Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Tiago Barros, conhecido no meio por Djeff Afrozila, nasceu num verdadeiro cruzamento de culturas, na grande Lisboa, mas é em Angola que vive. Desde os seus 15 anos tem como inspiração maior o produtor que é referência global na arte da mistura Erick Morillo. Entrega-se de corpo e alma na cabine e acrescenta aos seus sets vários ritmos quentes e africanos, que têm abalado as pistas de dança nacionais e internacionais. Em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, considera que o mais importante para si, é fazer com que todas as pessoas saiam da festa a sorrir, desafio que tem sido conseguido com distinção. Fala também da sua carreira, da atual música eletrónica e do seu futuro profissional, que certamente irá dar muito que falar. Eis Djeff Afrozila na primeira pessoa.

 

Como defines os DJ sets que tens reproduzido por onde tens passado?
Os meus sets são cheios de alegria, boa energia e uma boas vibes. Tento sempre fazer uma viagem agradável para que as pessoas consigam divertir-se e dançar muito. O que é realmente importante para mim é fazer com que todos saiam da festa a sorrir.
 
O que achas do panorama atual português em relação à música eletrónica?
O panorama português relativamente à música eletrónica cresceu e evoluiu muito nos últimos anos. Hoje em dia existem públicos e festas para os vários tipos de eletrónica. Sinto também que está em fase de mudança e a nova geração que ouve música eletrónica começa a preocupar-se mais com a qualidade musical, o que é muito importante para crescer com saúde. 
 

Muitas pessoas estão fartas de ouvir sempre o mesmo e então começam a procurar novas tendências (…)

 
Tens atuado com mais frequência em Portugal. Achas que esse facto está relacionando com o teu estilo de música?
Realmente tenho atuado bastante em Portugal e sinto que a minha música começa a ser cada vez mais reconhecida e bem aceite por onde passo. Muitas pessoas estão fartas de ouvir sempre o mesmo e então começam a procurar novas tendências e música agradável tanto de se ouvir como de dançar. Acho que esse é o motivo pelo qual tenho tocado cada vez mais em Portugal.
 
Deixas uma marca por onde tens passado. Transmites uma alegria contagiante com os teus DJ sets. Tens algum segredo?
Não existe nenhum segredo. Simplesmente faço o meu trabalho, o melhor que sei e, por sinal, é o que mais gosto de fazer na vida. 
 
Qual foi o sítio que te marcou mais em Portugal?
Tenho várias e boas lembranças de muitos sítios, mas acho que as primeiras vezes que vim tocar a Portugal, depois de estar a viver em Angola, ao RS Dreams na margem Sul marcaram o início de algo.
 
Existe algum evento em particular que se destacou mais até hoje?
As noites no clube Pedra do Couto, têm sido de se tirar o chapéu. Sempre que lá vou tocar é so alegria até às tantas! 
 
Tens novas producões que nos possas desvendar?
Tenho vários temas novos já prontos, mas acho que a que vai dar que falar será uma colaboração que fiz com os Homeboyz de Angola denominada “Reborn”. Vai sair pela minha editora “Kazukuta Records”!
 
 
Achas que o estilo afro house e soulful veio para ficar?
O afro house e o soulful sempre cá estiveram. A única diferença é que, neste momento, as pessoas já começam a ouvir música de uma outra forma. O estilo soulful sempre foi mais apreciado por um público mais “reduzido” e amantes de boa música, mas este público tem vindo a crescer a passos largos a cada dia que passa. O afro house, hoje em dia, tem mais produtores a fazer música e DJs a tocar, logo é normal que comece a tornar-se mais comercial. Mas sem dúvida que o bom afro house ficará por muitos anos.
 
Que planos tens para o verão que se aproxima?
O Algarve este ano vai estar em chamas de novo e talvez haja mais novidades no que toca a festivais...
 
Que conselhos deixas para a nova geração de DJs?
Acho que é importante criar bases e alargar o conhecimento sobre o verdadeiro house music, o que foi feito no início. Para além de saber a história, os que nos inspiram e todo o seu enredo, ouvir muita música antiga dentro das várias sonoridades da eletrónica. Ter os pés bem assentes na terra e trabalhar muito, sendo sempre genuínos. Sonhar faz bem, mas é necessário ter noção das coisas e da vida. Existem muitos softwares que ajudam, logo é importante saber tocar como se tocava no início. Hoje em dia, ser apenas DJ já não é suficiente, é necessário fazer música e mostrar a nossa visão, para que as pessoas entendam o que nós tocamos. Depois é fazerem-se à longa estrada que vos espera, porque só vai conseguir fazer carreira quem realmente fizer as coisas por amor.  
Publicado em Entrevistas
Será no próximo sábado, 22 de novembro, a partir das 21 horas, que o Meo Arena volta a receber uma noite épica de música eletrónica com o selo da emissora de rádio Mega Hits. Martin Garrix, Dvbbs, Blasterjaxx, Jay Hardway e o português Kura serão os "maestros" que vão levar a maior arena do país ao rubro, durante cerca de seis horas.
 
Com a realização do "Mega Hits Kings Fest", e depois do espetáculo "I Am Hardwell" em dezembro do ano passado, com lotação esgotada, Lisboa continua a ser uma das capitais europeias de eleição para a atuação dos mais jovens e talentosos DJs/produtores internacionais.
 
Os ingressos podem ser adquiridos nos locais habituais, pelo preço de 65 euros (Bilhete VIP) onde o mesmo dá direito a assistir ao espetáculo a partir de uma bancada de acesso reservado, com visibilidade privilegiada para o palco e oferta de duas bebidas. Já o bilhete da plateia “Golden Circle” tem o custo de 59 euros e garante igualmente a entrada por um acesso exclusivo e a possibilidade de assistir ao espetáculo junto ao palco, numa zona com lotação limitada. Quem quiser optar pelo primeiro balcão, o preço é de 41 euros e toda a zona atrás do "círculo dourado", na plateia, tem o preço de 45 euros.
 
A poucos dias de Portugal receber o "Mega Hits Kings Fest", o Portal 100% DJ foi ao encontro de Nelson Cunha, diretor da Mega Hits, marca que dá nome a este evento que promete marcar a diferença e proporcionar uma noite única a todos os fãs de música eletrónica.
 
