Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
A Galp Beach Party, que vai decorrer na Praia do Aterro Norte em Matosinhos nos dias 28 e 29 de junho, divulgou novos artistas para o line-up, que conta com nomes do TOP 30 do Portal 100% DJ.
 
Em destaque estarão as atuações em formato B2B dos artistas nacionais Carlos Manaça & Miss Sheila e KEVU & Vendark, que ficaram colocados entre os mais votados da edição do ano passado do TOP 30 do Portal 100% DJ.
 
Wildstylez, Da Tweekaz, Lucas & Steve juntam-se ainda aos já confirmados Vini Vici, Marshmello, Salvatore Ganacci e Quintino. Os bilhetes já se encontram disponíveis nos locais habituais com preços entre os 23 e os 80 euros.
 
Publicado em Festivais
O festival NEOPOP, que vai decorrer entre os dias 12 e 15 de agosto em Viana do Castelo anunciou novos nomes para a edição deste ano.
 
São eles Richie Hawtin, Nina Kraviz, Ricardo Villalobos, Dax J, DJ Nobu, Adiel, Dr. Rubinstein, Héctor Oaks, Paula Temple, Anastasia Kristense, ARTBAT e 9999999999 (live).
 
A edição deste ano comemora os 15 anos do festival com o mote “15 Years With You”, e já tinham sido anunciados os nomes de Honey Dijon, Loco Dice, Modeselektor (live), Paco Osuna, The Black Madonna, Cobblestone Jazz (live), FJAAK (live) e Hessle Audio.
 
Os passes de 4 dias estão à venda na Ticketline a um preço de 90 euros.
 
Publicado em Festivais
O evento açoreano RFM Beach Power está de volta no próximo dia 28 de julho, na Ribeira Grande, e conta com nomes de peso da música eletrónica internacional no cartaz deste ano.
 
Firebeatz, Gregor Salto, Joe Stone, Rich & Mendes, Pedro Cazanova e André N sobem ao palco principal do evento, enquanto que Sara Cruz Trio, Soundprofile, Tellmus, DJ Eurik, DJ Matti e Disko Groovers vão estar presentes na NOS Lounge Área.
 
Este ano o recinto tem o dobro do tamanho, com uma belíssima vista para o mar de cortar a respiração. Os bilhetes encontram-se à venda na Bilheteira Online e nos CTT.
 
 

 

Publicado em Festivais
A 9ª edição do Talkfest - International Music Festivals Forum, que vai decorrer em Lisboa entre os dias 11 e 15 de março do próximo ano anunciou recentemente novidades relativas à programação.
 
Francisco Rebelo, Inês Faria, Cristiana Pires, Ricardo Costa e Gustavo Couto foram alguns dos nomes apresentados para as conferências e pitchstage, além da exibição do documentário “Escola de Rock - Paredes de Coura” e ainda a atuação de Stereossauro nos Iberian Festival Awards.
 
O evento está inserido na BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa e os bilhetes encontram-se disponíveis no site oficial da APORFEST – Associação Portuguesa Festivais de Música e no See Tickets.
 
Confere abaixo todos os pormenores das novidades do programa:
 
- Conferências (orador) | Francisco Rebelo (Bass Player/Music Producer | Orelha Negra)
- Conferências (moderadora) | Inês Faria (Host | RTP)
- Pitchstage | Sexism Free Night EU – Project to promote equality with application in festivals (por Cristiana Pires, Kosmicare)
- Pitchstage | Reusable cups: A problem or a solution for the future of festivals? (por Ricardo Costa e Gustavo Couto, Copos Reutilizáveis ArtCor Light)
- Live Act (Iberian Festival Awards) | Stereossauro (PT)
 
Publicado em Eventos
A primeira edição do RPMM Festival está a chegar. O evento chega à cidade do Porto nos próximos dias 28 e 29 de julho, com mais de 50 artistas confirmados distribuídos por 6 espaços exclusivos.
 
Jackmaster, Matt Tolfrey, Matthias Tanzmann e Margaret Dygas são alguns dos artistas que fazem parte do line-up do festival, além dos portugueses Rui Vargas, Pixel 82 e Heartbreakerz.
 
O evento vai decorrer das 12h às 06h no edifício da Alfândega do Porto com a direção artística de Jonny TV. Para portadores de bilhete VIP, o RPMM começa mais cedo, no dia 27 de julho na Quinta de Santo António com uma pré-party das 15h às 02h com a presença dos DJs Michael Bosacki, Ollie Mundy, Twenty 2 e Laolu.
 
