Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal

São dois nomes incontornáveis da música eletrónica mundial. Depois do término dos Swedish House Mafia, a paixão pela música não ficou por ali. Axwell e Sebastian Ingrosso decidiram juntar as suas duas carreiras de sucesso e formar o projeto Axwell /\ Ingrosso. Os artistas suecos vêm apresentar o seu novo projeto musical ao MEO Arena em Lisboa, no próximo dia 18 de dezembro, num dos eventos mais esperados do ano: a Carlsberg Where's The Party. Poucos dias antes da sua atuação em Portugal, a equipa do Portal 100% DJ esteve à conversa com a dupla, acerca de vários temas como o nosso país, o cenário atual da música eletrónica, o Top 100 da DJ Mag e, claro, fomos saber como estão as espectativas para este evento.

Além da entrevista, em baixo poderás encontrar uma infografia que retrata os 10 melhores momentos da dupla, divulgados recentemente pela conhecida revista Billboard.

 
É a vossa estreia enquanto dupla. Quais são as vossas expetativas e o que podemos esperar da vossa atuação?
Nós já viemos a Portugal em separado e adorámos. Estamos sempre a ouvir os fãs online e o amor que têm por nós é fantástico. Esta atuação já está marcada há algum tempo e mal podemos esperar para subir ao palco!
 
Axwell, qual é a sensação de celebrar o teu aniversário com os teus fãs portugueses?
É um sítio lindo para celebrar! Ter todas aquelas pessoas para celebrar em conjunto vai fazer com que aquele dia seja muito especial.
 
Vocês agradeceram a todos os fãs pelo apoio dado em relação ao Top 100 da DJ Mag, onde ficaram colocados em 17º lugar. Vocês acham que a electronic dance music precisa de mais amor e menos campanhas e competições?
O mais fantástico em relação a este assunto é que nunca pedimos a ninguém para votar em nós. Sem apelarmos ao voto, os nossos fãs fizeram questão de votar em nós. Isso tornou tudo muito especial. Nós não nos importamos com posições ou tops, o que interessa são os verdadeiros fãs que vemos à nossa frente cada vez que atuamos.
 

Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.

 
Qual é a vossa opinião acerca do cenário da música eletrónica a nível internacional atualmente?
Existe muito talento e muita energia criativa por ai. A necessidade de evoluir e fazer coisas engraçadas nunca esteve tão bem.
 
Que conselhos querem deixar aos novos produtores?
Trabalhem muito. Mesmo a sério, trabalhem até não conseguirem mais. E não se importem se têm de seguir o estilo ou o modelo de alguém. Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.
 
Que mensagem gostariam de deixar aos nossos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Muito obrigado por todo o amor e apoio!

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Miss Sheila acaba de completar 15 anos de carreira, com o lançamento da sua editora “Digital Waves”, onde pretende encontrar novos talentos da música eletrónica. É uma das melhores DJs a nível nacional, sempre fiel ao seu estilo próprio e já deu muitas cartas no estrangeiro. Depois de ter sido destacada como uma das 20+ de 2014 pelo Portal 100% DJ, a artista concedeu uma entrevista exclusiva, onde fala sobre a sua carreira, o preconceito em relação às DJs e o estado da música eletrónica na atualidade.

 

O que te levou a fundar a editora "Digital Waves"?
A "Digital Waves" já é um sonho desde do tempo que trabalhava com a "Kaos Records". Sabia que um dia queria ter a minha própria editora, mas primeiro precisava de alguns anos para aprender tudo o que era preciso para geri-la, assim como dominar a área da produção musical. Para mim isto era fundamental.
 
Que novidades relativas à carreira da Miss Sheila poderemos ouvir nos próximos meses?
Estou a trabalhar em vários temas que irão ser lançados pela minha editora e não só. Vou começar a preparar a primeira mixed, uma compilação para a editora que também será da minha autoria.  Tenho mais alguns projetos, mas esses para já estão nos segredos dos deuses.
 

Sabia que um dia queria ter a minha própria editora (...)

 
Preferes atuar em pequenos clubes ou em festivais de maior dimensão?
Gosto dos dois de maneiras diferentes. Quando toco em festivais, é claro que não é tão pessoal e intimista com o público como é num clube, mas tenho que dizer que atuar para as massas também é muito bom, pela quantidade de pessoas a curtir, a energia é multiplicada vezes sem conta. Quem me conhece sabe bem que adoro clubes pequenos, pois também essa é a altura em que temos contato quase direto com o público e conseguimos ver cada expressão na cara das pessoas consoante a música, pois consigo ouvir o que cada um me diz e sentir o amor que me dão. É completamente diferente mas ambos muito bons.
 
 
Qual é a melhor memória que guardas dos teus 15 anos de carreira?
Como devem calcular, tenho memórias sem fim e seria impossível mencionar tantas, mas penso que as que me marcaram mais foram no início da minha carreira, onde tudo era novidade e não estava a acreditar o que me estava acontecer. Vivíamos tudo com muita intensidade e ter massas de gente à nossa frente tinha tanto de bom como de "medo"!
 
Quem são as tuas inspirações?
No início da minha careira, a minha inspiração, todos sabem que era o DJ Vibe, eu dizia que ele tinha quatro mãos e trocava-me as voltas constantemente. É claro que ele ainda continua a ser uma inspiração, mas hoje em dia temos muito mais acesso a DJs e produtores que não tínhamos na altura e sem dúvida tenho agora muitos mais que me inspiram, incluindo mulheres, coisa que antigamente não sentia. Hoje já posso dizer que finalmente há mulheres à séria no panorama da música eletrónica, como a Nicole Moudaber por exemplo.
 
Com quem gostarias de vir a colaborar um dia?
Adorava colaborar com o meu produtor preferido da atualidade que é o argentino Adrian Hour, pois ele faz música que me enche as medidas. É claro que não é só ele, mas assim a lista seria infinita.
 
