Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Foi em ambiente de festa e muita música, que terminou a 12.ª edição do NOS Alive. Durante três dias de lotação esgotada passaram pelos diversos palcos do festival, nomes como Pearl Jam, Arctic Monkeys, Branko, Future Islands, The Gift ou Franz Ferdinand.
 
Na conferência de imprensa que decorreu pouco depois da atuação de Jack White no sábado, dia 14, o presidente da autarquia, Isaltino Morais, no balanço final do evento, anunciou que foi assinado um protocolo com a Everything is New, que prolonga a presença do NOS Alive por mais cinco anos e falou também sobre as alterações que vão acontecer no Passeio Marítimo de Algés.
 
"Estes cinco anos vão permitir-nos tratar das infraestruturas físicas. É importante criar condições de mobilidade, de acessibilidade e segurança. Portanto, vão assistir a transformações na paisagem física, particularmente na ligação ao rio", explicou o autarca. A ideia é permitir uma "melhor estadia" aos visitantes do festival.
 
Em 2019, o festival regressa a Oeiras nos dias 11, 12 e 13 de julho. Ainda sem nomes no cartaz, os bilhetes já estão à venda nos locais habituais com a entrada diária a custar 65 euros, e o passe geral 149 euros. 
 
Recorde-se que este evento realizou-se pela primeira vez, em 2007, com a designação Oeiras Alive. Este ano e segundo dados da organização, pelo recinto passaram mais de 165 mil pessoas.
 
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terça, 26 junho 2018 23:01

RPMM Festival anuncia line-up completo

A primeira edição do RPMM Festival, que vai decorrer nos dias 28 e 29 de julho, no edifício da Alfândega do Porto e noutros locais como o Industria Club, Gare, Cais Novo e Palácio Ateneu, acaba de completar o seu cartaz.
 
Entre os artistas confirmados constam nomes como Jackmaster, Matt Tolfrey, Matthias Tanzmann, Margaret Dygas, Rui Vargas, Pixel 82, Sum M e Heartbreakerz.
 
No dia anterior ao evento, a organização convida os portadores dos passes VIP para uma pré-party, que vai decorrer na Quinta de Santo António com Michael Bosacki, Ollie Mundy e Twenty 2 numa festa na piscina.
 
Os bilhetes encontram-se à venda a no site oficial do festival e na Ticketline com preços entre os 45 e os 170 euros. O Portal 100% DJ é Media Partner Oficial do evento.
 
Confere abaixo o cartaz completo:
 
28 JULHO
Das 12h00-00H00
 
Main Stage 
Guy Gerber 
Âme (Dj set) 
Matt Trolfrey 
Matthew Dear (Live) 
Pixel 82 
Alfonsvs
Room 2 Meoko 
Barac 
Varhat 
Geddes 
Joseph Williams 
Cleymoore
 
VIP Stage 
Lundi Bleu 
Port du Soul
 
RPMM OFF PARTIES 
Das 00h00 – 06h00
 
INDUSTRIA CLUB por RPMM & Half Baked label (UK) 
Margaret Dygas 
Robin Ordell 
Vasco Valente
 
Gare Porto por RPMM & Ibiza Voice 
Darius Syrossian 
Mella Dee 
Jesse Calosso 
Yassine
 
Cais Novo por RPMM & YOU ARE WE (UK) 
Matthias Tanzmann 
Wildkatz 
Ashley Wild
 
Palacio Ateneu por RPMM & Antena 3 “10 years of N19” 
Rui Vargas 
Art Department 
Nittin
 
29 JULHO
Das 12h00-23H00
 
Main Stage 
Jackmaster B2B Jasper James 
Damian Lazarus & The Ancient Moons 
Francesca Lombardo 
Diana Oliveira 
Heartbreakerz 
SuM
Room 2 Meoko 
Ari Girão 
Luca Cazal 
D’julz
 
VIP Stage 
Lundi Bleu 
Port do Soul
 
RPMM OFF PARTIES 
Das 00h00 – 06h00
 
Cais Novo 
Sala RPMM & MusiK@ll 
Switchdance 
La Fleur b2b B. Traits 

Sala RPMM Closing Party 
Adam Curtain 
Alexis Raphael 
Death on the Balcony 
Hefe (live) 
Tone of Arc (Live) 
Kenny Glasgow 
Max Chapman 
Ricoshei 
Robbie Akbal 
Russ Yalop 
Smash TV 
Death on the balcony 
Miguel Puente 
Photonz 
Violet 
Sara Abdul
 
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O festival NEOPOP, que vai decorrer entre os dias 12 e 15 de agosto em Viana do Castelo anunciou novos nomes para a edição deste ano.
 