Os bilhetes estão à venda nos locais habituais com preços entre os 45 e os 170 euros. O Portal 100% DJ é Media Partner Oficial do festival.
 
Confere abaixo a programação completa:
 
28 Julho
 
EDÍFICIO DA ALFÂNDEGA DO PORTO
Main Stage - 12h-24h 
12h-14h: Alfonsvs 
14h-16h: Pixel 82 
16h-17h: Robert Mott 
17h-19h: Matt Tolfrey 
19h-20h: Matthew Dear (Live) 
20h-22h: Âme (DJ) 
22h-00h: Guy Gerger
 
Room 2 - Hosted by Meoko - 14h-23h 
Barac 
Cleymoore 
Geddes 
Joseph Williams 
Varhat
VIP Stage 
Lundi Bleu 
Port do Soul (Live)
 
RPMM CLUB STAGES - OFF PARTIES
Das 23h-06h
Cais Novo - Antena 3 apresenta 10 Years of No. 19 Showcase 
Art Department 
Nitin 
Rui Vargas
Cais Novo - You Are We 
Matthias Tanzmann 
Wildkats 
Ashley Wild
Industria Club - Half Baked 
Margaret Dygas 
Robin Ordell 
Vasco Valente
Gare Porto - Ibiza Voice 
Darius Syrossian 
Mella Dee 
Jesse Calosso 
Yassine
 
29 JULHO
 
EDÍFICIO DA ALFÂNDEGA DO PORTO
Main Stage - 12h-23h 
12h-14h: Su M 
14h-16h: Heartbreakerz 
16h-17h: Diana Oliveira 
17h-18h30: Francesca Lombardo "Life of Leaf" (Live) 
18h30-20h: Damian Lazarus & The Ancient Moons (Live) 
20h-23h: Jackmaster b2b Jasper James
 
Room 2 - Hosted by Keep On Dancing - 14h-22h 
Ari Girão 
Luca Cazal 
D´Julz
VIP Stage 
Lundi Bleu 
Port do Soul (Live)
 
RPMM Festival Closing Party
Das 23h-06h
Cais Novo - Room 1 
Alexis Raphael 
Adam Curtain 
Death on the Balcony 
Hefe (Live) 
Kenny Glasgow 
Max Chapman 
Miguel Puente 
Photonz 
Ricoshëi 
Russ Yallop 
Robbie Akbal 
Smash Tv 
Tone of Arc (Live) 
Violet
 
Cais Novo - Room 2 - MusiK@ll apresenta 
00h ás 03h: Switchdance 
03h-06h: La Fleur b2b B.Traits
 
Publicado em Festivais
quarta, 30 janeiro 2019 21:40

Lisb-On anuncia as primeiras confirmações

O festival Lisb-On Jardim Sonoro anunciou esta semana os primeiros artistas confirmados para a edição deste ano, que vai decorrer entre os dias 6 e 8 de setembro no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
 
André Cascais, Carl Craig, Caroline Lethô, Craig Richards, Donna Leake, Marcel Dettmann, Moodymann, O/B DJs, Octave One (live), Pender Street Steppers e Telma já têm presença confirmada no evento, cuja organização promete novidades no cartaz em breve.
 
Os bilhetes estão disponíveis na Ticketline com um preço de 60 euros.
 
 
Publicado em Festivais
Além das datas na sua próxima edição, o festival Dancefloor já divulgou também as primeiras confirmações do cartaz, composto por estrelas internacionalmente reconhecidas na cena eletrónica.

O festival regressa assim ao Altice Fórum de Braga nos dias 30 de 31 de julho do próximo ano para uma edição memorável e novamente direcionada para o público que está a crescer em Portugal: o Hardstyle.

Tiago Martins, da organização do evento garante que o cartaz já anunciado será mantido, no entanto "reservámos muitas mais surpresas" que serão divulgadas até ao próximo ano.

Gunz For Hire, Nghtmre, Brian Cross, Cat Dealers, Carnage e mais recentemente o novo talento Sefa são os artistas confirmados até ao momento e que marcarão presença na sexta edição do único festival de verão indoor em Portugal.

Os bilhetes estão à venda nos locais habituais por 20 euros o bilhete diário e 26 euros o passe geral. Há também bilhetes com campismo incluído e ainda packs VIP, cujos preços variam entre os 26 e os 52 euros.
 