Que sonhos ainda tens por concretizar, a nível pessoal e profissional?
A nível pessoal, penso que passa por ter um filho, mas não para já! A nível profissional, tenho vindo a mentalizar-me para perder o medo de voar, porque ainda gostava de correr o mundo a fazer o que mais amo!
 
Qual é a tua opinião sobre a música eletrónica dos dias de hoje?
Está totalmente diferente do que era. Para começar, muita da música que hoje chamamos de techno antes chamava-se house. Há uma fusão enorme nos estilos musicais e como não podia deixar de ser, torna-se cada vez mais difícil catalogar um género musical. O certo é que nos últimos anos ouve um "boom" enorme de música eletrónica à volta do mundo, independentemente de ser "EDM", comercial, techno ou hard techno, tudo é música eletrónica!
 

(...) os meus fãs sabem o quanto levo a minha carreira a sério (...)

 
Sentes que ainda existe preconceito em relação às carreiras femininas de DJ?
Sim, infelizmente ainda sinto, mas sei que não é só nesta área. Penso que continua a ser em praticamente todas as profissões do mundo. É certo que já não é tão evidente para DJs como era quando comecei, mas em parte a culpa também passa por algumas mulheres decidirem ridicularizar a profissão, ao atuarem de topless, etc... Depois somos julgadas de forma global e não somos levadas a sério! Claro que não sinto que entro nesse campeonato. Sei que pelo menos os meus fãs sabem o quanto levo a minha carreira a sério, mas não tenho duvidas que nós, mulheres sérias, temos que trabalhar o dobro para sermos vistas e respeitadas como verdadeiras artistas.
 
Dentro do teu estilo musical, o que gostavas de ver alterado em Portugal?
Não vejo assim grandes coisas que tenham que ser alteradas, "underground" é mesmo isso. Não é para as massas, nem é para dar muito nas vistas. Para já, temos promotores que fazem festas e também já temos festivais para o género musical, por isso está muito bem!
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Dois anos depois sem música no palco, o festival Sound Waves regressa a Esmoriz para uma edição memorável com 35 artistas a compor o cartaz. Ao todo, serão 21 horas para dançar ao som de vários artistas consagrados como Ben Klock, Boston 168, Dave Clarke, Klangkuenstler, assim como os portugueses Carlos Manaça, Du/Art, Link98, Miss Sheila e Nuno Clam.
A poucos dias do arranque da 15.ª edição, tomámos o pulso a Wilson Neves e Bernardo Bernardes, responsáveis pela organização do evento, que se demonstraram entusiasmados com este novo regresso à normalidade e nos contaram algumas das novidades para este ano.
 
Dois anos depois, o Sound Waves está de volta. Como é o regressar depois de uma pandemia?
Wilson Neves: Após dois anos sem termos a oportunidade de organizar o Sound Waves, estamos bastante entusiasmados por voltar a fazer o que mais gostamos. Foram dois anos muito complicados para todos os agentes ligados ao setor dos eventos, dois anos que fizeram toda a mecânica da organização de um evento mudarem, mas estamos entusiasmados e muito positivos com o festival.
 
Nestes dois anos sem evento auscultaram os gostos/preferências do público?
Bernardo Bernardes: Dois anos de pandemia com lockdowns obrigatórios fizeram com que a indústria musical tivesse uma grande reviravolta, muitos hábitos foram mudados e sentimos que a música em geral e os gostos musicais também. Relativamente ao Sound Waves tentámos manter a nossa essência de festival underground mas fez-nos refletir e também adaptarmo-nos a toda esta mudança que sentimos nos dois anos de pandemia.

Foi fácil elaborar este cartaz de artistas?
Wilson Neves: Na elaboração do cartaz tentámos fazer uma mistura entre os artistas já reconhecidos no mundo underground e que o nosso público tem afeição, como é o caso do Ben Klock, Dave Clarke ou Planetary Assault Systems (Luke Slater), os artistas que estão em ascensão dentro do underground e da música eletrónica como é o caso da Stella Bossi, Klangkuenstler, SNTS ou Boston 168. Para finalizar, naturalmente temos também os nossos artistas nacionais que são grandes referências com é o caso do Carlos Manaça, Miss Sheila, Nuno Clam, DJ Link e Carol D'Souza, entre outros.
Nesta edição também optámos por apostar numa sonoridade diferente e pensámos que o Danni Gato seria o artista ideal para proporcionar um set único e especial de afro tech no início da tarde de sábado, 2 de julho.
 
Qual é a importância de haver uma lista de artistas portugueses?
Bernardo Bernardes: Para nós é fundamental darmos oportunidade aos artistas nacionais de demonstrarem o seu valor. No nosso país temos bastantes DJs e produtores com muito talento e o Sound Waves sendo um festival português tem como honra poder dar a oportunidade para que possam mostrar esse talento em frente a milhares de festivaleiros apaixonados pelo underground. 

O festival tem a dimensão desejada ou gostariam que fosse maior?
Wilson Neves: Atualmente o festival está pensado e organizado para a capacidade que tem. No entanto o objetivo é que haja um crescimento gradual que faça com que o Sound Waves seja reconhecido globalmente como sendo um festival de referência no género.
 

Que novidades podem os festivaleiros contar para este ano?
Bernardo Bernardes: Este ano teremos dois palcos, o Main Stage e o palco Circus. Este último terá maioritariamente artistas nacionais que estão em ascensão na cena underground nacional e que se estão a preparar para dar o outro salto. Dentro do recinto também teremos uma zona de restauração diversificada onde os nossos ravers poderão comer e descansar pois será um evento de 21 horas "non stop".

Existe alguma atuação em que as expectativas estejam muito altas? 
Wilson Neves: Nesta edição temos artistas muito interessantes e as expectativas são altas. Temos a Stella Bossi que é uma artista que está num crescimento exponencial e que acreditamos que será uma das “cerejas no topo do bolo”, temos também o misterioso SNTS com sonoridades mais hard, mas não nos podemos esquecer dos artistas que já fazem parte da história do undergorund que é o caso do Ben Klock, do Dave Clarke e do Luke Slater a apresentar-se com o seu live como Planetary Assault Systems.
 