São eles Richie Hawtin, Nina Kraviz, Ricardo Villalobos, Dax J, DJ Nobu, Adiel, Dr. Rubinstein, Héctor Oaks, Paula Temple, Anastasia Kristense, ARTBAT e 9999999999 (live).
 
A edição deste ano comemora os 15 anos do festival com o mote “15 Years With You”, e já tinham sido anunciados os nomes de Honey Dijon, Loco Dice, Modeselektor (live), Paco Osuna, The Black Madonna, Cobblestone Jazz (live), FJAAK (live) e Hessle Audio.
 
Os passes de 4 dias estão à venda na Ticketline a um preço de 90 euros.
 
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O DJ e produtor israelita é a mais recente confirmação para o cartaz da edição deste ano do festival Dancefloor, que vai decorrer no estádio municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria nos dias 27 e 28 de julho.
 
Borgore regressa a Portugal para uma atuação única, onde não faltarão certamente o seus hits “Nympho”, “Decisions” ou “Ice Cream”. 
 
Blasterjaxx, Audioctricz, Noisecontrollers e KEVU são outros dos artistas confirmados no evento. Os bilhetes já se encontram à venda a partir de 10 euros.
 
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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quarta-feira que foram instaurados 35 processos em festivais de verão, destacando-se como principal infração a venda e/ou disponibilização de bebidas alcoólicas a menores.
 
Através da Unidade Regional do Sul, a ASAE realizou diversas operações de fiscalização, no âmbito dos Festivais de Verão realizados durante o mês de julho e primeira semana de agosto.
 
Entre o público abrangido, destaca-se o NOS ALIVE 2016, no Passeio Marítimo de Algés, o Super Rock Super Bock (SBSR) no Meo Arena em Lisboa, o Festival Músicas do Mundo, em Sines e o MEO Sudoeste na Zambujeira do Mar.
 
Segundo a ASAE, no NOS ALIVE 2016 foram fiscalizados 86 operadores económicos, tendo sido instaurados 6 processos de contraordenação por venda e/ou disponibilização de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos e 2 processos de contraordenação por incumprimento dos requisitos de higiene e falta de afixação de preços.
 
"No âmbito da fiscalização da lei do álcool foram identificados 7 menores com idades compreendidas entre os 15 e 17 anos", adianta a ASAE.
 
No festival MEO Sudoeste, foram fiscalizados 54 operadores económicos e foram instaurados 16 processos: 15 de contraordenação por venda ou disponibilização de bebidas alcoólicas a menores e falta de afixação de aviso obrigatório e ainda 1 processo-crime com detenção de indivíduo por usurpação.
 
Foram identificados 20 menores por consumo de bebidas alcoólicas com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos.
 
No Festival Músicas do Mundo, foram fiscalizados 30 operadores económicos e foram instaurados 3 processos: 2 processos de contraordenação por falta de aviso de álcool e 1 processo de contraordenação por venda de álcool a menores e foram identificados 2 menores por consumo de bebidas alcoólicas.
 
No Super Rock Super Bock instauram-se 8 processos, sendo 5 deles por contraordenação por disponibilização de bebidas alcoólicas a menores com identificação de 7 menores com idades entre 16 e 17 anos e 1 processo-crime por utilização de identificação alheia, por menor com 16 anos, para acesso a bebida alcoólica.
 
De acordo com a ASAE, foi ainda instaurado neste festival 1 processo de contraordenação por incumprimento do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos) e 1 processo de contraordenação por falta de afixação na bilheteira da classificação etária de acesso ao evento (6 anos) e acesso de menor de três anos aos espetáculos (identificada criança de 2 anos) e foram fiscalizados 28 operadores económicos.
 