Publicado em Festivais
Nos últimos meses a pandemia de COVID-19 tem condicionado o nosso dia-a-dia. Nada é feito como antes. Há regras para tudo e o afastamento social é prioritário. Não foi preciso muito para o sector dos eventos parar. Fechou literalmente portas e tirou o sustento de milhares de profissionais, quer sejam eles artistas, promotores, empresas de audiovisuais e multimédia. Até 30 de setembro a realização dos festivais de música está também suspensa, à espera de melhores dias. Adivinha-se uma recuperação demorada e alguns festivais poderão deixar de existir, uma vez que este ano não existe qualquer fonte de receita. De forma a entendermos tudo o que se está a passar neste “ecossistema” que sobrevive da proximidade e interação de todos, falámos com Ricardo Bramão, diretor da APORFEST, a Associação Portuguesa de Festivais de Música. Falou-nos das suas preocupações, dos eventos que já foi obrigado a cancelar e da reunião que teve com o governo.
 
Também na Aporfest tiveram de adiar o Talkfest e os Iberian Festival Awards. Que fatores tiveram em conta nesta decisão? 
Tivemos que adiar os eventos precisamente na semana em que tudo se despoletou. Era algo que já estávamos a preparar, mas tínhamos um plano B, pois o evento ia realizar-se num local de maior dimensão, na FIL. Portanto, se não fosse possível realizar num local que tivesse tanta gente, tínhamos de ter um plano B. Direcionamos o evento para outro local, mantendo todas as datas previstas, só que depois algumas entidades internacionais já não poderiam vir, muito público estrangeiro também, o próprio staff começava a ficar preocupado. Todas estas situações ditaram o adiamento do evento. Tínhamos o evento todo estruturado e os prémios à espera de serem entregues. O nosso intuito até há bem pouco tempo era realizar uma edição totalmente igual daquela que estava prevista, mas obviamente que vamos ter de alterar algumas coisas perante a atualidade. O mundo dos eventos mudou e nesta situação todos vão planear e realizar as suas coisas de forma diferente, portanto o Talkfest também tem de se alterar e adaptar. 

Na sua próxima edição, em Outubro, que alterações podem vir a sofrer o Talkfest e os Iberian Festival Awards?
Tudo aquilo que temos vai sempre adaptando-se. No Talkfest vamos discutir a atualidade e inserir novas temáticas. Até aqui sempre privilegiámos muito a parte física e a presença das pessoas, mas o Talkfest altera-se perante a atualidade e aquilo que faz mais sentido de um ano para o outro. É uma questão de adaptação e nós também temos de nos adaptar, a situação assim o exige. A gala, essa sim, possivelmente para o ano não se vai realizar, pois este ano também não há festivais, ou se se celebrar, será de uma forma totalmente diferente porque os festivais que vão existir, serão também eles diferentes. É algo que ainda estamos a pensar. Vai ser um ano de exceção.
 

