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terça, 27 dezembro 2011 22:27

"Survivor" da música electrónica

Carlos Manaça é aquilo a que se chama de um “survivor” da música electrónica. Já conta com quase 25 anos de carreira, o que o torna bastante inspirador para muitos. O «efeito Manaça» na noite nacional e internacional, tal como a sua carreira, tem vindo a aumentar de ano para ano. Mais participações, mais eventos, mais produções, mais, mais e muito mais.

 

Depois de tantos anos e tanto sucesso, actualmente, qual é a sua opinião acerca dos eventos que se produzem por cá?
Infelizmente, depois de todos os grandes eventos, com grandes nomes, que já tivemos em Portugal, neste momento contam-se pelos dedos os que acontecem durante o ano. É a consequência de alguns produtores terem exagerado na quantidade de eventos que realizaram durante um período em Portugal. Agora estamos a pagar o preço desse exagero. É certo que as condições económicas também são diferentes, mas naquela altura houve um exagero, quer ao nível da quantidade de eventos, quer o nível dos cachets que foram pagos. Mas também acho que o pior já passou e que agora os produtores de eventos fazem melhor as contas ao que vão necessitar para terem um bom evento, coisa que por vezes, antes não acontecia.
 
Ser ‘DJ residente’ é uma etapa crucial na vida de um DJ?
Ser ‘DJ residente’, na minha opinião, faz parte da aprendizagem de um DJ. Se calhar as novas gerações não dão o devido valor a ser ‘DJ residente’, mas o certo é que permite aprender a gerir melhor uma sessão, uma noite, num club ou numa festa. Não digo que seja imprescindível, mas que ajuda muito, lá isso ajuda.

Em termos de produções, como está a correr o panorama da sua editora “Magna Recordings”?
Infelizmente a Magna Recordings neste momento, tal como quase todas as editoras deste tipo, passa por um momento complicado, a nível de vendas. O “feedback” que temos das nossas edições é bastante bom, na nossa ultima edição (MAGNA 045D, D-Formation & Carlos Manaca “Underground”) tivemos comentários excelentes de muitos “Top DJ’s” Internacionais, mas depois isso não se reflecte nas vendas. As pessoas acham que não faz mal fazer downloads sem pagar, aliás acho que já dão como dado adquirido que a música é grátis. Infelizmente, acho que do ponto de vista legal, os governos já não vão fazer nada para alterar essa situação. Os downloads ilegais afectaram e afectam muitos postos de trabalho, quer na música, quer nos jogos e filmes, mas acho que neste momento já não há volta atrás.
 
altAvizinha-se algum projecto de agenciamento? E projectos futuros que tencione realizar?
A nível de agenciamento em Portugal, de momento não, até porque, na minha opinião, sendo Portugal um país tão pequeno e trabalhando eu há tantos anos directamente com os clubs e promotores, não faz muito sentido. Talvez em 2011 haja novidades a nível de agenciamento mas a nível Internacional, aí sim, há muita coisa que me falta fazer.
Quanto a projectos futuros há alguns. Várias colaborações em estúdio ainda pendentes devido à dificuldade de conciliar agendas, que penso vão acontecer em 2011.
 
Ainda continua a viver em Madrid, Espanha? Conte-nos como foi essa sua passagem pelo curso de “Audio-Engineering” na conceituada Escola Inglesa “School Of Audio Engineering” (SAE).
Sim, continuo em Madrid e de momento não há planos para voltar a Portugal. O curso na SAE foi muito importante, em muitos aspectos técnicos, alguns dos quais eu só tinha algumas noções. Depois do curso fiquei com muita da teoria que necessitava para melhorar as minhas produções, é sem duvida uma das melhores escolas de áudio, com o melhor material para praticar. Trabalhei com muito material que só via nas revistas especializadas de áudio, e isso é bastante bom para qualquer aluno que queira melhorar os seus conhecimentos.
 
Já tocou ao lado de grandes figuras internacionais da noite. Tem alguma preferência? E em termos de técnica, qual o seu DJ favorito?
Sim, já toquei com inúmeros DJ’s, alguns em mais do que uma ocasião, ao longo de todos estes anos. Na realidade não tenho um preferido, tenho vários, conforme o seu estilo. Um deles é o Danny Tenaglia por aquilo que me influenciou em 1996 quando tocou pela primeira vez em Portugal (no Rocks Club, em Vila Nova de Gaia) onde eu era residente, e que me fez estar 9 horas a controlar as luzes, ao lado dele na cabine. Foi impressionante, quer para mim, quer para muitos outros DJ’s que ali estavam e realmente influenciou a nossa visão musical, a partir desse dia.
Mas há mais pessoas que me influenciaram em todo o meu trajecto como DJ, desde o Tó Pereira (DJ Vibe) ao Luís Leite, passando por Roger Sanchez, Laurent Garnier, Carl Cox, Victor Calderone, Masters At Work, todos diferentes, cada um no seu estilo.
 