A venda de bilhetes decorre como esperando?
Bernardo Bernardes: O festival tem tido uma afluência fantástica, não só em Portugal como além-fronteiras. Será o ano em que mais público estrangeiro se irá juntar à festa.
 
Nestes 15 anos de evento, há algum momento marcante que gostariam de destacar?
Wilson Neves: Não um apenas, mas vários... Todos os anos temos vindo a ter aquele momento que irá ficar no registo desta história, seja marcado pelos artistas convidados ou até mesmo pelo público que tem o bilhete desde a primeira edição até à de hoje. Há quem tenha tatuado no corpo “Sound Waves”, mas mesmo depois destes anos, este vai ter um gosto especial... Um gosto de liberdade e uma saudade gigantesca!
 
Para terminar, a pergunta proibida sobre o backstage: existe alguns pedidos extravagantes nos riders deste ano?
Bernardo Bernardes: Todos os anos há pedidos mais excêntricos, contudo este ano a extravagância não saltou barreiras, talvez por causa da pandemia, os artistas não pediram coisas de outros planetas, possivelmente porque estão agradecidos por voltarem a fazer aquilo que mais gostam. Isso sim é o mais desejado por eles, pelo público e por nós organização.
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Desde muito novo que se interessava em fotografar, mas foi há sete anos atrás que comprou a sua primeira máquina fotográfica. Desde então nunca mais a largou. A sua experiência conta com incríveis imagens de pessoas, paisagens, festivais e detalhes que só ele sabe captar. Na música eletrónica, a incursão de Miguel Berro acontece no festival One Fest e atualmente é fotógrafo oficial do DJ e produtor português Zinko. Fomos conhecer um pouco do percurso deste fotógrafo português de 23 anos.
 

Como começou a tua aventura no mundo da fotografia? E como ficou ligada à música eletrónica?
Sempre tive o “bichinho” pela fotografia. Desde muito novo que pegava em máquinas de amigos e ia fotografar. Na altura, nunca tinha pensado em seguir carreira na área da fotografia mas alguns anos depois, quando estava a tirar um curso de Multimédia e tive um módulo de fotografia, foi aí que tive um click na minha cabeça e disse a mim mesmo: "É isto! É isto que eu quero!” Um ano depois, em 2013, comprei a minha primeira máquina e desde então nunca mais parei de fotografar. Entre pessoas, paisagens, casamentos, festas corporativas, festivais, viagens de finalistas e fotografia de produto, já fiz de tudo um pouco. A minha entrada na música eletrónica foi num festival na minha cidade, o One Fest em Vendas Novas, onde fotografei Diego Miranda, Joey Dale, Karetus, Zinko, entre outros artistas.


Que artistas e festivais já tiveste a oportunidade de fotografar? Com qual ou quais gostaste mais de trabalhar?
Palmesus, MEO Sudoeste, Rebel Village, Revenge of the 90's e Freedom Festival, são alguns dos eventos onde já passei. Já tive oportunidade de fotografar Marshmello, Tiësto, The Chainsmokers, Macklemore, Alan Walker, Zinko, Ninja Kore, Karetus, Vini Vici, DJ Ride, Van Breda, Nokin, entre muitos outros.


E com quais gostarias de vir a trabalhar?
Adorava poder um dia fotografar um espetáculo do Drake, Martin Garrix ou Hardwell. Acho fascinante o nível de produção que está envolvido nas apresentações a solo deles.


Tens alguma história caricata que tenha acontecido durante algum dos teus trabalhos?
Não vou referenciar nomes, mas um dia tive oportunidade de fotografar um aniversário de uma figura pública portuguesa. A festa foi muito boa e as fotos estavam fantásticas. Ao fim da noite perdi o cartão com tudo o que tinha fotografado. Até hoje ainda me pergunto onde poderei ter perdido aquele cartão... Foi o pior dia da minha vida.
 
 

Que material fotográfico aconselhas para quem queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
Acho que para começar qualquer máquina serve. O importante, na minha opinião, é ganhar prática e experiência no terreno. Hoje em dia é cada vez mais fácil aprender a fotografar graças ao Youtube.


Na edição de imagens, a criatividade é totalmente da tua autoria ou segues instruções dos clientes?
Posso-me orgulhar de dizer que todas as minhas edições são da minha autoria. Todos os meus clientes até hoje sempre me deram a maior liberdade na edição das fotografias.


És o fotógrafo oficial do Zinko. Conta-nos como tudo começou e como está a ser a experiência.
Já trabalho com o Zinko há 5 anos. Não me lembro ao certo como tudo começou, mas foi das poucas pessoas que acreditou em mim no início e desde então já viajámos de norte a sul do país, incluindo os Açores. Tem sido uma experiência fantástica poder trabalhar com ele e ver evolução a cada dia que passa.

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Atualmente ocupa a posição número 94 no Top 100 da Revista britânica DJ Mag. Com um prémio quente nas mãos e de enorme responsabilidade, Diego Miranda, sente-se orgulhoso e honrado em ser o único DJ português a representar o seu país. Poucos meses depois da edição de “Say Yeah”, o álbum de estreia, Diego vê confirmado e reconhecido pelo público além-fronteiras aquilo que lhe corre nas veias em abundância: talento. Na entrevista ao Portal 100% DJ revela já ter uma agenda repleta de festivais até ao próximo ano, com paragens pela América, Ásia e África. Faz também referência à sua nova editora que pretende editar música de qualidade e dar a conhecer novos talentos.
Confere a conversa que tivemos com Diego Miranda depois de ter recebido este importante prémio.

 

O que representa para ti estar no Top 100 da DJ Mag?
É um grande orgulho e uma grande honra ser o único português a singrar na lista dos 100 melhores DJs do mundo pela conceituada revista britânica DJ Mag.
 