As expectativas, os pedidos extravagantes, o porquê de ser só um DJ português a figurar no cartaz, e os pormenores da produção que vai fazer tremer o Meo Arena, são alguns dos temas abordados nesta entrevista exclusiva de antevisão ao evento.
 
Quais são as expectativas para o evento Mega Hits Kings Fest?
O alinhamento do cartaz diz tudo. Estamos confiantes de que teremos uma noite que ficará novamente para a história da música eletrónica em Portugal e fico ainda mais satisfeito por ser a Mega Hits a "carimbar" novamente a sua marca num território que temos vindo a construir de forma consolidada, promovendo eventos para o nosso target que marcam pela diferença e qualidade. 
 
Quantas pessoas são esperadas?
As suficientes para termos uma noite mágica à semelhança do que temos produzido nos últimos anos no Meo Arena com a nossa produtora de eventos - Genius y Meios. Basta recordar a "One Last Tour" dos Swedish House Mafia, "I Am Hardwell" o ano passado, e este ano apresentamos um evento em nome próprio - Mega Hits Kings Fest - com DJ’s/produtores de uma nova geração incrível e super talentosa. 
 
Existe grande procura de ingressos por parte de pessoas de outros países?
Sim. Todos sabemos que Lisboa recebe ano após ano cada vez mais turistas. Procurámos também com a realização deste evento contribuir para o reforço do posicionamento de Lisboa como uma capital mais urbana, jovem e moderna, proporcionando aos turistas uma proposta de espetáculo que felizmente não acontece só nas Arenas de Amesterdão, Londres ou Milão. Estamos a colocar Lisboa cada vez mais na rota favorita dos top DJ’s mundiais.
 
Porquê só um DJ português?
Porque só tínhamos seis horas de scheduling para o line-up de artistas. E achámos que o Kura este ano seria uma aposta vencedora tendo em conta a qualidade do trabalho produzido em estúdio, atuações e a popularidade alcançada junto do target. De resto, enche-nos de orgulho ter o #42 do Top 100 da DJ Mag no line-up do Mega Hits Kings Fest. 

Estamos a colocar Lisboa cada vez mais na rota favorita dos top DJ’s mundiais.

 
Há artistas a fazer pedidos extravagantes? 
Por acaso não. Também eu fiquei admirado. Martin Garrix por exemplo pede imensas toalhas, algo normal tendo em conta a máquina de desidratação do #4 do Top 100 da DJ Mag. Os Dvbbs pedem o mítico barco insuflável. Nenhum pedido demasiado extravagante - querem é fazer a festa com o público. O Martin Garrix está muito motivado pois é a primeira vez em Lisboa e numa entrevista recente à Mega Hits confessou estar a preparar várias surpresas especificas para esta noite. Estamos muito ansiosos.
 
De que forma é importante uma rádio como a Mega Hits produzir um evento deste género?
Primeiro temos uma responsabilidade enorme. O ano passado com o "I Am Hardwell" arriscámos tudo quando anunciámos a vinda de Hardwell e estávamos muito longe de saber que seria o DJ #1 do mundo. Após essa noite percebemos que deixámos a fasquia muito elevada para a preparação do "Mega Hits Kings Fest" de 2014. Fizemos um longo trabalho de prospeção de mercado, encontrar os artistas certos, a combinação ideal alinhada com as disponibilidades de agenda não foi fácil. E não se trata da produção de um evento qualquer numa sala mediana, ou ambiente igual a tantos outros. Teria de ser diferente. Nesse sentido cumprimos o nosso objetivo, construir um alinhamento que fizesse o "fit" com a linha editorial da Mega Hits e o target da estação.
 
 
A Mega Hits vai continuar a apostar na música eletrónica?
É muito provável que sim, mas todos sabemos a facilidade com que os jovens mudam de gostos e hábitos. Estaremos atentos e com novidades a apresentar brevemente.
 
Que mensagem gostaria de deixar ao público?
Quem ainda não comprou bilhete, despache-se. Quem já comprou, acredito que vai viver uma das melhores experiências das suas vidas. Estão a chegar a Lisboa oito camiões de 20 metros de comprimento com equipamento que irá tornar este espetáculo fabuloso. Efeitos especiais, lasers, CO2, pirotecnia em tudo superior aos espetáculos "I Am Hardwell" ou "One Last Tour" dos Swedish House Mafia, mais de 170.000W de som, 200m2 de ecrãs vídeo, um cenário audiovisual nunca antes visto no Meo Arena. Mais de 200 pessoas estão envolvidas na produção do evento. Portanto demasiados motivos para ir e ir. Vão guardar recordações magníficas desta noite, o ambiente no Meo Arena será mágico. Sugeria que fossem cedo de forma a não perderem um único BPM da viagem que tem início marcado para as 21 horas. Na Mega Hits estamos todos muito excitados com a produção deste evento e vamos experienciá-lo de forma muito especial ao lado dos nossos ouvintes e fãs de EDM.
Publicado em Nightlife
São uma das duplas mais reconhecidas em Portugal e com mais ligações ao nosso país. ‘Nuestros hermanos’ Chus & Ceballos estão de volta a território nacional para duas atuações únicas, onde irão apresentar o seu mais recente álbum de originais “Nomadas”. O Portal 100% DJ esteve à conversa com Chus e Pablo Ceballos numa entrevista exclusiva, onde foram abordados vários assuntos de interesse como o nosso país, a sua editora Stereo Productions, o Iberican Sound e o presente e futuro da música eletrónica internacional.
 
 
O que podemos esperar das vossas próximas atuações em Portugal?
É com muito prazer que regressamos às pistas de dança portuguesas. Sempre tivemos grande sucesso no nosso país “hermano” pela proximidade do nosso som e as nossas raízes ibéricas. Desta vez estamos em digressão com o nosso álbum “Nomadas”, que mistura o caraterístico groove do Iberican Sound com melodias e sonoridades mais Deep. O reflexo na pista é uma explosão de ritmo para não parar de dançar. Uma viagem percorrida através do House e do Techno com a particular presença dos nossos bem conhecidos ‘Drums’. 
 