Quais são as maiores preocupações dos promotores dos festivais?
Esta situação está a fazer com que todos os promotores estejam expectantes sobre aquilo que é possível fazer. Todos têm vontade de fazer algo perante as condições sanitárias que serão impostas.
Nesta área os artistas também não estão a atuar. Inicialmente a questão do online funcionou, mas hoje os artistas já perceberam que esse formato não pode ser eternamente gratuito, se não estamos a gerar no público um hábito que depois não conseguimos voltar para trás. A mesma coisa que se os festivais ou outros eventos fossem gratuitos, depois não conseguimos que que o público pague e valorize um bilhete. Portanto, têm de ser criadas novas formas de rentabilidade do artista, do promotor, dos media, que permitam todo este ecossistema sobreviver e se adaptar. Infelizmente esta situação aconteceu, como aconteceu a crise de 2008. Foi após essa crise que se deu o grande boom dos festivais. Já passámos quase duas crises e há outras gerações que não passam nenhuma, mas quem conseguir superar esta, vai ter muito mais defesas e muito mais forma de conseguir ser bem-sucedido no futuro. O que se fez de início a nível da cultura ou daquilo que foi anunciado, relativamente às linhas de financiamento que iam apoiar os artistas, isso pouco ou nada se viu. Na verdade ou ainda não surgiu ou aquilo que aconteceu, não foi como foi dito. Posso dizer que vou apoiar os artistas, mas se nada acontecer, se nada for feito, essas palavras caem em saco roto. Existe muito esse sentimento. Há muitas questões a nível dos eventos que temos vindo a lutar, nomeadamente para os festivais e promotores terem mais benefícios quando retomarem as suas ações, por exemplo no pagamento de direitos de autor, direitos conexos, etc. São essas questões que queremos que sejam analisadas. Todos querem começar a arregaçar as mangas, mas uma linha de crédito significa isso mesmo: um crédito, um novo endividamento para quem já está endividado. Portanto, será muito difícil, apesar de perceber que não pode ser sempre uma linha de financiamento a fundo perdido. Nós por exemplo perdemos algumas questões de viagens, alojamentos e outras despesas que não conseguem ser recuperadas, porque mesmo que o nosso evento ocorra em outubro, temos de montar novamente uma máquina. São custos que não conseguem ser retirados, ou seja, se me derem apoios, se eu ver mais-valias nalguma questão, consigo mitigar alguns custos que vou ter de uma edição que não tem a sua rentabilidade como as outras. Há de facto muita discussão nisto, falamos de uma área em que as empresas quase só têm um colaborador ou sócio-gerente e portanto também não podem ser colocadas em layoff como outras empresas que têm 100, 200, 500 colaboradores. Há muito esta questão e esta área que vive muito da presença física. Isto serviu para esta área estar mais coletiva do que nunca, para estar junta, mas acho que há aqui um grande caminho a percorrer, não só por parte dos próprios profissionais como pelo governo. Verificamos que esta questão também ao ser dos artistas e dos promotores era uma área que se calhar não estava tão profissionalizada como deveria estar e era altura de pensarmos nisso já, e não como foi até aqui. Se estivéssemos preparados há uns anos não estaríamos nesta situação.
 

"Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos (...)"


É um facto que esta foi a primeira área a parar...
Os eventos foram claramente os primeiros a parar, porque foi o primeiro receio. Certo é, e disso não há dúvidas - vai ser a última a ser relançada como deve ser. Porque uma coisa é nós sermos profissionais e querermos produzir os nossos eventos, outra coisa é irmos enquanto público. Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos ou não que se fazia antes e que distinguia esta área, e isso sim, acho que vai demorar muito e não serão meses, mas talvez anos, até voltarmos a poder ter esses comportamentos. 

Que tipo de apoio estão os promotores a pedir? 
Já tivemos vários pedidos, nomeadamente informativos, jurídicos e algumas questões sociais, ou seja, de situações de alguma carência a nível pessoal e profissional em que o nosso fundo social pôde ser despoletado para suprimir uma parte dessas questões. 

Quantos festivais já foram cancelados e/ou adiados? 
Até ao momento 46 festivais foram cancelados e 14 adiados.

Considera que há festivais em risco de não se realizarem no próximo ano?
Não se realizarem no próximo ano e não se realizarem nunca mais. Por vezes quando falamos de certos pequenos festivais em que estão no limite, é muito difícil retomar a seguir, tendo aqui um ano de paragem, não só porque muitos desses festivais vivem com pouca receita, mas também muito pelo amor à camisola. Vimos portanto que há alguns festivais que vão ter muita dificuldade e poderão não acontecer. Sei até de alguns casos que muito dificilmente vão retomar, porque antes de acontecer esta situação, já tinham uma situação difícil.
 
Como está a questão da venda de bilhetes? Houve quebra de bilhetes vendidos desde que se registou um maior número de casos em Portugal?
Houve de facto uma grande quebra nos bilhetes. Por exemplo na See Tickets - com quem trabalho - não se vende bilhetes desde há dois meses. Aquilo que devia ser uma ótima altura de venda para eventos como o Rock in Rio, o Alive e outros festivais, hoje, simplesmente não existe. Porque o público também não sabe o que vai acontecer. Não é, não gostar ou gostar de um determinado evento. É não saber se se pode ir ou não da mesma forma. Porque pode-se gostar muito de um festival mas se soubermos que a experiência que vai ser oferecida vai ser diferente, possivelmente pode perder-se o interesse em estar presente nesse festival. 