Estavas à espera de subir no Top em relação a 2012?
Curiosamente nos últimos 2 anos estive a um passo de entrar na lista, ficando nas posições 101 e 108 respetivamente. Este ano, tenho a perfeita noção que trabalhei ainda mais que nos outros anos, lancei o álbum "Say Yeah", toquei muito mais no estrangeiro e obtive mais visibilidade nos media. Por outro lado, tinha consciência que este ano era muito mais difícil entrar, porque houve grandes novos talentos internacionais a explodir por todo o mundo e consequentemente a subir nas posições. Como por exemplo o caso do Hardwell e também por haver novas entradas no ranking. É por isso que esta conquista teve um sabor especial e estou muito feliz por isso.

O facto de estar na DJ Mag não só traz mais visibilidade mas também acarreta mais responsabilidades.


Na tua opinião deveriam estar mais portugueses neste Top?
Claro que sim, é sempre um orgulho haver portugueses a representar o nosso país por todo o mundo e quantos mais melhor, mas acredito que nos próximos anos vão entrar muito mais portugueses neste Top, porque Portugal tem muitos novos talentos que se continuarem a trabalhar como estão, vão dar cartas em todo o mundo.
 
O que podemos esperar de Diego Miranda nos próximos meses?
Para já vou continuar a promover o álbum "Say Yeah" que contém ainda outros temas por mostrar ao público. Entretanto, vou continuar a trabalhar em estúdio para o meu próximo álbum. Vão também sair novas faixas minhas mais mainstream, com novas colaborações de outros produtores. Já tenho festivais agendados até ao próximo ano que incluem várias paragens, nomeadamente pela América, Ásia e África. Tenho também uma nova editora "Less is More Records" que pretende editar, principalmente, música de qualidade e dar a conhecer novos talentos. Quero, também, realizar outros projetos que tenho em mente, mas que ainda é cedo para revelar...

Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs?
O facto de estar na DJ Mag não só traz mais visibilidade mas também acarreta mais responsabilidades, para todos aqueles que acompanham e apoiam a minha carreira só lhes posso prometer que vou trabalhar ainda mais e melhor. De resto, só posso dizer: "The Best is Yet to Come"... e agradecer a todos os que me têm apoiado até aqui.
 
 
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É conhecido pelo seu carisma e talento notável. Destaca-se por ser dos produtores nacionais com maior projecção além-fronteiras.
A mítica discoteca "Bauhaus", onde teve residência artística, foi o local onde aprendeu a lidar não só com vários estilos de público, mas também com vários registos musicais.
"Russian Guitar", - editado na altura pela Kaos Records - foi o primeiro tema original a constar do seu portfólio. Nesta entrevista exclusiva, Kura confessou no que se inspira quando produz música, adiantou que tem nos planos a médio prazo, a criação da sua própria editora, e falou-nos da grande volta que deu a sua carreira desde que integra a agência WBD Management.
O conhecido DJ e Produtor comentou ainda o término do colectivo sueco "SHM", do qual fez o warm-up no passado dia 18 de dezembro, e lançou os seus desejos para 2013, afirmando que "quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais". Para Kura, só se tem sucesso com "trabalho, dedicação e paixão".
 
 
Em que momento da tua vida tomaste a importante decisão: "É isto que quero seguir!"?
Quando deixei de ser DJ residente. Foi aí que percebi que podia viver da música, que podia fazer aquilo que mais gosto, a 100%.

A residência na conhecida discoteca "Bauhaus", foi de certa maneira o teu primeiro contacto com o público?
Não, antes disso já tinha tido várias experiências em outros clubes e bares, mas foi o espaço que me ensinou a lidar com vários estilos de público e vários registos musicais.

Já este ano fizeste a tua primeira tour no Brasil. Como foi a experiência?
Foi incrível, superou completamente as minhas maiores expectativas. Ter a oportunidade de tocar em clubes como o "Pacha" ou a "Posh", e num ambiente de Sunset no "Café de La Musique" de Jureré, renovou o meu entusiasmo de fazer mais e melhor. O Brasil é realmente um país maravilhoso e a música electrónica está em grande nos clubes! Foi sem dúvida uma grande experiência que espero repetir em breve.

Tens um novo tema chamado "Undefeatable" que resulta de uma colaboração com a cantora holandesa Noubya, e que marca o teu regresso a produções mais vocalizadas desde o "Follow Your Dreams". Como é que este tema aconteceu?
Penso que a diversidade é uma mais-valia para qualquer produtor musical, e creio que é importante ser capaz de produzir um tema com uma estrutura de uma canção como o “Undefeatable”. Não o fiz sozinho, contei com o Benjamin e a Noubya na parte da escrita da letra e penso que o todo resultou muito bem. Tenho recebido um feedback extraordinário e a música tem estado a ser muito bem recebida tanto pelos DJs como pelas rádios. Mas como a diversidade é mesmo importante, saiu no passado dia 16 de janeiro, o meu segundo tema pela editora alemã Tiger Records, o “Odyssey”, que é mais direccionado para a pista.

O que consideras mais importante para se ter sucesso?
Trabalho, dedicação e paixão.
 

É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.


Qual a música que te deu mais prazer a produzir e porquê?
Como nos últimos tempos tenho produzido muita música torna-se difícil eleger uma única, mas recordo-me, por exemplo, de ter feito o meu tema "Galaxy" em 5 horas, numa madrugada de Inverno, não conseguia ir dormir sem acabar o tema.

O que te inspira quando produzes?
Pessoas, lugares, emoções, outros produtores, momentos...

Em média, quanto tempo demoras a produzir uma música?
Depende, pode demorar 5, 6 horas... ou meses/anos.

Já te passou pela cabeça fundar uma editora?
Claro que sim, é algo que vou fazer a médio prazo. Sempre foi um dos meus objectivos ter a minha editora, editar principalmente os meus temas, mas também fazer um trabalho que considero muito importante de apoio a novos talentos.
 
As tuas produções recebem sempre feedback de nomes importantes...
É uma grande honra para mim. Toda a gente tem os seus ídolos e eu já tive a sorte de alguns deles tocarem os meus temas. É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.