Fonte: Sic Notícias.
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Nos últimos meses a pandemia de COVID-19 tem condicionado o nosso dia-a-dia. Nada é feito como antes. Há regras para tudo e o afastamento social é prioritário. Não foi preciso muito para o sector dos eventos parar. Fechou literalmente portas e tirou o sustento de milhares de profissionais, quer sejam eles artistas, promotores, empresas de audiovisuais e multimédia. Até 30 de setembro a realização dos festivais de música está também suspensa, à espera de melhores dias. Adivinha-se uma recuperação demorada e alguns festivais poderão deixar de existir, uma vez que este ano não existe qualquer fonte de receita. De forma a entendermos tudo o que se está a passar neste “ecossistema” que sobrevive da proximidade e interação de todos, falámos com Ricardo Bramão, diretor da APORFEST, a Associação Portuguesa de Festivais de Música. Falou-nos das suas preocupações, dos eventos que já foi obrigado a cancelar e da reunião que teve com o governo.
 
Também na Aporfest tiveram de adiar o Talkfest e os Iberian Festival Awards. Que fatores tiveram em conta nesta decisão? 
Tivemos que adiar os eventos precisamente na semana em que tudo se despoletou. Era algo que já estávamos a preparar, mas tínhamos um plano B, pois o evento ia realizar-se num local de maior dimensão, na FIL. Portanto, se não fosse possível realizar num local que tivesse tanta gente, tínhamos de ter um plano B. Direcionamos o evento para outro local, mantendo todas as datas previstas, só que depois algumas entidades internacionais já não poderiam vir, muito público estrangeiro também, o próprio staff começava a ficar preocupado. Todas estas situações ditaram o adiamento do evento. Tínhamos o evento todo estruturado e os prémios à espera de serem entregues. O nosso intuito até há bem pouco tempo era realizar uma edição totalmente igual daquela que estava prevista, mas obviamente que vamos ter de alterar algumas coisas perante a atualidade. O mundo dos eventos mudou e nesta situação todos vão planear e realizar as suas coisas de forma diferente, portanto o Talkfest também tem de se alterar e adaptar. 

Na sua próxima edição, em Outubro, que alterações podem vir a sofrer o Talkfest e os Iberian Festival Awards?
Tudo aquilo que temos vai sempre adaptando-se. No Talkfest vamos discutir a atualidade e inserir novas temáticas. Até aqui sempre privilegiámos muito a parte física e a presença das pessoas, mas o Talkfest altera-se perante a atualidade e aquilo que faz mais sentido de um ano para o outro. É uma questão de adaptação e nós também temos de nos adaptar, a situação assim o exige. A gala, essa sim, possivelmente para o ano não se vai realizar, pois este ano também não há festivais, ou se se celebrar, será de uma forma totalmente diferente porque os festivais que vão existir, serão também eles diferentes. É algo que ainda estamos a pensar. Vai ser um ano de exceção.
 

Quais são as maiores preocupações dos promotores dos festivais?
Esta situação está a fazer com que todos os promotores estejam expectantes sobre aquilo que é possível fazer. Todos têm vontade de fazer algo perante as condições sanitárias que serão impostas.
Nesta área os artistas também não estão a atuar. Inicialmente a questão do online funcionou, mas hoje os artistas já perceberam que esse formato não pode ser eternamente gratuito, se não estamos a gerar no público um hábito que depois não conseguimos voltar para trás. A mesma coisa que se os festivais ou outros eventos fossem gratuitos, depois não conseguimos que que o público pague e valorize um bilhete. Portanto, têm de ser criadas novas formas de rentabilidade do artista, do promotor, dos media, que permitam todo este ecossistema sobreviver e se adaptar. Infelizmente esta situação aconteceu, como aconteceu a crise de 2008. Foi após essa crise que se deu o grande boom dos festivais. Já passámos quase duas crises e há outras gerações que não passam nenhuma, mas quem conseguir superar esta, vai ter muito mais defesas e muito mais forma de conseguir ser bem-sucedido no futuro. O que se fez de início a nível da cultura ou daquilo que foi anunciado, relativamente às linhas de financiamento que iam apoiar os artistas, isso pouco ou nada se viu. Na verdade ou ainda não surgiu ou aquilo que aconteceu, não foi como foi dito. Posso dizer que vou apoiar os artistas, mas se nada acontecer, se nada for feito, essas palavras caem em saco roto. Existe muito esse sentimento. Há muitas questões a nível dos eventos que temos vindo a lutar, nomeadamente para os festivais e promotores terem mais benefícios quando retomarem as suas ações, por exemplo no pagamento de direitos de autor, direitos conexos, etc. São essas questões que queremos que sejam analisadas. Todos querem começar a arregaçar as mangas, mas uma linha de crédito significa isso mesmo: um crédito, um novo endividamento para quem já está endividado. Portanto, será muito difícil, apesar de perceber que não pode ser sempre uma linha de financiamento a fundo perdido. Nós por exemplo perdemos algumas questões de viagens, alojamentos e outras despesas que não conseguem ser recuperadas, porque mesmo que o nosso evento ocorra em outubro, temos de montar novamente uma máquina. São custos que não conseguem ser retirados, ou seja, se me derem apoios, se eu ver mais-valias nalguma questão, consigo mitigar alguns custos que vou ter de uma edição que não tem a sua rentabilidade como as outras. Há de facto muita discussão nisto, falamos de uma área em que as empresas quase só têm um colaborador ou sócio-gerente e portanto também não podem ser colocadas em layoff como outras empresas que têm 100, 200, 500 colaboradores. Há muito esta questão e esta área que vive muito da presença física. Isto serviu para esta área estar mais coletiva do que nunca, para estar junta, mas acho que há aqui um grande caminho a percorrer, não só por parte dos próprios profissionais como pelo governo. Verificamos que esta questão também ao ser dos artistas e dos promotores era uma área que se calhar não estava tão profissionalizada como deveria estar e era altura de pensarmos nisso já, e não como foi até aqui. Se estivéssemos preparados há uns anos não estaríamos nesta situação.
 

"Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos (...)"


É um facto que esta foi a primeira área a parar...
Os eventos foram claramente os primeiros a parar, porque foi o primeiro receio. Certo é, e disso não há dúvidas - vai ser a última a ser relançada como deve ser. Porque uma coisa é nós sermos profissionais e querermos produzir os nossos eventos, outra coisa é irmos enquanto público. Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos ou não que se fazia antes e que distinguia esta área, e isso sim, acho que vai demorar muito e não serão meses, mas talvez anos, até voltarmos a poder ter esses comportamentos. 

Que tipo de apoio estão os promotores a pedir? 
Já tivemos vários pedidos, nomeadamente informativos, jurídicos e algumas questões sociais, ou seja, de situações de alguma carência a nível pessoal e profissional em que o nosso fundo social pôde ser despoletado para suprimir uma parte dessas questões. 

Quantos festivais já foram cancelados e/ou adiados? 
Até ao momento 46 festivais foram cancelados e 14 adiados.

Considera que há festivais em risco de não se realizarem no próximo ano?
Não se realizarem no próximo ano e não se realizarem nunca mais. Por vezes quando falamos de certos pequenos festivais em que estão no limite, é muito difícil retomar a seguir, tendo aqui um ano de paragem, não só porque muitos desses festivais vivem com pouca receita, mas também muito pelo amor à camisola. Vimos portanto que há alguns festivais que vão ter muita dificuldade e poderão não acontecer. Sei até de alguns casos que muito dificilmente vão retomar, porque antes de acontecer esta situação, já tinham uma situação difícil.
 
Como está a questão da venda de bilhetes? Houve quebra de bilhetes vendidos desde que se registou um maior número de casos em Portugal?
Houve de facto uma grande quebra nos bilhetes. Por exemplo na See Tickets - com quem trabalho - não se vende bilhetes desde há dois meses. Aquilo que devia ser uma ótima altura de venda para eventos como o Rock in Rio, o Alive e outros festivais, hoje, simplesmente não existe. Porque o público também não sabe o que vai acontecer. Não é, não gostar ou gostar de um determinado evento. É não saber se se pode ir ou não da mesma forma. Porque pode-se gostar muito de um festival mas se soubermos que a experiência que vai ser oferecida vai ser diferente, possivelmente pode perder-se o interesse em estar presente nesse festival. 

Relativamente ao reembolso dos bilhetes, a APORFEST concorda com aquilo que foi aprovado em Assembleia da República?
Concordamos com a maioria do projeto-lei apresentado tendo aproveitado este momento para propor algumas melhorias e criar uma base de sustentabilidade futura ao setor e todos os seus profissionais. Sabemos que as operações dos festivais correm um grande risco e que é necessário algum dinheiro, se não, não conseguem realizar-se. Mas há exceções. Por exemplo o Primavera Sound de Espanha não esperou pela questão governamental para poder devolver o dinheiro e deu um sinal ao seu público. Assumiu o risco e quis dar já o reembolso de forma a não matar já o evento no futuro. 
 

Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um 'replicar' tudo para o próximo ano.

 
Vai ser difícil manter os já anunciados cartazes para o próximo ano?
Acho que não vai ser tão difícil, porque o sector claramente parou. Para todas as entidades foi quase como um ano que não existisse. Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um "replicar" tudo para o próximo ano.