Portugal enfrenta o problema da pirataria, onde a partilha de ficheiros de música pela Web é ilegal. No entanto, é bastante vulgar irmos a uma discoteca e vermos o respectivo DJ acompanhado do seu ‘Mac’ e recheado de todo o tipo de música. Não acha um bocado irónico esses mesmos DJ’s a lutarem por algo que eles dizem não estar correcto, e no entanto eles também o fazem? Qual é a tua opinião?
Esse é um ponto que me desagrada profundamente. Já é grave o problema do público em geral fazer os downloads para ouvir em casa ou no carro, mas faze-los para ganhar dinheiro com eles, como fazem alguns DJ’s, parece-me duplamente grave. Porque estão a ganhar dinheiro com o trabalho dos outros, e isso não lhes parece mal.
Nem mesmo que os temas custem um euro, ou à volta disso. Por isso, o problema não é o preço, como alguns diziam do preço do vinil, mas sim a mentalidade. E isso, infelizmente, parece-me que não vai mudar.
 

"(...) Aos DJ’s, o meu conselho, é que toquem aquilo que realmente sentem e evitem ir “atrás” do DJ “a” ou “b”, porque isso, a longo prazo, não compensa."

 
Se tivesse que produzir um evento, qual seria o local escolhido? Dê-nos um exemplo do line-up que gostava de apresentar.
Sinceramente já produzi alguns eventos, entre 1993 e 1994, e em 1999 (a apresentação da minha loja de música na altura, World Music Porto) que correram muito bem, mas neste momento, não tinha disponibilidade nem física nem mental para o fazer. Se tivesse mesmo que o fazer, escolhia uma praia, de preferência deserta, onde não incomodasse ninguém, e traria alguns dos nomes que referi como influências, numa festa que começaria de tarde e acabaria de manhã.
O projecto 100% DJ tenta sempre dar a conhecer novos talentos da noite portuguesa. Alguns conselhos quer de DJ, quer de produtor, que queira partilhar?
Acho que o mais importante é que acreditem em vós próprios e que trabalhem e pesquisem bastante. Hoje em dia, com a Internet, é muito mais fácil aceder à informação, quer a nível do “djing” quer a nível da produção. Aos DJ’s, o meu conselho, é que toquem aquilo que realmente sentem e evitem ir “atrás” do DJ “a” ou “b”, porque isso, a longo prazo, não compensa.

Quando foi a primeira vez que ouviu falar do projecto 100% DJ? Qual a sua opinião sobre o mesmo? Alguma crítica?
A primeira vez que ouvi falar foi em 2008, quando actuei no Estremoz Moda. É difícil, estando em Madrid, ter acesso a toda a informação sobre a divulgação da música electrónica em Portugal. Na minha opinião, os projectos que divulgam o nosso trabalho, são extremamente importantes, porque dão a conhecer aquilo que fazemos e permitem estarmos mais em contacto com o público em geral. Por isso, o  projecto “100% DJ” tem todo o meu apoio!
Publicado em Entrevistas
Os trágicos acontecimentos que ocorreram no passado dia 22 de março na Bélgica, motivaram vários rumores a respeito do festival Tomorrowland, evento realizado naquele país há 11 anos e visitado por mais de 400 mil pessoas.
 
A manhã daquela terça-feira que parecia ser igual a tantas outras foi fatídica para 34 pessoas, após o atentado terrorista no metro de Bruxelas e no aeroporto de Zaventem, local onde todos os anos em julho aterram inúmeros festivaleiros oriundos dos quatro cantos do mundo.
 
Ainda que o país já tenha regressado à normalidade, a ameaça e risco de segurança está no nível máximo. A Europa teme novos atentados e as entidades governamentais discutem e avaliam novas medidas de segurança.
 
Da parte da organização do evento belga, nenhum comunicado foi emitido, mas pela Internet circulam rumores e dúvidas quanto à realização e segurança do mesmo ou não fossem os 30 quilómetros que separam Bruxelas e Boom, cidade que acolhe o Festival. “Estamos seguros no Tomorrowland?” fomos atrás da pergunta e quisemos uma resposta de quem de direito.
 

Organização e autoridades garantem a maior segurança possível

 
A organização do evento “está ciente de tudo o que se está a passar pelo mundo e como tal estamos em constante comunicação com todas as instituições governamentais na Bélgica e pelo mundo inteiro” afirma Debby Wilmsen, representante do festival, em exclusivo ao Portal 100% DJ.
 
Questionada sobre as medidas de segurança do evento, Debby revela que “por vários anos seguidos a nossa maior preocupação e foco é a segurança dos visitantes. Baseados em diferentes fontes de informação, tomaremos decisões em conjunto com as autoridades locais de forma a garantir a maior segurança possível” do evento de música eletrónica.
 