A noite portuguesa ficou fortemente marcada pela influência da Stereo Productions e do chamado Iberican Sound há alguns anos atrás. Que recordações guardam dessa época?
Foi realmente uma época muito especial na nossa carreira. Grandes recordações guardamos na nossa cabeça e muitas grandes noites que partilhámos com o magnífico público português. Foi também uma época onde tivemos a oportunidade de conhecer grandes talentos da cena underground portuguesa que sempre apoiaram o nosso som, tal como o DJ Vibe, Rui da Silva, Carlos Manaça, entre outros. Ficamos muito contentes ao comprovar que Portugal está a voltar às suas raízes musicais.
 
Preferem atuar enquanto dupla ou a solo? Porquê?
Nos primeiros anos da nossa carreira partilhávamos ambas facetas. Atuávamos tanto a duo como a solo, mas com os anos vimos que o impacto era maior enquanto dupla e fazia todo o sentido que os nossos fãs desfrutassem na cabine as grandes malhas que produzíamos em estúdio. 
 
Falem-nos um pouco sobre o vosso mais recente álbum “Nomadas”.
“Nomadas” é o resultado de muitos anos de experiência, de maturação do nosso som e, portanto, de evolução também. Um ano antes de terminar o álbum tivemos a magnífica oportunidade de atuar no festival Burning Man, que se realiza no deserto de Black Rock no estado de Nevada nos Estados Unidos da América. Foi uma experiência que nos mudou completamente, 'life-changing experience' mesmo. Proporcionou-nos o foco ideal para concretizar um projeto de álbum de originais que estava na nossa 'bucket list’ há alguns anos. É sem dúvida um grande passo na nossa carreira e o princípio de uma nova etapa para Chus & Ceballos. 
 
Como prevêem o mundo da música eletrónica nos próximos 10 anos?
Se olharmos para atrás, nos últimos 10 anos muita coisa tem mudado positivamente. É difícil prever uma coisa assim mas a lógica indica que continuaremos a desfrutar de música electrónica por muitos mais anos. Como tudo, a evolução, a aparição de novas tecnologias e as novas tendências vão marcar o caminho a percorrer. A nossa intenção é sempre acompanhar os desenvolvimentos e manter a nossa identidade. É fundamental para qualquer artista. 
 

a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.

 
Contem-nos a importância de Portugal para a vossa carreira, nomeadamente as atuações de DJ Chus na discoteca Kadoc.
Chus: Fui residente da Kadoc durante a década de 90, uma era dourada para a dance music mundial. Foi uma grande escola para mim e uma ‘ponte’ para o mercado americano onde tantos êxitos temos colecionado. Portugal era considerado um paraíso da musica eletrónica e pela cabine da Kadoc passaram as melhores lendas do house e techno mundial. Quando cresces rodeado de tanta qualidade, o resultado não pode ser outro: mais qualidade e, daí o nosso Iberican Sound, fruto da influência de estilos que existiam naquela época em Espanha e Portugal. Tanto a Kadoc como Portugal, para mim, tornaram-se nos maiores pilares da minha carreira. 
 
Sabemos que têm uma grande amizade com o DJ e produtor português Carlos Manaça e juntos já viveram momentos inesquecíveis. Qual é a vossa opinião sobre a carreira de Manaça?
O Carlos é um grande profissional com muitos anos de experiência. Um verdadeiro mestre para nós e um exemplo de dedicação e de devoção pela música de dança em Portugal. Ficamos muito orgulhosos de ver que continua em grande e com o poder de mexer as melhores pistas de dança portuguesas. O seu carisma faz com que o público acompanhe sempre as festas onde ele atua, sempre sinónimo de qualidade. Desejamos muitos anos de vida para o senhor Carlos Manaça.
 
Que país tem o maior volume de compras de músicas e produções da Stereo Productions?
Sempre tivemos um apoio sólido e forte no mercado Ibérico. Tanto Espanha como Portugal têm sido a grande base da Stereo ao longo dos anos e com a nossa expansão para o mercado americano, como o Canadá e Estados Unidos da América, tem crescido exponencialmente, tornando-se num dos nossos principais seguidores. Por proximidade cultural, todos os países latinos com grande presença em comunidades na América do norte, as compras têm crescido também nos últimos anos em países como México, Venezuela, Colômbia, Argentina, entre outros.   
 
Ultimamente a Stereo Productions tem aceite novos talentos?
A nossa política foi sempre essa: apoiar e descobrir novos talentos, artistas com uma filosofia semelhante à nossa, com ligações culturais, com paixão pela música de qualidade. Foram muitos os artistas que já passaram pela nossa editora. Neste momento, estamos focados num novo talento espanhol, natural de Sevilha e chamado Rafa Barrios, que tem desenvolvido um excelente trabalho, tanto de produção como de DJ, com presença ativa nos melhores eventos e festivais de Espanha e recentemente dos Estados Unidos da América. São muito poucos os artistas com que já fizemos B2B e o Rafa é um deles. Estamos a desenvolver este novo conceito, que já foi apresentado em Miami e que vamos voltar a repetir no club Space de Nova Iorque no final deste mês de abril com o evento ‘Iberican Republica’.
 
Que novidades podem revelar sobre o futuro da vossa carreira e da vossa editora?
Estamos num excelente momento, tanto a nível discográfico como artístico. O calendário da Stereo para este ano está praticamente preenchido com lançamentos semanais e compilações para celebrar os principais eventos onde a Stereo tem marcado presença como o BPM Festival de Playa del Carmen, Miami Music Week, Barcelona Off Sonar Week, Amsterdam Dance Event e Ibiza com o nosso álbum anual “Balearica”, entre outros. Temos também agendado para o final do ano um novo álbum titulado “Iberican Republica”. Nos últimos três anos muita coisa tem mudado na Stereo, para o bem, obviamente. Neste momento temos uma grande equipa de profissionais a trabalhar em sintonia com o nosso foco na expansão do som ibérico, dos brand events e os Stereo showcases. A dupla está mais forte do que nunca. Divertimo-nos com o nosso trabalho e este é o melhor dos prémios.  
 

o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto.