Os festivais mais mediáticos deixaram em aberto uma decisão final até ser aprovado o decreto-lei. Ou seja, davam a entender nos seus comunicados que os eventos não estavam totalmente cancelados quando já se sabia qual o desfecho...
Foi para no fundo poderem tirar uma decisão com base em fundamento governamental, que é a maior entidade responsável por todos nós. Apesar de se adivinhar a decisão, é agora uma informação que passa a estar vinculada e baseada numa entidade governamental que torna mais forte e credível a decisão. 

Todos os festivais de verão estão cancelados?
Não sei se serão todos, mas quanto maior for o festival, maior é a probabilidade dele não acontecer este ano. Aquilo que está a ser feito por grande parte de todos os promotores, é encontrarem soluções que possam ser paralelas aos festivais, como showcases e outras ações que surgirão este ano. Os festivais como os conhecemos não irão existir, mas vão haver ações que os possam substituir, perante as recomendações da DGS, em salas, com lugares marcados, etc.

No entanto, não faz sentido chamarmos festival a um evento numa sala...
É por isso que este ano irão surgir conceitos novos e diferentes que certamente vão singrar para o próximo ano. Vão conseguir tornar-se fortes este ano e crescer no próximo. Será um trabalho que todos vão claramente otimizar. 

Nas últimas semanas multiplicam-se as iniciativas online nas redes sociais. Existe alguma que queira destacar? 
Não acompanhei muitas. Fizeram-me sentido algumas como o Festival Liv(r)e que celebrou o 25 de abril com concertos e doações. Mas também não podemos chamar "festival" a algo que foi produzido em casa, que não tem técnicos de som, de luz, etc. Por isso é que considero que vão aparecer outros fenómenos não se chamando festival, e a componente online passa a ser fundamental num festival para conteúdos extra, conteúdos premium, para backstages. Penso que a partir de agora também aprendemos que o online é muito importante ser um "plus" que nos vai ligar a um festival, mas nada substitui a experiência ao vivo. 

 

DR

Numa fase pós COVID-19, que tipo de medidas pode ou deve um festival impor ao público? 
Vai haver um cuidado cada vez maior no planeamento. Por exemplo verificar a temperatura corporal das pessoas que entram num festival, estar atento a mais sinais perante situações de possível propagação de um vírus. A questão da segurança no seio dos próprios festivais será mais tida em conta e isso vai fazer com que existam mais custos associados ao festival, mas obviamente que serão para evitar uma situação negativa. Da mesma forma que os promotores se protegeram e adaptaram quando foi a questão do terrorismo. Houve mais interligações com as entidades de segurança e isso vai ser sempre necessário. Acho que haverá mais cuidados com o público, a questão da temperatura corporal, ter acrílicos de proteção, o espaçamento entre o próprio público, vão aparecer câmaras térmicas e várias soluções que podem ser aplicadas ou não pelo promotor. Importa é perceber quais serão obrigatórias e regulamentadas. 


As medidas de desconfinamento apresentadas pelo governo propõem que as salas de espetáculos reabram a 1 de junho com lugares marcados e lotação reduzida. Compensa aos promotores realizar espetáculos com estas condicionantes? 
Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados, portanto tudo tem de ser ajustado num cariz de exceção. Vai ter que se apostar menos nos audiovisuais e quem aluga salas terá de ter porventura menos receita e o promotor pensar que vai ter menos garantias de bilhética. É importante que haja uma concordância entre todos para ter o possível e ser melhor do que nada.
 

"Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados (...)"


A redução de lugares significa aumento no preço dos bilhetes?
Acho que os preços não podem aumentar e se pudessem teriam de ser mais baixos. Na perspetiva do público, não posso sentir a mesma adrenalina se não estou com o mesmo número de público ou até mesmo com uma pessoa ao meu lado. A somar a isso está o poder de compra que não será o mesmo de costume. Aumentar o preço dos bilhetes não é aceitável nesta fase. Mas também depende, pois há eventos que já têm um valor elevado nos bilhetes e esta poderá ser uma oportunidade para o público valorizar mais o artista que tem à frente. Por outro lado, possivelmente eventos que antes eram gratuitos podem agora ter 2 a 5 euros de entrada.