A incursão na agência WBD Management alterou a tua carreira? Em que aspectos?
Alterou sem dúvida. A WBD acabou por complementar uma grande lacuna na minha carreira, que era a comunicação e gestão da minha marca. Sempre tratei de tudo sozinho, e com o crescimento do meu nome, as coisas ficaram fora de controlo. Já estava a prejudicar o meu processo criativo por ter de estar a gerir marcação de datas, newsletters, etc. Tenho realmente que agradecer todo o trabalho que a WBD tem feito comigo até agora, tem sido muito importante para o meu crescimento. Além da parte profissional que tem sido muito positiva, acabei também por conhecer pessoas fantásticas e esse é o grande segredo da WDB enquanto agência. São pessoas apaixonadas pelo que fazem, trabalham com gosto, e quando assim é não é difícil de se obter sucesso.

Tiveste o privilégio de tocar no warm-up do espetáculo dos Swedish House Mafia em Lisboa. Qual é a tua opinião sobre o facto de eles terminarem o projecto?
Todos os projectos têm eventualmente um fim. Eu acho que eles acabaram por elevar o nome "Swedish House Mafia" a algo que nunca ninguém vai esquecer, e mais vale sair de cena no topo do que acabar no esquecimento, e acho que se trata disso também. A grande vantagem é que eles vão continuar a solo, e cada um deles é realmente único naquilo que faz, são três indivíduos iluminados, tanto na produção como na vertente de DJ. Pode atribuir-se 80% de tudo o que se faz em música electrónica neste momento a estes três senhores. É algo realmente único e especial..

Na tua opinião, faz falta alguma coisa na noite portuguesa? O quê?
Na minha opinião, faz falta uma maior aceitação à música de dança menos comercial e sistemas de som em condições.

Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas.

 
Tens algum comentário a fazer relativamente à nomeação que o Portal 100% DJ fez, dos 10 DJs/Produtores que se destacaram em 2012?
Fiquei bastante satisfeito com essa distinção e desde já agradeço à 100% DJ que também tem vindo a fazer um trabalho único na divulgação do que melhor se faz por Portugal.

Que planos tens para este novo ano?
Em 2013 vou continuar a trabalhar todos os dias para fazer mais música e abordar outros estilos, quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais. Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas. Espero continuar a fazê-lo.

Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e fãs?
Espero que continuem a acompanhar o meu trabalho, tanto nas redes sociais como nas minhas actuações. É muito importante para mim receber o vosso feedback - ajuda-me a crescer como profissional. Agradeço todo o carinho e apoio que me têm dado até agora, são vocês que me motivam todos os dias para trabalhar ainda mais, mesmo quando as coisas não correm bem. Obrigado a todos!
 
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Miguel Machado, conhecido no meio como Mike The Axe, teve a sua primeira máquina fotográfica aos 12 anos. Depois de um curso de jornalismo na ESCS e de fotografia profissional na ETIC, em Lisboa, começou a trabalhar com os Ninja Kore. Além do começo na área, o fotógrafo revelou nesta entrevista exclusiva quais os artistas que mais gostou de fotografar, bem como uma caricata história de meter os olhos em bico. Houve ainda tempo para deixar algumas dicas a quem queira seguir os seus passos.
 
Como começou a tua história no mundo da fotografia ligada à música eletrónica?
Curiosamente foi durante uma aula quando estava na Faculdade de Ciências de Lisboa. Em 2012, estava na universidade e na altura estava na aula de Biologia Genética quando um colega e grande amigo meu na altura me perguntou: "Queres vir a Sesimbra acompanhar-me numa audição de piano para uma banda, os Ninja Kore?". Ao que respondi: "Why not?", e fomos. É importante referir também que na altura a tirar o curso de Fotografia Profissional na ETIC. Mas naquela época a fotografia, para mim era apenas um complemento para vir a ser um fotógrafo de natureza para a National Geographic, ou pelo menos esse era o plano. Quando chegámos à audição, fiquei imediatamente amigo do Bruno Mixtec e em simultâneo intrigado pela possibilidade de viajar com bandas, aplicando o meu conhecimento fotográfico e artístico nesse mundo. Porém, foi apenas no segundo dia do Optimus Alive de 2012 que decidi que a fotografia de música electrónica era uma carreira possível e que me iria trazer felicidade, além de sucesso pessoal e profissional. Tudo isto devido a um telefonema de última hora (5 minutos depois de receber o meu diploma de Fotografia Profissional da ETIC) que recebi do Bruno a convidar-me para fotografá-los no Alive. O momento em que pisei o palco foi quando simplesmente soube que "era isto".

Que festivais e artistas já fotografaste?
É difícil fazer uma lista completa, sem se tornar tedioso para quem ler este artigo. Mas resumindo, direi os festivais e artistas em que tive maior prazer em trabalhar e que me deram mais feedback para o meu projeto. Começando pelos festivais, fotografei o MEO Sudoeste, NOS Alive, Melhores do Ano, Screamout Fest (Tokyo, Japão), o ADE (Amsterdam Dance Event , Holanda), DreamHack (Suécia) e DreamLand (Bremen, Alemanha). Sobre os artistas que já fotografei: The Prodigy, Steve Aoki, Hardwell, OVDS (Taiwan), Ninja Kore, KURA, Karetus, Zardonic, entre outros.

