidades podes desvendar acerca do futuro da tua carreira?
Tenho muitas novas produções a chegar. Espero que tudo corra bem. Vou estar em digressão e esse é o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos que têm ido às minhas atuações e se nunca o fizeram, espero conhecê-los em breve num dos meus próximos shows. Continuem a apoiar a música eletrónica!
 
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No aquecimento para duas atuações em Portugal - em Aveiro a 25 de abril, e em Faro a 10 de maio - falámos em exclusivo com Martin Solveig numa altura em que a EDM vive dias de verdadeira procura de identidade: se por um lado toda a gente toca as mesmas coisas e produz o mesmo tipo de música, por outro os produtores buscam o som do futuro, de um futuro que é já amanhã. Como não podia deixar de ser, graças à sua experiência na cena eletrónica, Martin mostra que está atento e lança pistas para o santo graal da EDM.

 
Olá Martin! Tens duas visitas em breve a Portugal - a 25 de abril na Queima em Aveiro e a 10 de maio na Semana Académica do Algarve - estás feliz por voltar ao nosso país?
Fico sempre feliz e excitado por voltar a Portugal porque considero que os portugueses são um dos melhores públicos do mundo. Na última década construí uma relação especial com os meus fãs portugueses: eles são dos poucos que seguem a minha carreira inteira desde o "Everybody" (de 2005) passando pelo "The Night Out" e "Hey Now", e claro, pelo "Hello" que foi um enorme sucesso também em Portugal. Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses. 
 

Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses.

 
Partilhaste recentemente com o mundo que 2014 seria um ano criativo para ti, que não tocarias muito e que cada atuação seria especial. Podes dizer-nos o que tens preparado para Portugal?
Tenho estado a trabalhar em muitas versões especiais e edits das minhas músicas. Estas versões não estão disponíveis em lado nenhum, não estão na internet, são apenas para usar nos meus DJ sets, por isso têm que vir ver-me e ouvir a música exclusiva que levo comigo e, espero que isso seja o que vai fazer a diferença nas minhas atuações em Portugal.
 
Tens estado ocupado em estúdio a fazer música nova. Quando é que podemos esperar novidades?
Estou neste momento no estúdio, tenho passado muito tempo aqui. Não sei quando a música será editada porque entrei num processo profundo de tentar reinventar o meu estilo, ou pelo menos trabalhar numa evolução sónica digna desse nome. Sinto que chegou a hora de o meu som evoluir. Obviamente um processo destes demora algum tempo e eu sempre preferi esperar até ter algo de verdadeiramente relevante para oferecer aos meus fãs do que apressar e editar algo que não estou seguro a 100%. 
 
Estás a produzir para outros artistas? Vamos ter mais colaborações com a Madonna ou outros artistas pop? 
Não estou a produzir para outros artistas. É algo que farei mais tarde.
 
"Blow", a tua colaboração com o Laidback Luke, foi o teu mais recente single. A música que estás a fazer segue aquela linha?
Não, o "Blow" não é de todo a direção em que estou a trabalhar. O tema foi produzido na alegria do momento, para fundir dois estilos num único tema e pelo divertimento de trabalhar com o Laidback Luke. Mas não define uma nova direcção para mim.
 

Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.  

Como é que foi a Winter Music Conference? Ouviste alguma música nova e excitante que queiras partilhar connosco?
A WMC é sempre muito caótica, muito louca mas muito boa. Não estive em Miami muito tempo por isso não tive oportunidade de ouvir muita música mas ouvi alguns sets e destaco o do Diplo e do Dillon Francis que tocaram alguns temas exclusivos que são musicalmente entusiasmantes. Comparando os dias de hoje com os dias em que a internet não era tão globalmente disponível, eu diria que os DJ sets hoje têm que chegar a uma audiência mais genérica: para ter um bom feedback do público, tens que tocar uma série de temas que já são conhecidos pelas pessoas. Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.
Sinto que há grandes mudanças no horizonte para a música eletrónica. Neste momento há duas tendências muito diferentes e muito fortes nos Estados Unidos e na Europa; e ambas vão em direções diferentes. Não estou com isto a querer dizer que uma tendência é melhor que a outra ou que uma vai sobrepor-se à outra, mas as coisas estão a evoluir muito. É uma oportunidade para quem quer inovar. Pode ser um pouco confuso no início mas no fim de contas precisamos que as músicas não soem todas iguais e é isso que irá acontecer, provavelmente, nos próximos anos. E é uma coisa boa.
 
 
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Thomas Gold está de regresso a Portugal para uma atuação única que acontece esta noite no Arraial de Engenharia no Palácio de Cristal, no Porto. Depois do grande sucesso internacional “Alive”, o DJ e produtor alemão lança agora o seu mais recente single “Tumbler” e esteve à conversa com o Portal 100% DJ. Nesta entrevista, além da sua carreira musical, o artista deixou ainda conselhos para os novos talentos e falou sobre o país que o recebe como nenhum outro.
 
Fala-nos sobre a tua mais recente faixa “Tumbler”, editada pela Armada Music.
“Tumbler” é mais outra faixa direcionada para clubes que eu lancei este ano, como uma espécie de seguimento a “The Chant”, que editei no verão passado. Voltei um pouco às minhas raízes musicais e é uma mistura de progressive house e tech-house com uma vibe de big room. Gosto muito deste tipo de sonoridades e vou lançar mais em breve. Isto dá-me a oportunidade de misturar a minha agenda de lançamentos com a outra, mais direcionada para a rádio pop/dance como os singles “Dreamer” ou “Magic”.
 