 
Que opinião têm sobre o panorama musical português?
Portugal foi uma grande referência para nós. Um país onde fomos sempre bem recebidos e onde passámos grandes momentos, marcados na nossa memória para sempre. Com a aparição da chamada ‘EDM’, as coisas mudaram bastante. Os gostos das novas gerações e a maneira de consumir a música eletrónica também mudou. São ciclos inevitáveis que ajudam, por outro lado, a expandir a cultura eletrónica. É sempre bom saber que esse novo público que a ‘EDM’ tem captado, agora está a evoluir e a crescer musicalmente e está a consumir outro tipo de música mais madura e sofisticada, tal como o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto. Este proceso tem acontecido não só em Portugal como em todo o planeta. O importante é saber-nos adaptar e evoluir, sem esquecer a nossa própria identidade. Portugal é um país com grande tradição cultural. A música de dança e o nosso património e com o trabalho dos profissionais, o legado ficará garantido. 
 
Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Devem-se sentir uns sortudos por fazer parte de um país com tanta história na dance music. Um verdadeiro legado de qualidade inquestionável com grandes figuras que dedicaram o seu trabalho e paixão pela música de dança. Apareçam neste fim de semana nas nossas festas em Aveiro e Viseu. Será um grande reencontro com o país que tanto nos deu e que tanto nos inspirou. Vamos celebrar da melhor maneira e defender que a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.  
 
Publicado em Entrevistas
Deixou a carreira de professor de educação física e moral para se dedicar de corpo e alma ao djing e à produção musical. Quando se fala de Yves V, é inevitável referir o festival Tomorrowland, uma vez que o artista belga é considerado o DJ residente. Graças ao impacto das suas atuações transmitidas para todo o planeta, hoje em dia cumpre um dos seus maiores sonhos: viajar por todo o mundo acompanhado da sua música e dos seus fãs. O Portal 100% DJ teve a oportunidade de conversar com o produtor belga, sobre temas como a sua carreira atual, o nosso país e, claro, o festival que é a sua segunda casa.
 
 
És o DJ residente do Tomorrowland. Como te sentes ao fazer parte do maior festival do mundo?
É ótimo. Todas as pessoas me perguntam isso. Eu estou lá quase desde o início por isso eu vi toda a evolução. Agora tenho o meu próprio palco e atuei também no Main Stage, na edição do Brasil e dos Estados Unidos da América. Estou muito feliz por continuar lá e posso chamar-me de ‘DJ residente’ daquele festival, porque às vezes as pessoas não sabem onde é a Bélgica, a minha terra natal, mas sabem onde é o Tomorrowland.
 
Qual é a tua opinião sobre a expansão do Tomorrowland para outros países como o Brasil ou os Estados Unidos da América?
É muito bom, penso eu. Especialmente o Brasil, na minha opinião, é um grande mercado para mim. O público brasileiro e o Tomorrowland são uma combinação muito boa. A primeira edição ficou esgotada em duas horas e a edição americana também vendeu bem. Acho bem que não o façam em todos os países, mas sim em todos os continentes. É positivo expandir a marca.
 
Já atuaste várias vezes no nosso país. O que tens a dizer sobre Portugal e o nosso público?
Fantástico! Amo o clima, porque é muito diferente da Bélgica e o público tem sempre muita energia. Todos estão felizes e sabem as músicas, é uma das coisas que se consegue ver. A última vez que cá estive, havia pessoas no público com uma bandeira com o nome de uma faixa minha que ainda não tinha sido lançada, foi muito bom. 
 
Conheces algum DJ português?
Sim, o Kura. Que outros DJs portugueses me aconselham?
 
E para quando uma colaboração com um DJ português?
Atualmente estou a planear com o Kura para fazermos alguma coisa. Até agora não tenho nenhuma produção com um artista português mas nunca se sabe o que o futuro possa trazer.
 

(…) o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.

 
Qual é a tua colaboração de sonho?
É difícil dizer um só nome, mas se pudesse escolher seria alguém fora da música de dança. Alguém de uma banda de rock, de música clássica, ou um cantor. Algo totalmente diferente e que as pessoas não estejam à espera.
 
Como por exemplo?
Há muitos bons cantores, como por exemplo a Birdy. Ela tem uma voz muito boa que desperta muitas emoções. Iria ser uma excelente combinação. Mas há muitos outros bons nomes que seriam uma boa hipótese. 
 
Qual foi o melhor momento da tua carreira?
É óbvio que tenho de referir novamente o Tomorrowland. O mundo inteiro está a ver o Main Stage e aquilo que tu estás a reproduzir naquele momento. Cada vez que atuo lá, consigo ver as reações nas redes sociais. O Tomorrowland é sempre um momento alto na minha carreira.
 
Na tua opinião, quem merece a primeira posição do Top 100 DJs da DJ Mag?
É uma pergunta muito difícil. Mas acho que a resposta é Dimitri Vegas & Like Mike. São os meus irmãos da Bélgica. Na minha opinião é muito difícil dizer quem possa ser o melhor DJ do mundo, porque existem muitos bons artistas.
 
Que novidades podes desvendar acerca do futuro da tua carreira?
Tenho muitas novas produções a chegar. Espero que tudo corra bem. Vou estar em digressão e esse é o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos que têm ido às minhas atuações e se nunca o fizeram, espero conhecê-los em breve num dos meus próximos shows. Continuem a apoiar a música eletrónica!
 
Publicado em Entrevistas
Thijs Westbroek, conhecido no meio por Brooks, tem apenas 23 anos e já não passa despercebido na dance scene, não fosse a sua vasta seleção de originais e remixes, amplamente tocados em todo o mundo. David Guetta e Martin Garrix são alguns dos seus amigos com quem já produziu músicas entretanto lançadas por importantes editoras como é o caso da Spinnin Records e da Future House Music. 
A propósito do seu regresso a Portugal, marcado para o próximo dia 8 de julho na Figueira da Foz, o Portal 100% DJ esteve à conversa com o jovem holandês, que além das novidades na sua carreira, também nos falou das expetativas no seu regresso a terras lusas.