Que história caricata podes contar sobre um dos teus trabalhos?
Como deves imaginar, há imensas. Mas é uma boa questão e a resposta é uma história muito importante para mim, pois deu me a última confirmação em como sou realmente bom no que faço e que devia continuar. No ano de 2015, tive a felicidade de conhecer um artista venezuelano que habita nos EUA, chamado Zardonic. Conheci-o no Hardclub (Porto) numa festa que estava fotografar e naturalmente surgem aquelas conversas de backstage onde lhe mostrei as fotografias que tirei à sua actuação. De imediato ficámos amigos e me agendou uma sessão fotográfica em Lisboa para um presskit que ele precisava na altura. Fizemos a sessão, jantámos e fomos beber copos para o Cais. Um mês depois fui para o Japão em tour com Ninja Kore e numa das sessões de autógrafos numa loja de discos (Tower Records), notei algo que me encheu de alegria: a banca que tinha o top 3 de álbuns de música electrónica mais vendidos estavam 2 álbuns, os quais tinham as minhas fotografias não só a anunciá-los, como nos álbuns em si! Os álbuns eram de Ninja Kore e Zardonic! Sendo que o álbum do que estava em 1 era o álbum do Skrillex. Senti uma motivação enorme que até hoje se mantém, e um profundo desejo de trabalhar para que um dia faça a capa de um álbum do top 1 mundial.
Tenho uma regra que criei onde não pesquiso o artista antes de o fotografar: se não o conhecer, só oiço o seu trabalho no concerto (se gostar no concerto certamente irá para o meu Spotify).

Que artistas gostaste mais de fotografar?
Não consigo dizer com honestidade quem gostei mais fotografar, porque o que eu gosto de fotografar é o espectáculo. A fotografia é uma arte muda. A luz, a dimensão do espectáculo, a vibe do público, o estado emocional do artista, entre outros factores, são a base da felicidade de um fotógrafo e não a música ou a personalidade do artista. Se queres que seja honesto, tenho uma regra que criei onde não pesquiso o artista antes de o fotografar: se não o conhecer, só oiço o seu trabalho no concerto (se gostar no concerto certamente irá para o meu Spotify). Pode parecer presunçoso ou desleixo, mas a realidade é que havendo uma separação entre o 'gostar' do artista (da sua música e ser fã, o lado emocional) e o lado técnico, traz outra dimensão ao meu trabalho e às fotografias. Na minha perspetiva isto acontece porque quando avanças sem expectativas, não crias um juízo de valor inicial que irá limitar a tua visão, em vez disso descobres as entrelinhas que o músico demonstra, enleias-te num puzzle único de espaço e tempo, finalmente criando uma ligação entre o espectáculo e as fotografias, sentindo a alma do momento. E a resolução desse puzzle é o que gosto mais de fazer. Portanto, para responder à questão: os puzzles que gostei mais de resolver foram Steve Aoki no MEO Spot em Portimão (2013) e Prodigy no NOS Alive (2014) . Esses foram os momentos que descobri o puzzle desses artistas.

Que material fotográfico aconselhas para um jovem fotógrafo que queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
O que tenham à mão, honestamente. Com a evolução tecnológica, todos (eu incluído) achamos que o material faz o fotógrafo e queremos sempre mais. Não é que seja 100% falso. Existe alguma verdade neste estereótipo, mas na minha opinião para um iniciante o mais importante é usar a primeira máquina que tenha à mão e usar. Digo isto porquê? Porque na fotografia, todas as máquinas usam os mesmos principios e alguém que faz muito no ínicio com pouco, aprende muito mais do que alguém que comece pelo melhor. E quando evoluir e passar para a proxima máquina ficará sempre um passo à frente de quem começou em grande.

Que eventos e artistas que mais gostarias de fotografar?
Da minha bucket list faltam-me Gorillaz (banda) e o Dominator (Festival). Gorillaz porque acho que nao vale a pena alongar me muito. Todo o show visual e o conceito formam um puzzle lindo de descobrir 'live'. E claro, o Dominator: um festival de música eletrónica muito pesada que apresenta um público que aparenta mais simples e menos cansativo do que festivais de vários dias/semanas, mas são 24 horas que parecem 10 dias!

Já trabalhas há algum tempo na fotografia acompanhando os Ninja Kore. Conta-nos como começou e como está a ser a experiência.
Como começou contei na minha primeira resposta. Mas como está a ser? Honestamente essa questão tem diversas partes. Dissecando-as uma a uma aquilo que posso dizer é que são uma família. Não seriam família se não tivesse problemas. Todas as familias os têm. Mas, e aqui há um grande "mas": é por sermos familia que tudo o que fazemos vem de um amor e dedicação extrema. O resultado final é o que está à vista de todos. 
 

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Diego Miranda é cada vez mais um nome conhecido e aclamado na música eletrónica nacional e internacional. Tendo já estado presente na famosa lista Top 100 da revista DJMag, foi este ano novamente nomeado para um MTV Europe Music Award, na categoria de Best Portuguese Act. Depois de um verão cheio de atuações em Portugal e no estrangeiro, o DJ concedeu uma entrevista exclusiva ao portal 100% DJ, onde fala sobre a sua carreira, as nomeações da MTV e o seu futuro.

 

Qual foi a tua reação ao saber que estavas novamente nomeado para um Best Portuguese Act dos MTV Europe Music Awards?
Foi com enorme orgulho que soube. É verdade que também tenho trabalhado muito para isso e o facto de ter sido o único português a entrar para o Top100 do mundo, no último ano pela DJ Mag, também deve ter contribuído para isso. Mas esta nomeação tem um sabor diferente porque é uma competição, não só a nível de DJ’s, mas a nível de todos os músicos e bandas. E... como já tinha sido o único DJ em Portugal a ser nomeado pela MTV em 2011, desta vez não estava tanto à espera, por isso é uma grande alegria e uma grande honra poder representar a música eletrónica que se faz em Portugal para todo o mundo. 
 
Quais são as expectativas em relação aos resultados das votações? Acreditas que a competição vai ser renhida?
Provavelmente vai ser difícil, porque há fãs de bandas nomeadas que também são meus fãs, pois tratam-se de estilos completamente diferentes. Mas só posso dizer que vou trabalhar cada vez mais e estou a contar com o apoio de todos os meus fãs que são incansáveis e apoiam-me incondicionalmente. A eles, só lhes posso dizer "obrigado" e que tenho os melhores fãs do mundo. 
 