A APORFEST foi uma das entidades ouvidas pelo governo. Como correu esse encontro e quais as principais ideias retiradas?
O encontro foi positivo e notou-se uma clara perceção por parte de todos os grupos parlamentares daquilo que são as especificidades do setor. Acreditamos que o projeto-lei pode ser melhorado e a partir daqui serem trabalhadas mais-valias para o sector como a criação de um fundo de garantia para todos, com o intuito que alguma situação análoga no futuro tenha menos incidência no sector.

O que gostaria de acrescentar?
Estão a ser meses penosos e com mais trabalho do que pensaríamos, mas sentimos que as pessoas querem estar juntas no Talkfest em outubro. Nestes últimos meses não temos trabalhado tanto na ótica do associado, mas sim para uma área que queremos que não feche, que gostamos e que muitas das vezes levamos com muito amor à camisola. Neste momento não há tanto a questão do associado. É trabalhar em conjunto para depois podermos estar cá e diferenciar-nos por isso.
 
Publicado em Entrevistas
segunda, 02 março 2020 21:53

Alok e Morten confirmados para o RFM Somnii

O RFM Somnii – O Maior Sunset de Sempre, que vai decorrer entre os dias 10 e 12 de julho na Praia do Relógio, na Figueira da Foz, confirmou a presença de Alok e Morten na edição deste ano do festival.
 
Os artistas juntam-se assim aos já anunciados Alan Walker, DVBBS, Tropkillaz, Madragora, Vini Vici, Dimitri Vegas & Like Mike e Miss K8.
 
Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais com preços entre os 47,49 e os 99,99 euros.
 
Publicado em Festivais
O festival norte-americano de hip-hop Rolling Loud, vai estrear-se na Europa este ano. Depois de várias edições de sucesso nos Estados Unidos da América e em Hong Kong, terá lugar este ano nos dias 8, 9 e 10 de julho, na Praia da Rocha, em Portimão. 

O festival que se realiza desde 2015 na Florida vai levar ao barlavento algarvio nomes como A$AP Rocky, Young Thug, Lil Uzi, Chief Keef, Gucci Mane, Lil Baby, Meek Mill e Pop Smoke, entre mais de meia centena de nomes. Na listagem dos artistas portugueses fazem parte Piruka, Lon3r Johny, Sippinpurpp, Yuzi e Minguito.

Os bilhetes estão a ser vendidos de forma faseada no site Festicket com preços que oscilam entre os 226,96 euros pelo bilhete regular e os 240,17 euros o passe geral. Os passes VIP mais económicos, onde se inclui entrada prioritária e bar privado custam 299 euros. A estes valores são acrescentados 27,24 euros de "taxa de reserva". Estão também disponíveis pacotes que incluem alojamento com opções que variam de 473 até 913 euros por pessoa. De salientar que a entrada é limitada a maiores de 18 anos.

Nos Estados Unidos, este evento tem sido produzido pela Live Nation. Em Portugal, terá assinatura da Event Horizon Entertainment, sediada no Reino Unido, auxiliada pela portuguesa MOT, responsável pelo RFM Somnii e também ligada ao Afro Nation, festival que teve a sua primeira edição em 2019 e que este ano decorre em Portimão uma semana depois.
Publicado em Festivais
A edição deste ano do RFM Somnii, que anunciou recentemente várias novidades, vai contar ainda com a presença de Afrojack, Netsky e a estreia a nível nacional de Radical Redemption.
 
O maior sunset de sempre vai decorrer entre os dias 5, 6 e 7 de julho em vários pontos da cidade da Figueira da Foz e o rapper Tyga é um dos cabeças de cartaz do evento.
 
Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais com preços entre os 25 e os 271 euros.
 
 
Publicado em Festivais
Uma nova plataforma digital foi lançada recentemente pela Caixa Geral de Depósitos, a pensar na época dos festivais de verão. Esta iniciativa tem como público alvo os festivaleiros que querem guardar as suas melhores recordações destes eventos de música.
 
Todas as fotografias e vídeos partilhados no Instagram ou através do sistema RFID nas ativações da marca com a hashtag #EstamosCá, serão incluídos numa timeline individual. Serão distribuídos autocolantes RFID nos festivais, que devem ser conservados de evento para evento, para ajudar no processo de partilha na timeline.
 
A iniciativa “A Caixa nos Festivais” já arrancou com o NOS Primave Sound, no Porto, habilitando ainda a todos os participantes a ganhar vários prémios.
Publicado em Nightlife
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