Apesar de ainda teres uma curta carreira, tens muito sucesso, o que fez também com que recebesses o prémio "Best Talent" na SLAM! Awards. Descreve-nos como tem sido a tua vida ultimamente depois disso.
Ganhar o SLAM! na categoria de "Melhor Talento" foi definitivamente um dos destaques da minha carreira até agora. Sinto que muita coisa aconteceu desde que comecei a apostar na música e isso só vem reafirmar, para mim, que estou onde estou por um motivo. Está mesmo a valer a pena! Desde então, tenho estado em digressão e a atuar sem parar - está provado que vai ser uma temporada agitada de festivais, sem esquecer que recentemente lancei meu novo single "Lynx" pela STMPD.
 
Qual é a sensação de ter uma colaboração com o atual número 1 do Top 100 da DJ Mag, Martin Garrix?
É uma sensação fantástica! Há algum tempo que eu e o Martin temos estado em contacto. Quando comecei a fazer música a sério, cheguei a enviar-lhe algumas faixas, até que finalmente chegou o momento de unirmos forças quando lançámos a "Byte". Depois lançámos a "Boomerang" e mais tarde, a cereja em cima do bolo, o lançamento do "Like I Do" com David Guetta. Temos uma atitude muito semelhante no que toca a produzir e por isso trabalhamos bem juntos. Estou feliz que estes eventos se realizem para que continuemos a fazer música que as pessoas gostem tanto como nós.
 
Já produziste vários remixes para diferentes artistas. Gostarias de deixar algum conselho para jovens produtores?
Encontrar o seu próprio estilo é a chave para se conseguir destacar e captar a atenção do público. É mais fácil falar do que fazer e sabemos que hoje em dia existe muita competição e pressão na indústria da dance music. A produção musical é muito acessível agora, não há desculpa para não "perdermos" tempo a aperfeiçoar o nosso som e fazer dele o nosso próprio estilo, torná-lo característico. Pretende-se que as pessoas oiçam a música e saibam logo que é daquele artista.
 


Preferes atuar num Club ou num Festival?
Tanto os clubs como os festivais têm coisas muito boas. Num club é um ambiente mais intimista e consegue-se chegar até às pessoas mais facilmente. O que não é tão frequente num festival. O que os festivais têm de bom é a sua dimensão, com milhares de pessoas a gritar e a cantar as músicas, é algo que não esqueço tão depressa.

Que tipo de hardware e software consideras essencial para se começar nesta área?
Num começo pode-se usar apenas um software e uns phones ou com umas simples speakers. Primeiro que tudo, é importante que se tenha um Daw em que o produtor se sinta confortável. Uso Fruity Loops como DAW o que é relativamente fácil para quem está a começar, mas é possível usar-se outras DAWs também. A respeito de plugins, podem assistir às minhas masterclasses no meu canal de youtube e ver que plugins aconselho.
 
Que expectativas tens para a tua performance no RFM Somnii?
Primeiro que tudo, Portugal é um dos meus sítios preferidos no mundo e só quero chegar para aproveitar algum tempo antes do festival começar. De mim, podem esperar muita energia e mãos no ar. Pela minha experiência de outras atuações em Portugal, espero um público que se sabe divertir e que não tem medo de sentir a música. A comunidade da dance music em Portugal percebe do assunto, por isso sei que vai ser um espetáculo envolvente. Mal posso esperar!
 
Queres revelar-nos algumas novidades sobre o futuro da tua carreira?
Neste momento estou no meio da época dos festivais. Tenho atuações agendadas na Hungria, Polónia, Holanda, Alemanha... Se assistirem a estes espetáculos vão ouvir-me passar alguma música nova. Tenho passado muito tempo em estúdio, quando não estou em tour, por isso podem esperar grandes colaborações e lançamentos brevemente.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Vocês são brutais! Obrigado pelo vosso trabalho e por terem conversado comigo. Obrigado por continuarem a apoiar-me enquanto lanço novas músicas, tenho novidades para os vossos ouvidos em breve.
 
Publicado em Entrevistas

São dois nomes incontornáveis da música eletrónica mundial. Depois do término dos Swedish House Mafia, a paixão pela música não ficou por ali. Axwell e Sebastian Ingrosso decidiram juntar as suas duas carreiras de sucesso e formar o projeto Axwell /\ Ingrosso. Os artistas suecos vêm apresentar o seu novo projeto musical ao MEO Arena em Lisboa, no próximo dia 18 de dezembro, num dos eventos mais esperados do ano: a Carlsberg Where's The Party. Poucos dias antes da sua atuação em Portugal, a equipa do Portal 100% DJ esteve à conversa com a dupla, acerca de vários temas como o nosso país, o cenário atual da música eletrónica, o Top 100 da DJ Mag e, claro, fomos saber como estão as espectativas para este evento.

Além da entrevista, em baixo poderás encontrar uma infografia que retrata os 10 melhores momentos da dupla, divulgados recentemente pela conhecida revista Billboard.

 
É a vossa estreia enquanto dupla. Quais são as vossas expetativas e o que podemos esperar da vossa atuação?
Nós já viemos a Portugal em separado e adorámos. Estamos sempre a ouvir os fãs online e o amor que têm por nós é fantástico. Esta atuação já está marcada há algum tempo e mal podemos esperar para subir ao palco!
 
Axwell, qual é a sensação de celebrar o teu aniversário com os teus fãs portugueses?
É um sítio lindo para celebrar! Ter todas aquelas pessoas para celebrar em conjunto vai fazer com que aquele dia seja muito especial.
 
Vocês agradeceram a todos os fãs pelo apoio dado em relação ao Top 100 da DJ Mag, onde ficaram colocados em 17º lugar. Vocês acham que a electronic dance music precisa de mais amor e menos campanhas e competições?
O mais fantástico em relação a este assunto é que nunca pedimos a ninguém para votar em nós. Sem apelarmos ao voto, os nossos fãs fizeram questão de votar em nós. Isso tornou tudo muito especial. Nós não nos importamos com posições ou tops, o que interessa são os verdadeiros fãs que vemos à nossa frente cada vez que atuamos.
 

Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.

 
Qual é a vossa opinião acerca do cenário da música eletrónica a nível internacional atualmente?
Existe muito talento e muita energia criativa por ai. A necessidade de evoluir e fazer coisas engraçadas nunca esteve tão bem.
 