Pensas que é importante a MTV (e outros meios de comunicação social) dar importância aos DJ’s, uma vez que a música eletrónica tem cada vez mais público? 
Claramente que sim. Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s. Se um DJ tem capacidade de mover massas, encher estádios, inclusive como bandas e é um fenómeno, tem de se lhe dar o devido valor como qualquer outro músico ou artista. 
 
Em relação aos últimos meses, qual foi a experiência/trabalho que mais te marcou e mais gostaste de realizar? Porquê? 
É difícil enumerar porque foram várias, mas posso citar algumas, nomeadamente, adorei ter feito a Tour da Ballantines que realizou uma produção magnífica em todas as festas. Há dois clubs que me marcam sempre que lá passo: Green Valley no Brasil (eleito o melhor club do mundo) e Ushuaia em Ibiza. A Tour do Happy Holi, que começou em Portugal e já vai no Brasil, com festas que são sempre mágicas e únicas. Também finalizei um tema há pouco tempo, "Believer" com a cantora americana Miss Palmer, e estou com outros projetos e colaborações novas que ainda não posso revelar e que me têm dado muito gozo fazer. 
 

Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s.

 
Quando poderemos ouvir novo material original? Há alguma colaboração que está a ser planeada? 
Como disse, acabei de lançar o tema "Believer" e tenho vários projetos/colaborações que estão a sair mensalmente pela minha nova editora "Less is More", mas mais mainstream. Também tenho o cantor Mitch Crown, com quem já estou a trocar ideias para trabalharmos juntos num novo tema e paralelamente quero começar a trabalhar no meu novo álbum, em que vou incluir alguns temas que já saíram e muitas novidades, mas que só deve estar finalizado no próximo ano! 
 
No futuro, que projetos e novidades podemos esperar do Diego Miranda? 
Em termos de música, vou continuar a produzir e a lançar temas novos e vou continuar a tocar muito porque já tenho a agenda cheia até ao próximo ano. Quero também trabalhar mais na minha editora para que cresça e para que dê oportunidade a outros artistas e novos talentos de crescerem. Também estou a lançar uma linha de roupa com o meu estilo, para os verdadeiros fãs… basicamente, o que posso dizer é que, não vou parar!
 
Que objetivos ainda pretendes atingir a nível profissional?
Não penso nisso, só posso dizer que "o céu é o limite!" 
 
Quais são as tuas inspirações, a nível de DJ's? E com quem desejarias trabalhar um dia? 
Existem alguns que admiro bastante e que às vezes não têm nada a ver com o estilo que toco hoje em dia, mas que serão sempre uma referência para mim, como é o caso de Carl Cox com toda a sua técnica. A nível de produtores, atualmente, existem vários como é o caso do Calvin Harris ou David Guetta porque nunca descuram a parte melódica nos seus temas e conseguem manter-se sempre atuais.
 
Nota de redação: Para votares acede a pt.mtvema.com/vota.
 
 
Publicado em Entrevistas
Após uma atuação carregada de boa energia no Mega Hits Kings Fest no passado sábado, em Lisboa, Kura concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ. O DJ e produtor português foi o primeiro a subir ao palco e logo se disponibilizou para nos receber no seu camarim ainda em modo “rescaldo” emotivo, por estar a tocar para a maior sala de espetáculos do país. 
 
A primeira digressão pela Ásia, as novas produções, a entrada no Top 100 e o futuro da sua carreira foram os temas de conversa desta entrevista, onde são reveladas diversas novidades em primeira mão para os leitores da única plataforma em Portugal, 365 dias ao Ritmo da Noite.
 
 
Acabas de sair do palco de um grande evento no Meo Arena. Como descreves a tua atuação no Mega Hits Kings Fest e a receção do público?
Foi muito positiva. Não estou habituado a fazer sets tão pequenos, mas tive uma preparação. Estava com algum receio de ser tão cedo e o primeiro a tocar, mas a receção das pessoas foi incrível e passou muito rápido.
 
No início do teu set as pessoas estavam eufóricas e gritavam o teu nome. Como é que te sentes com este tipo de manifestações?
Normalmente sou muito calmo, mesmo antes de tocar, a pressão não me costuma afetar. Já passei por alguns momentos de dificuldade em termos de gig - acontecer alguma coisa ao material no momento -, mas não cedo à pressão. Naqueles 30 segundos antes de entrar, se ouvir as pessoas a gritar o meu nome, o coração bate mais forte e realmente sinto “estou aqui, é a sério!”. Só me apercebo segundos antes de entrar e quando oiço o público. É um misto de grande alegria.
 
É intimidatório?
Não! Fico quase emocionado e dá-me grande vontade logo de subir e começar a tocar. Não fico nervoso.
 
Vais ter uma tour na Ásia... 4 datas que passam por clubs como o X2 em Jakarta, o Sky Garden em Bali e depois vais até Xangai e Pequim, ao Lynx e 8mm, respectivamente. Estás preparado?
Sim, a primeira grande tour fora do país. Já tive várias datas fora, mas não uma tour bem estruturada e tanto tempo fora. Vão ser quatro datas nos melhores clubes equipados com leds, co2, etc. Nunca estive tanto tempo fora de casa, vai ser uma experiência e será a confirmação se isto é mesmo o que quero fazer para o resto da minha vida.
 

Estou atento ao que as pessoas escrevem e dizem sobre mim, seja positivo ou negativo.

 
Existem rumores nas redes sociais sobre a tua presença em grandes eventos, como o Ultra, o Tomorrowland, etc. Que comentário merece este assunto?
Obviamente que fico feliz. Estou atento ao que as pessoas escrevem e dizem sobre mim, seja positivo ou negativo. Tenho a plena consciência do que me é possível. Percebo o que as pessoas dizem na internet e é um facto que me apontam para esses festivais. Agora claramente tem de ser desenvolvido outro tipo de trabalho promocional para eu “merecer” esse lugar. Se formos a ver há artistas com menos notoriedade que lá estão. Mas quando for, eu quero que essa presença seja merecida e que não seja talvez por um contato, uma amizade, ou por outra coisa que possa influenciar a minha presença lá. Sinceramente já tive fases em que duvidava - seria impensável estar nesses palcos. Mas hoje em dia acredito que vai acontecer, é uma questão de tempo. Pelo menos vou justificar isso com trabalho. Se alguma vez tiver que acontecer é porque será justo. 
 