“Se necessário, comunicaremos estas ações antecipadamente ou com o devido tempo necessário” conclui a representante do Tomorrowland, sendo clara a intenção de não cancelar o mesmo.
 

Festivaleiros portugueses não desistem do sonho

 
Além da representante do festival, o Portal 100% DJ esteve também à conversa com Laetitia Esteves, fundadora da “Tomorrowland Crew Portugal” e festivaleira assídua do evento, sobre a possibilidade do festival vir a ser cancelado e as suas condições de segurança.
 
 
“Vou ao Tomorrowland pelo quarto ano consecutivo e nunca me senti insegura. Bem pelo contrário”, afirmou em exclusivo ao Portal 100% DJ. A festivaleira garante que no aeroporto onde aconteceu a tragédia “há sempre imensos polícias com cães e controlam as bagagens” e este ano acredita “num reforço da segurança por parte das entidades belgas, principalmente durante o festival” declarou.
 
Depois de conversar com alguns dos seus colegas de viagem, Laetitia garante que “ninguém pensa sequer na possibilidade de não ir” e que é “impensável” desistir, pois “é muito difícil conseguir o bilhete e o esforço a nível financeiro” é elevado.
 
Relativamente à segurança do evento, a responsável do grupo garante que o evento “é especial por diversos fatores e um deles é nunca haver qualquer tipo de desacatos, apesar do elevado número de pessoas ali concentradas. Penso que a organização quer continuar com esse ambiente mágico e, para isso, terá mesmo de reforçar a segurança”. Assim se espera.

 

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Publicado em Tomorrowland
Thijs Westbroek, conhecido no meio por Brooks, tem apenas 23 anos e já não passa despercebido na dance scene, não fosse a sua vasta seleção de originais e remixes, amplamente tocados em todo o mundo. David Guetta e Martin Garrix são alguns dos seus amigos com quem já produziu músicas entretanto lançadas por importantes editoras como é o caso da Spinnin Records e da Future House Music. 
A propósito do seu regresso a Portugal, marcado para o próximo dia 8 de julho na Figueira da Foz, o Portal 100% DJ esteve à conversa com o jovem holandês, que além das novidades na sua carreira, também nos falou das expetativas no seu regresso a terras lusas.

Apesar de ainda teres uma curta carreira, tens muito sucesso, o que fez também com que recebesses o prémio "Best Talent" na SLAM! Awards. Descreve-nos como tem sido a tua vida ultimamente depois disso.
Ganhar o SLAM! na categoria de "Melhor Talento" foi definitivamente um dos destaques da minha carreira até agora. Sinto que muita coisa aconteceu desde que comecei a apostar na música e isso só vem reafirmar, para mim, que estou onde estou por um motivo. Está mesmo a valer a pena! Desde então, tenho estado em digressão e a atuar sem parar - está provado que vai ser uma temporada agitada de festivais, sem esquecer que recentemente lancei meu novo single "Lynx" pela STMPD.
 
Qual é a sensação de ter uma colaboração com o atual número 1 do Top 100 da DJ Mag, Martin Garrix?
É uma sensação fantástica! Há algum tempo que eu e o Martin temos estado em contacto. Quando comecei a fazer música a sério, cheguei a enviar-lhe algumas faixas, até que finalmente chegou o momento de unirmos forças quando lançámos a "Byte". Depois lançámos a "Boomerang" e mais tarde, a cereja em cima do bolo, o lançamento do "Like I Do" com David Guetta. Temos uma atitude muito semelhante no que toca a produzir e por isso trabalhamos bem juntos. Estou feliz que estes eventos se realizem para que continuemos a fazer música que as pessoas gostem tanto como nós.
 
Já produziste vários remixes para diferentes artistas. Gostarias de deixar algum conselho para jovens produtores?
Encontrar o seu próprio estilo é a chave para se conseguir destacar e captar a atenção do público. É mais fácil falar do que fazer e sabemos que hoje em dia existe muita competição e pressão na indústria da dance music. A produção musical é muito acessível agora, não há desculpa para não "perdermos" tempo a aperfeiçoar o nosso som e fazer dele o nosso próprio estilo, torná-lo característico. Pretende-se que as pessoas oiçam a música e saibam logo que é daquele artista.
 


Preferes atuar num Club ou num Festival?
Tanto os clubs como os festivais têm coisas muito boas. Num club é um ambiente mais intimista e consegue-se chegar até às pessoas mais facilmente. O que não é tão frequente num festival. O que os festivais têm de bom é a sua dimensão, com milhares de pessoas a gritar e a cantar as músicas, é algo que não esqueço tão depressa.