Que conselhos querem deixar aos novos produtores?
Trabalhem muito. Mesmo a sério, trabalhem até não conseguirem mais. E não se importem se têm de seguir o estilo ou o modelo de alguém. Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.
 
Que mensagem gostariam de deixar aos nossos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Muito obrigado por todo o amor e apoio!

Publicado em Entrevistas
O novo festival de Lisboa - Nova Batida - vai ocupar este fim-de-semana a Lx Factory e o Village Underground, em Alcântara. O cartaz conta com mais de 50 artistas, processo longo que exigiu "muita reflexão e energia" conta a organização em entrevista ao Portal 100% DJ. Além de novos talentos a estreia deste festival traz a Lisboa os suecos Little Dragon, o britânico Gilles Peterson, a dupla Mount Kimbie, o nigeriano Seun Kuti, sem esquecer de talentos portugueses como é o caso de Riot, Octa Push e Rita Maia.
 
O festival começa a partir das 13 horas e além da componente musical terá ainda aulas de surf e ioga, festas em barcos e street food. Para saber quais as espectativas e o que podemos esperar desta primeira edição de festival Nova Batida, o Portal 100% DJ esteve à conversa com Dan Flynn, representante da Soundcrash, produtora londrina que organiza festas de música eletrónica em vários países. O Portal 100% DJ é Media Partner do evento.
 

Quais são as expectativas para a primeira edição de Festival Nova Batida?
Esperamos que a primeira edição seja uma experiência incrível para todos os envolvidos e mal podemos esperar que visitantes do Reino Unido e de outros países de todo o mundo testemunhem em primeira mão a vibração calorosa e acolhedora de Lisboa e dos seus residentes. Escolhemos Lisboa não só por causa da sua cena musical, mas porque é uma cidade próxima ao nosso coração por tantas outras razões. A perspetiva de ter a oportunidade de dar algo de volta à cidade é algo que é muito excitante para nós.

São mais de 50 artistas que fazem parte da programação. Foi difícil conseguir este cartaz? 
Foi um processo que levou muitos meses, então, é claro que demorou muito - construir um cartaz de festival exige muita reflexão e energia. Não poderíamos estar mais felizes com o nosso primeiro line up e estamos felizes em trazer um grupo tão talentoso de artistas. Também foi ótimo que tantos artistas de Lisboa estivessem tão entusiasmados em juntar-se ao cartaz e estamos muito contentes por ter tantos representantes da música eletrónica nacional.

Que critérios tiveram em conta na hora de escolher os artistas?
Dos artistas ao vivo que selecionámos, escolhemos artistas que tinham músicas novas a serem lançadas - garantindo que todas as apresentações no festival fossem frescas e excitantes para o nosso público. Como disse anteriormente, também queríamos que muitos artistas portugueses participassem - algo que certamente continuaremos em 2019.
É comum que nos festivais alguns artistas realizem alguns pedidos mais excêntricos à organização. Há algum que vos tenha surpreendido particularmente?
Depois de anos a trabalhar na indústria da música não há muito que nos surpreenda. Para a Nova Batida todos os artistas do line up deste ano mostraram-se muito humildes.

No que se diferencia o vosso festival dos outros?
Acho que é uma combinação de muitas coisas diferentes. O festival principal está dentro dos locais super coloridos e criativos do Village Underground e da LX Factory, mas também há uma festa na praia no domingo dedicada aos participantes que pretendem estar junto da natureza. Temos uma linha de música ampla, mas coesa, da qual estamos muito orgulhosos e sabemos que haverá alguns momentos loucos quando Little Dragon, Mount Kimbie e outros subirem ao palco, mas também mal podemos esperar que os festivaleiros descubram os seus novos DJs favoritos numa área diferente. Também é diferente em que há uma grande comunidade de amantes da música do Reino Unido, França e Alemanha a visitar a cidade, mas também haverá uma grande percentagem de moradores locais no coração da festa. Mal podemos esperar que as vidas destes amantes da música de toda a Europa colidam - vai ser um momento encantador.

Além da componente musical, o que poderão assistir os festivaleiros do Nova Batida?
Temos várias atividades extras disponíveis, desde aulas de surf até aulas de ioga, festas em barcos e muito mais.

Em futuras edições, a cidade de Lisboa continuará a ser o local de eleição para acolher este festival?
Sim, vamos colocar bilhetes da edição de 2019 à venda em breve, apenas um ano do Nova Batida em Lisboa não chega. Vemos isso como um projeto de longo prazo e esperamos ser muito, muito felizes aqui.

Que recomendações gostaria de deixar aos festivaleiros?
Para aqueles que ainda não tiveram a experiência de ir a um festival de música em Lisboa, vão ser bem recebidos. Para os que já foram a eventos do mesmo género, já sabem o quanto se vão divertir!
 
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sábado, 12 setembro 2015 22:46

Alok: "O meu berço foi a música eletrónica"

Chama-se Alok e é um dos nomes da atualidade da música eletrónica brasileira, que mais destaque tem alcançado a nível internacional com atuações no Rock In Rio Las Vegas e em várias edições das famosas festas das cores Happy Holi. Depois de ser considerado como o DJ e produtor mais popular da terra do carnaval pela House Mag, o artista estreou-se em Portugal na edição de Cascais da Where’s The Party by Carlsberg. O Portal 100% DJ esteve à conversa com Alok numa entrevista exclusiva, acompanhada pelas filmagens do seu novo documentário, onde os temas destacados na mesma foram a sua carreira, o nosso país e o cenário da música eletrónica no Brasil.
 
 
O facto dos teus pais serem DJs influenciou a tua escolha desta profissão?
Com certeza. Eu nasci neste meio eletrónico. O meu berço foi a música eletrónica e os meus pais inspiraram-me muito e ainda inspiram.
 
Porque decidiste criar a tua própria editora “Up Club Records”?
Porque acho que há muitas pessoas talentosas por aí e muitas vezes não conseguem demonstrar o seu trabalho, porque não se conseguem encaixar ou adequar-se ao formato das editoras. A editora é aberta para todos os tipos de criatividade - o que importa é a criatividade, nós não rotulamos nada. É mais uma porta e uma oportunidade para as pessoas poderem mostrar o seu trabalho e não serem influenciados pelas editoras a criar a música que eles querem.
 