Vamos ver-te nesses palcos em 2015?
Eu gostava. Pode ser que sim - já esteve mais longe. 
 
 
Qual foi o gig que mais te marcou este ano?
É difícil escolher, mas aponto a Nova Era Beach Party e o Meo Sudoeste. Na Nova Era Beach Party eu estreei o “Collide” e recordo-me que criou-se ali uma energia especial à volta da música e, apesar da chuva, ninguém se foi embora - foi muito bom. Já o Meo Sudoeste foi também uma surpresa porque comecei num horário complicado - à hora de jantar. Comecei com cerca de duas mil pessoas, meia hora depois já estavam umas 15 mil, aumentando gradualmente até chegarmos a umas 40 mil. Foi muito especial, porque o público estava muito entusiasmado e interativo. 
 
Este ano tiveste uma notícia bombástica em Outubro: alcançaste o número 42 no Top 100 da DJ Mag. Como é que recebeste esta notícia?
Foi uma surpresa tanto em termos de posição como de figurar no ranking. Quando decidimos estar presentes tinha alertado a minha equipa que seria difícil, e eu acreditava menos do que eles, mas avancei. Dias antes sai o leak, e percebemos que poderia realmente figurar na lista, mas achei que poderia ser “tanga”. Não estava à espera, no próprio dia foi uma grande alegria mas não fiquei deslumbrado com isso. Para as pessoas que votaram em massa acredito que isto seja também uma vitória. Perceber que estás a apostar num artista nacional, e depois ser parte do feito de ele conseguir estar numa posição de destaque a nível internacional, e que o nosso país seja dignificado de alguma forma nesta área em que somos poucos ainda - estamos a começar a abrir o caminho a nível internacional... acho que para as pessoas também foi uma grande felicidade. No meu caso fiquei muito contente mas com os pés na terra e sabendo que foi mais um começo, uma porta que se abriu.
 
É um orgulho representar Portugal no mundo?
Sim, é incrível mesmo. Também temos outro Português no Top100, o Diego Miranda, e podia haver mais, sem dúvida. Por exemplo, se o Pete Tha Zouk tivesse pedido às pessoas para votar, acredito que facilmente lá estaria - as pessoas também têm um grande carinho por ele. Acho - e tenho algum orgulho nisso - que nós estamos a fazer parte deste elenco de portugueses que está a “abrir caminho” para os outros mais jovens, que daqui a cinco ou seis anos vão estar na minha posição. Nós, os DJs portugueses somos responsáveis para criar essas condições e oportunidades para nós próprios e para aqueles que vão surgir. Acredito que daqui a um ano ou dois vamos ter outros dois, três nomes - vejo essa possibilidade. 
 

Quero ser o primeiro DJ português 'a solo' a tentar esgotar uma sala.

 
Que projetos e novidades tens para 2015?
Ainda este ano, vou editar um tema na Revealed, editora do Hardwell, vai sair a 29 de dezembro. É um tema que ele tem tocado muito nos espetáculos. Tem resultado muito bem e está a ser falado, o que me deixa muito satisfeito. Poder editar novamente na Revealed é algo que eu já estava a trabalhar há algum tempo para poder conseguir, porque não é fácil.
Em 2015, planeio fazer os meus próprios eventos. Estamos a trabalhar nisso, saber se é possível, se as pessoas realmente querem que isso aconteça. A minha ideia é fazer mais festas com a minha marca e em sítios maiores. Para já, estamos a considerar Porto, Lisboa e no Verão o sunset. Quero ser o primeiro DJ português “a solo” a tentar esgotar uma sala. O objetivo é fazer coisas diferentes que nunca tenham sido feitas e provar que é possível. Talvez haja muita gente que dúvida, mas cabe-me a mim e aos outros DJs provar o contrário e fazer outras coisas mais arriscadas e é isso que vou fazer.
 
Um álbum de originais é um objetivo próximo?
Tenho muita música nova e trabalho bastante. Não consegui ainda reunir o lote de músicas necessárias a nível de qualidade que me agrade o suficiente para lançar um álbum. Até porque quero que ele seja mais diversificado, que tenha uma música vocal, quero que tenha temas que me caraterizem, um pouco mais fortes e coisas mais emotivas, ou seja, quero que as pessoas possam ver outro lado de mim. Acredito que num espaço de dois, ou menos anos, isso seja possível e esteja na rua esse projeto. 
 
E há alguma colaboração de sonho que gostarias que figurasse nesse álbum?
Sim, o Hardwell seria uma delas. Será sempre aquele artista que eu gostaria de colaborar. Também com Alesso, Steve Angello, Nicky Romero - artistas que eu aprecio bastante e que faria todo o sentido estarem no meu álbum, mas primeiro tenho de criar uma relação de amizade com eles. 
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que continuem a visitar assídua e mais frequentemente, se possível, o Portal 100% DJ, que tem bons conteúdos e bem escritos. Às vezes o problema dos blogues de música de dança é que escrevem mal, e os conteúdos ficam um pouco pobres. Mas para quem quer realmente perceber o que é que se passa, e como é que as coisas acontecem, em termos de eventos e em termos mais profissionais, vocês cobrem realmente esse tipo de informação.
 
Publicado em Artistas
quarta, 19 dezembro 2012 19:34

Flash interview SHM: Pete Tha Zouk

Foi com as expectativas bastante elevadas que Pete Tha Zouk subiu à cabine. Antes disso, confessou-nos que estava bastante curioso por assistir ao espectáculo e ver a reação do público português. Tha Zouk comentou ainda o término do Projeto SHM e revelou em primeira mão as suas novidades para o próximo ano.

 

 
Publicado em Eventos
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