Relativamente ao reembolso dos bilhetes, a APORFEST concorda com aquilo que foi aprovado em Assembleia da República?
Concordamos com a maioria do projeto-lei apresentado tendo aproveitado este momento para propor algumas melhorias e criar uma base de sustentabilidade futura ao setor e todos os seus profissionais. Sabemos que as operações dos festivais correm um grande risco e que é necessário algum dinheiro, se não, não conseguem realizar-se. Mas há exceções. Por exemplo o Primavera Sound de Espanha não esperou pela questão governamental para poder devolver o dinheiro e deu um sinal ao seu público. Assumiu o risco e quis dar já o reembolso de forma a não matar já o evento no futuro. 
 

Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um 'replicar' tudo para o próximo ano.

 
Vai ser difícil manter os já anunciados cartazes para o próximo ano?
Acho que não vai ser tão difícil, porque o sector claramente parou. Para todas as entidades foi quase como um ano que não existisse. Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um "replicar" tudo para o próximo ano.

Os festivais mais mediáticos deixaram em aberto uma decisão final até ser aprovado o decreto-lei. Ou seja, davam a entender nos seus comunicados que os eventos não estavam totalmente cancelados quando já se sabia qual o desfecho...
Foi para no fundo poderem tirar uma decisão com base em fundamento governamental, que é a maior entidade responsável por todos nós. Apesar de se adivinhar a decisão, é agora uma informação que passa a estar vinculada e baseada numa entidade governamental que torna mais forte e credível a decisão. 

Todos os festivais de verão estão cancelados?
Não sei se serão todos, mas quanto maior for o festival, maior é a probabilidade dele não acontecer este ano. Aquilo que está a ser feito por grande parte de todos os promotores, é encontrarem soluções que possam ser paralelas aos festivais, como showcases e outras ações que surgirão este ano. Os festivais como os conhecemos não irão existir, mas vão haver ações que os possam substituir, perante as recomendações da DGS, em salas, com lugares marcados, etc.

No entanto, não faz sentido chamarmos festival a um evento numa sala...
É por isso que este ano irão surgir conceitos novos e diferentes que certamente vão singrar para o próximo ano. Vão conseguir tornar-se fortes este ano e crescer no próximo. Será um trabalho que todos vão claramente otimizar. 

Nas últimas semanas multiplicam-se as iniciativas online nas redes sociais. Existe alguma que queira destacar? 
Não acompanhei muitas. Fizeram-me sentido algumas como o Festival Liv(r)e que celebrou o 25 de abril com concertos e doações. Mas também não podemos chamar "festival" a algo que foi produzido em casa, que não tem técnicos de som, de luz, etc. Por isso é que considero que vão aparecer outros fenómenos não se chamando festival, e a componente online passa a ser fundamental num festival para conteúdos extra, conteúdos premium, para backstages. Penso que a partir de agora também aprendemos que o online é muito importante ser um "plus" que nos vai ligar a um festival, mas nada substitui a experiência ao vivo. 

 

DR

Numa fase pós COVID-19, que tipo de medidas pode ou deve um festival impor ao público? 
Vai haver um cuidado cada vez maior no planeamento. Por exemplo verificar a temperatura corporal das pessoas que entram num festival, estar atento a mais sinais perante situações de possível propagação de um vírus. A questão da segurança no seio dos próprios festivais será mais tida em conta e isso vai fazer com que existam mais custos associados ao festival, mas obviamente que serão para evitar uma situação negativa. Da mesma forma que os promotores se protegeram e adaptaram quando foi a questão do terrorismo. Houve mais interligações com as entidades de segurança e isso vai ser sempre necessário. Acho que haverá mais cuidados com o público, a questão da temperatura corporal, ter acrílicos de proteção, o espaçamento entre o próprio público, vão aparecer câmaras térmicas e várias soluções que podem ser aplicadas ou não pelo promotor. Importa é perceber quais serão obrigatórias e regulamentadas. 


As medidas de desconfinamento apresentadas pelo governo propõem que as salas de espetáculos reabram a 1 de junho com lugares marcados e lotação reduzida. Compensa aos promotores realizar espetáculos com estas condicionantes? 
Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados, portanto tudo tem de ser ajustado num cariz de exceção. Vai ter que se apostar menos nos audiovisuais e quem aluga salas terá de ter porventura menos receita e o promotor pensar que vai ter menos garantias de bilhética. É importante que haja uma concordância entre todos para ter o possível e ser melhor do que nada.
 

"Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados (...)"