Que novos talentos tens debaixo de olho?
Há muito bom talento. É o caso de um rapaz chamado Illusionize - ele está a “rebentar”. Existe também o Dazzo, ele já toca há muitos anos, mas está agora a ter destaque. Também comecei a ver vários nomes novos que nunca tinha ouvido falar e vou fazer o lançamento. Possivelmente irei divulgar no melhor momento, depois de toda a parte burocrática, contrato, etc…
 

A editora é aberta para todos os tipos de criatividade - o que importa é a criatividade, nós não rotulamos nada.

 
Tens viajado em digressão por quase todo o Brasil. Qual é a tua visão do cenário da música eletrónica no país?
No Brasil, estamos a viver agora um momento de maior ascensão. Começamos a apercebermo-nos que as crianças hoje estão muito inseridas na música eletrónica e isso é algo inédito, porque anteriormente as pessoas só se inseriam na música eletrónica a partir dos 18 ou 19 anos.
 
Nos últimos meses, o Brasil tem recebido grandes e importantes festivais de música eletrónica, como é o caso do Tomorrowland, onde também atuaste. Qual foi a sensação de estar na cabine do Main Stage, daquele que é considerado o melhor festival do mundo?
Foi a realização de um sonho e não poderia ter sido melhor. Realmente foi o melhor gig da minha vida. Abriu portas a muitas coisas positivas na minha carreira, e bem... o Tomorrowland é um fenómeno, não é? Fiquei muito feliz por fazer parte desse palco e dividi-lo com grandes nomes.
 
Tencionas atuar na edição da Bélgica?
Este ano não, somente no TomorrowWorld, nos Estados Unidos da América.
 
Sabemos que o teu nome significa luz. Consideras a luz uma fonte de inspiração para as tuas produções?
Nunca tinha parado para pensar, mas pode-se dizer que sim.
 
Foste considerado pela House Mag como o DJ número 1 do Brasil. Com que sentimento recebeste essa distinção?
É curioso porque em todos os outros anos eu nunca tinha entrado. E na minha estreia, foi logo em primeiro lugar. Eu sei que há muitas pessoas muito boas no Brasil também, pela qualidade e até pessoas com mais técnicas que eu, só que de repente faltou um pouco de acreditar em si mesmo entendeu? E eu sempre acreditei, colhi frutos e acabei sendo... Os meus números falam muito alto, como o voto é de popularidade e não há juízes por trás, o DJ mais popular do Brasil hoje sou eu.
 
 
A tua vinda mais cedo para Portugal, deu para conheceres um pouco do nosso país?
Sim, eu dei uma volta por vários sítios e estou apaixonado. É muito porreiro.
 
Tencionas voltar?
Com certeza. Quero voltar e quero comer muito aqui nos restaurantes porque foi a melhor comida que comi na vida.
 
Como descreves a atuação no Where’s The Party em Cascais? Superou as expetativas?
Para ser sincero foi muito difícil... A minha sonoridade, no meio da “EDM” é muito mau para mim. Mas faz parte e nós temos que estar preparados para tudo. Criei muitas expectativas, uma ideia na minha cabeça e acabou por ser mais difícil do que eu imaginava. Nem tudo é assim tão fácil - o que é bom, porque saí da minha zona de conforto, que no Brasil para mim é tudo mais fácil, logo foi um desafio também.
 
Que artistas portugueses de música eletrónica conheces?
O Diego Miranda apenas.
 
Que projetos tens para desenvolver a curto e longo prazo?
A curto prazo vou lançar o meu álbum e a editora. Estamos também a produzir o documentário da minha vida que acho que vai levar um a dois anos para estar no ar, ou seja um projeto a longo prazo.
 
Vais fazer campanha este ano para o Top 100 da DJ Mag?
Estamos a fazer uma campanha muito forte. O ano passado nem apostámos muito e fiquei em 117º lugar.
 
Acreditas portanto na tua estreia no Top 100?
Vamos ver, acredito que sim.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer por me terem recebido tão bem aqui e quero voltar mais vezes, esperando que da próxima vez não me coloquem entre dois DJs de EDM, mas sim no horário certo.
 
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Com apenas 20 anos, Danny Avila é uma das grandes promessas da música eletrónica a nível mundial. Foi considerado como "Artista Revelação" por vários órgãos de imprensa especializada como a MTV, Billboard e Vicious Magazine e tem o apoio de Tiësto, com quem já trabalhou várias vezes. O Portal 100% DJ entrevistou o artista espanhol no Nosolo Água em Portimão, na “Where’s The Party by Carlsberg” no passado dia 1 de agosto, antes da sua atuação. Nos bastidores do evento, Danny Avila falou-nos sobre a sua carreira, o nosso país, a música eletrónica em Espanha e sobre o Top 100 da DJ Mag.

 
 
Gostas de Portugal?
Adoro Portugal! Ainda não atuei muito por cá, na verdade esta é a segunda. O ano passado foi em Cascais, na mesma festa, que foi incrível.
 
O que conheces do nosso país?
A verdade é que não conheço muito. Apesar de ser de Espanha, mesmo aqui ao lado, é certo que ainda não atuei muito em Portugal, mas o pouco tempo que estive aqui tem sido uma experiência muito boa.
 
Como consideras a música eletrónica em Espanha?
Agora está num bom momento. Há uns quatro ou cinco anos quando comecei a ganhar mais notoriedade e nessa altura a dance scene não estava tão boa como agora, mas nos últimos dois anos tem ganho uma boa forma.
 
Que diferenças encontras entre o público português e espanhol?
Não muitas. A cultura é parecida e no final todas as pessoas que saem querem dançar e passar um bom momento.
 

Um artista internacional tão grande que se interessa pelo teu trabalho e que te apoia é incrível.

 
O teu pai também foi DJ. Esse facto revelou-se numa inspiração para ti?
Não diria uma inspiração. Eu por exemplo, quando comecei, tinha dois technics do meu pai quando era mais novo e curioso e tinha milhares de vinis. Passava muito tempo a ouvir todos os vinis que ele reproduzia há muito tempo.
 