Que conselhos gostarias de dar aos novos talentos da música eletrónica, a nível profissional e artístico?
Sejam pacientes. Algumas coisas demoram a acontecer e podem não ser fáceis. Tem de se trabalhar muito pelo sucesso. Existem muitos bons talentos por aí e todos estão a tentar fazer alguma coisa, por isso tem de se sair do chamado ‘normal’ – ou seja, cada um criar a sua própria sonoridade, mesmo que não seja algo em grande, mas tem de ser separar o teu som da sonoridade dos outros para chamar a atenção das editoras e dos fãs de música eletrónica.
 
Que hardware e software mais essencial está presente no teu estúdio?
Um bom DAW é essencial, mas não importa que tu trabalhas em Logic, como ou, Cubase, Ableton Live ou outros. Todos dão-te a oportunidade de criar produções profissionais e têm várias e boas ferramentas de som. O mais importante para mim é saber funcionar com o software – e ser criativo – porque o software não o consegue fazer por ti.
 
A nível profissional, que desejos ainda tens por concretizar?
Eu estou extremamente feliz por já ter tido a oportunidade de atuar nos maiores festivais e palcos do mundo, como é o caso do Tomorrowland, Ultra Music Festival, EDC Las Vegas, entre outros. Já vi lugares muito bonitos pelo mundo fora, que não veria se não fosse DJ e produtor e estou muito agradecido por isso. O meu único desejo para a minha carreira é eu continuar a estar apto para produzir mais música e viajar pelo mundo durante mais anos.
 
O teu radioshow “Fanfare” é transmitido um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal. Qual é o verdadeiro objetivo deste radioshow?
O objetivo principal é mostrar aos meus fãs e aos amantes de música o que há de mais recente nas produções de dança e direcionadas para clubes todas as semanas – e obviamente estar mais perto dos meus fãs! Assim, se não conseguirem ir às minhas atuações, podem me seguir desta forma, através do radioshow.
 
Até agora, quais foram os melhores parceiros de cabine?
Não existe um melhor parceiro até agora. Já atuei com muitos e grandes DJs e conheci excelentes pessoas durante as minhas performances. Mas não consigo escolher apenas um.
 
O que Portugal significa para ti?
Em Portugal sou sempre muito bem recebido, por pessoas muito amistosas. Há também boas festas e comida muito deliciosa! Amo a comida vinda do mar!
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos pelo apoio e amor que tenho recebido! Portugal é um grande local para se estar e atuar e eu estou muito feliz por voltar!
 
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O DJ e produtor português está a ter um dos melhores anos de sempre na sua carreira. Depois do Tomorrowland Brasil e do Ultra Music Festival em Miami, Diego Miranda subiu pela primeira vez a um dos palcos mais desejados do mundo, o do Tomorrowland, em Boom, na Bélgica. Após a sua atuação neste festival, o Portal 100% DJ esteve em exclusivo à conversa com o autor do hit “Turn The Lights Out”, onde foram falados temas sobre a sua presença nos grandes festivais internacionais, bem como os projetos que tem na manga para desenvolver a curto e médio prazo.
 
 
Quais eram as tuas expectativas para a atuação no Tomorrowland (Bélgica)?
Esperava sobretudo o apoio dos portugueses como foi no Ultra Music Festival de Miami e agradar o público que estaria ali para ver-me, porque estás perante pessoas de todo o mundo, de todas as nacionalidades. Era portanto uma grande responsabilidade. Mas fiquei extremamente feliz e realizado ao ver a reação do público quando reproduzi as minhas músicas mais recentes.
 
Antes deste Tomorrowland tiveste a oportunidade de pisar os palcos do Ultra Music Festival em Miami e do Tomorrowland Brasil. Conta-nos como foi essa experência. Ficaste orgulhoso de representar Portugal?
É sem dúvida uma grande honra e um grande privilégio! Fui um dos DJs portugueses a estar no Ultra Music Festival de Miami e o Tomorrowland Brasil será sempre um grande marco na minha carreira. Ao mesmo tempo, sei que isso é uma esperança para todos os jovens que anseiam tocar nesses festivais. É uma forma de abrir portas para o nosso país. E depois, estar a tocar e começar a aparecer a nossa bandeira por todos os lados do público é uma sensação única. Estou muito feliz!
 
Que projectos tens para desenvolver a curto prazo e que possas divulgar aos teus seguidores?
Finalmente vai sair pela Smash The House, editora dos Dimitri Vegas & Like Mike, o meu tema "Nashville" com Wolfpack, a faixa que tem passado em todo o mundo pela mão dos DJs oficiais do Tomorrowland, que dão todo o apoio, reproduzindo-a quase sempre no início dos seus sets. Assinei também uma música nova intitulada de "Weapons of the Future" pela Panda Funk, editora do Deorro, que sai no próximo mês. Vou lançar agora o meu novo tema "Crystalized" com o cantor Vince Kidd. É mais direcionada para a rádio, tropical mas muito fresh. Estou muito espectante. Vou ter várias colaborações também, uma delas é com WAO, um nome que vai dar muito que falar. Já tínhamos trabalhado juntos num tema mas agora ele vai estar em Portugal e acredito que vamos ter vários trabalhos juntos, porque além de um grande amigo é muito talentoso e os dois juntos terá um grande resultado com certeza. Para já é tudo mas sigam-me nas minhas redes sociais que eu vou sempre divulgando o que estou a fazer no momento. "The best is yet to come".. Fiquem atentos e nunca desistam dos vossos sonhos.
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