A redução de lugares significa aumento no preço dos bilhetes?
Acho que os preços não podem aumentar e se pudessem teriam de ser mais baixos. Na perspetiva do público, não posso sentir a mesma adrenalina se não estou com o mesmo número de público ou até mesmo com uma pessoa ao meu lado. A somar a isso está o poder de compra que não será o mesmo de costume. Aumentar o preço dos bilhetes não é aceitável nesta fase. Mas também depende, pois há eventos que já têm um valor elevado nos bilhetes e esta poderá ser uma oportunidade para o público valorizar mais o artista que tem à frente. Por outro lado, possivelmente eventos que antes eram gratuitos podem agora ter 2 a 5 euros de entrada.

A APORFEST foi uma das entidades ouvidas pelo governo. Como correu esse encontro e quais as principais ideias retiradas?
O encontro foi positivo e notou-se uma clara perceção por parte de todos os grupos parlamentares daquilo que são as especificidades do setor. Acreditamos que o projeto-lei pode ser melhorado e a partir daqui serem trabalhadas mais-valias para o sector como a criação de um fundo de garantia para todos, com o intuito que alguma situação análoga no futuro tenha menos incidência no sector.

O que gostaria de acrescentar?
Estão a ser meses penosos e com mais trabalho do que pensaríamos, mas sentimos que as pessoas querem estar juntas no Talkfest em outubro. Nestes últimos meses não temos trabalhado tanto na ótica do associado, mas sim para uma área que queremos que não feche, que gostamos e que muitas das vezes levamos com muito amor à camisola. Neste momento não há tanto a questão do associado. É trabalhar em conjunto para depois podermos estar cá e diferenciar-nos por isso.
 
Publicado em Entrevistas
Designa-se por APORFEST - Associação Portuguesa Festivais Música e pretende representar esta área em Portugal. Os objetivos desta associação passam por partilhar conteúdos importantes para melhorar o conhecimento; promover e apoiar investigação na área dos festivais; fazer pontes entre o mercado nacional e internacional através de outros organismos e associações; dar acesso a eventos exclusivos e especializados, entre outros.
 
No seu lançamento, a associação informou que consegue já ter um conjunto de serviços, soluções e eventos próprios e outros em parceria, assim como benefícios e vantagens exclusivas, para as diferentes modalidades de associados: Estudante/Público em geral; Profissional; Empresa/ Festival. O site está disponível em aporfest.pt e em breve será constituído um comité para cobrir as diferentes funções e áreas cognitivas.
 
A APORFEST é uma organização sem fins lucrativos formada maioritariamente por uma equipa que colabora com o Talkfest.  
 
Fonte: Eventpoint.
 
Publicado em Festivais
A proposta de lei do Governo que proíbe a realização de festivais de música e espetáculos análogos até 30 de setembro, devido à pandemia de COVID-19, foi aprovada na passada quinta-feira no parlamento português. 
 
No parlamento, a proposta teve votos a favor do OS e do PAN, voto contra da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e a abstenção dos restantes partidos políticos. 
 
No entanto, poderão existir algumas exceções como é o caso de eventos que decorram em recinto coberto ou ao ar livre com lugar marcado e com a lotação definida pela Direção-Geral de Saúde (DGS), em função das regras de distanciamento físico. 
 
Segundo a ministra da cultura, Graça Fonseca, "na perspetiva do governo é muito importante que seja possível realizar-se alguma programação cultural no território durante o verão porque será um verão atípico", em menor escala e em menor dimensão, "para que as pessoas sintam confiança num regresso à normalidade". 
 
Durante a tarde, muitos foram aqueles que referiram à existência de um "elefante na sala", a Festa do Avante, com a deputada do PCP, Ana Mesquita, a escusar-se a abordar essa questão. A deputada referiu que era necessário "falar do que está efetivamente em discussão". 
 
Fica aberta a possibilidade que seja aprovada a emissão de vales de igual valor ao preço dos bilhetes já pagos para eventos não realizados entre 28 de fevereiro e 30 de setembro deste ano, ficando válidos até 31 de dezembro do próximo ano. 
 
Os vales podem ser usados para comprar bilhetes para os reagendamentos dos espetáculos ou para outros eventos do mesmo produtor, enquanto que o reembolso do dinheiro só poderá ser pedido em 2022. 
 
Os projetos de lei apresentados pelo PAN, BE e Joacine Katar Moreira, com alterações à proposta de lei apresentada pelo governo e aprovada esta quinta-feira na generalidade, serão debatidos na especialidade em data posterior.
Publicado em Festivais
Pág. 6 de 21

Newsletter

Recebe novidades e conteúdos exclusivos no teu e-mail.