Tiësto afirmou que vais ser a próxima “mega-estrela”. Qual é a sensação de uma lenda da música eletrónica dizer isso de ti e do teu trabalho?
Na verdade, é incrível! Tiësto, desde que comecei, sempre foi uma grande inspiração. Tive a oportunidade de, pouco a pouco, trabalhar mais com ele, principalmente nos últimos dois/três anos e é incrível. Um artista internacional tão grande que se interessa pelo teu trabalho e que te apoia é inacreditável.
 
 
Para o futuro, que projetos estão previstos para a tua carreira?
Agora os projetos mais importantes que tenho passam pela minha própria residência no Pacha Barcelona todas as segundas-feiras, com a minha festa que se chama “More”, onde atuo praticamente toda a noite com música diferente. Não é só Progressive, mas um pouco mais de Tech House e outros géneros diferentes de música. Estou muito feliz porque o Pacha é uma excelente marca a nível mundial. Em relação a produções, o meu próximo lançamento será em setembro, uma colaboração com Tujamo, pela Spinnin' Records. Depois tenho outro tema a sair pela Playbox Music.
 
Quem achas que vai ser o número 1 do Top 100 da DJ Mag este ano?
Todos os anos é a pergunta que se faz a todas as pessoas mas nunca se sabe. Acredito que o Top 100 da DJ Mag é uma incógnita.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos os que me seguem e a todos os portugueses. Estou encantado por voltar aqui mais um ano e o recinto é espetacular e muito bonito. Quero voltar muitas mais vezes a Portugal!
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Diego Miranda é cada vez mais um nome conhecido e aclamado na música eletrónica nacional e internacional. Tendo já estado presente na famosa lista Top 100 da revista DJMag, foi este ano novamente nomeado para um MTV Europe Music Award, na categoria de Best Portuguese Act. Depois de um verão cheio de atuações em Portugal e no estrangeiro, o DJ concedeu uma entrevista exclusiva ao portal 100% DJ, onde fala sobre a sua carreira, as nomeações da MTV e o seu futuro.

 

Qual foi a tua reação ao saber que estavas novamente nomeado para um Best Portuguese Act dos MTV Europe Music Awards?
Foi com enorme orgulho que soube. É verdade que também tenho trabalhado muito para isso e o facto de ter sido o único português a entrar para o Top100 do mundo, no último ano pela DJ Mag, também deve ter contribuído para isso. Mas esta nomeação tem um sabor diferente porque é uma competição, não só a nível de DJ’s, mas a nível de todos os músicos e bandas. E... como já tinha sido o único DJ em Portugal a ser nomeado pela MTV em 2011, desta vez não estava tanto à espera, por isso é uma grande alegria e uma grande honra poder representar a música eletrónica que se faz em Portugal para todo o mundo. 
 
Quais são as expectativas em relação aos resultados das votações? Acreditas que a competição vai ser renhida?
Provavelmente vai ser difícil, porque há fãs de bandas nomeadas que também são meus fãs, pois tratam-se de estilos completamente diferentes. Mas só posso dizer que vou trabalhar cada vez mais e estou a contar com o apoio de todos os meus fãs que são incansáveis e apoiam-me incondicionalmente. A eles, só lhes posso dizer "obrigado" e que tenho os melhores fãs do mundo. 
 
Pensas que é importante a MTV (e outros meios de comunicação social) dar importância aos DJ’s, uma vez que a música eletrónica tem cada vez mais público? 
Claramente que sim. Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s. Se um DJ tem capacidade de mover massas, encher estádios, inclusive como bandas e é um fenómeno, tem de se lhe dar o devido valor como qualquer outro músico ou artista. 
 
Em relação aos últimos meses, qual foi a experiência/trabalho que mais te marcou e mais gostaste de realizar? Porquê? 
É difícil enumerar porque foram várias, mas posso citar algumas, nomeadamente, adorei ter feito a Tour da Ballantines que realizou uma produção magnífica em todas as festas. Há dois clubs que me marcam sempre que lá passo: Green Valley no Brasil (eleito o melhor club do mundo) e Ushuaia em Ibiza. A Tour do Happy Holi, que começou em Portugal e já vai no Brasil, com festas que são sempre mágicas e únicas. Também finalizei um tema há pouco tempo, "Believer" com a cantora americana Miss Palmer, e estou com outros projetos e colaborações novas que ainda não posso revelar e que me têm dado muito gozo fazer. 
 

Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s.

 
Quando poderemos ouvir novo material original? Há alguma colaboração que está a ser planeada? 
Como disse, acabei de lançar o tema "Believer" e tenho vários projetos/colaborações que estão a sair mensalmente pela minha nova editora "Less is More", mas mais mainstream. Também tenho o cantor Mitch Crown, com quem já estou a trocar ideias para trabalharmos juntos num novo tema e paralelamente quero começar a trabalhar no meu novo álbum, em que vou incluir alguns temas que já saíram e muitas novidades, mas que só deve estar finalizado no próximo ano! 
 
No futuro, que projetos e novidades podemos esperar do Diego Miranda? 
Em termos de música, vou continuar a produzir e a lançar temas novos e vou continuar a tocar muito porque já tenho a agenda cheia até ao próximo ano. Quero também trabalhar mais na minha editora para que cresça e para que dê oportunidade a outros artistas e novos talentos de crescerem. Também estou a lançar uma linha de roupa com o meu estilo, para os verdadeiros fãs… basicamente, o que posso dizer é que, não vou parar!
 
Que objetivos ainda pretendes atingir a nível profissional?
Não penso nisso, só posso dizer que "o céu é o limite!" 
 
Quais são as tuas inspirações, a nível de DJ's? E com quem desejarias trabalhar um dia? 
Existem alguns que admiro bastante e que às vezes não têm nada a ver com o estilo que toco hoje em dia, mas que serão sempre uma referência para mim, como é o caso de Carl Cox com toda a sua técnica. A nível de produtores, atualmente, existem vários como é o caso do Calvin Harris ou David Guetta porque nunca descuram a parte melódica nos seus temas e conseguem manter-se sempre atuais.
 
Nota de redação: Para votares acede a pt.mtvema.com/vota.
 
 
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