Que tipo de hardware e software consideras essencial para se começar nesta área?
Num começo pode-se usar apenas um software e uns phones ou com umas simples speakers. Primeiro que tudo, é importante que se tenha um Daw em que o produtor se sinta confortável. Uso Fruity Loops como DAW o que é relativamente fácil para quem está a começar, mas é possível usar-se outras DAWs também. A respeito de plugins, podem assistir às minhas masterclasses no meu canal de youtube e ver que plugins aconselho.
 
Que expectativas tens para a tua performance no RFM Somnii?
Primeiro que tudo, Portugal é um dos meus sítios preferidos no mundo e só quero chegar para aproveitar algum tempo antes do festival começar. De mim, podem esperar muita energia e mãos no ar. Pela minha experiência de outras atuações em Portugal, espero um público que se sabe divertir e que não tem medo de sentir a música. A comunidade da dance music em Portugal percebe do assunto, por isso sei que vai ser um espetáculo envolvente. Mal posso esperar!
 
Queres revelar-nos algumas novidades sobre o futuro da tua carreira?
Neste momento estou no meio da época dos festivais. Tenho atuações agendadas na Hungria, Polónia, Holanda, Alemanha... Se assistirem a estes espetáculos vão ouvir-me passar alguma música nova. Tenho passado muito tempo em estúdio, quando não estou em tour, por isso podem esperar grandes colaborações e lançamentos brevemente.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Vocês são brutais! Obrigado pelo vosso trabalho e por terem conversado comigo. Obrigado por continuarem a apoiar-me enquanto lanço novas músicas, tenho novidades para os vossos ouvidos em breve.
 
Publicado em Entrevistas
Vando Camarinha tem 28 anos e depois de conquistar o território nacional, começa agora a dar cartas no mundo da música eletrónica a nível internacional, através de imagens capturadas por si, no momento certo. Natural do Porto e formou-se em Multimédia pelo Instituto Superior da Maia, unindo assim várias das suas paixões: design gráfico, vídeo e fotografia. Fica a conhecer melhor a sua personalidade e trabalho através da entrevista que lhe fizemos.

Como começou a tua história no mundo da fotografia ligada à música eletrónica? 
Foi há 5 anos. Eu trabalhava na noite como fotógrafo e o meu melhor amigo veio à discoteca nessa noite e acabou por me fazer a pergunta: “Vando já que gostas tanto de fotografar, porque não apostas em festivais de música?”. A partir daí comecei a pesquisar sobre alguns trabalhos de alguns fotógrafos profissionais na área dos festivais e com alguns contactos que tinha fui convidado a fazer os meus primeiros festivais. Estava um pouco nervoso no início porque não sabia onde me ia meter! Mas a partir desse momento foi ‘sempre a abrir’. Adoro a fotografia de ambiente festivaleiro, adoro música eletrónica e esses dois temas juntos é perfeito para mim e para o que eu faço!

Que festivais e artistas já fotografaste? 
Portugal: MEO Sudoeste, EDP Beach Party, Melhores do Ano, RFM Somnii, Mega Hits Kings Fest, I’ am Hardwell. Internacionais Inox Park Paris e Elektric Park Festival. Artistas: Dannic, Hardwell, Martin Garrix, Bob Sinclar, Laidback Luke, Dimitri Vegas & Like Mike, Sebastian Ingrosso, Showtek, DVBBS, Thomas Gold, Lost Frequencies, Alesso, Pete tha Zouk, Kura, Nervo, Don Diablo, Bassjackers ,Tujamo, entre outros.

Que história caricata podes contar sobre um dos teus trabalhos?
Tenho várias, mas uma que recordo mais foi quando estava a fotografar as NERVO em Paris e no momento em que ia a sair do palco, acabei por cair de cu no chão! No momento senti-me um pouco envergonhado porque tinha todas as pessoas a olhar para mim e porque foi o primeiro festival que fiz internacionalmente. Como devem calcular, as pessoas começaram-se a rir e eu com a minha calma toda disse-lhes que era uma coisa normal quando se ama o que se faz! 

Que artista gostaste mais de fotografar? 
Kura foi sem dúvida um dos que mais gostei de trabalhar. Para além de humilde, foi das pessoas que mais apostou em mim e que me deu força para continuar a fazer mais e mais neste ramo! 
 
Que material fotográfico aconselhas para um jovem fotógrafo que queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
De material fotográfico aconselho para os iniciantes desta modalidade, a Canon 550D ou Canon 700D. Para iniciar é perfeita para praticar. 
Pesquisando, inovando e tendo sempre uma open mind, isso é a melhor dica que podem ter. Não se deixem intimidar por ninguém, sejam simples, humildes, idealizem, concretizem e principalmente sejam unidos.

Quais os eventos e artistas que mais gostarias de fotografar?
Ultra Music Festival e Tomorrowland.
 

Publicado em Entrevistas
São uma das duplas mais reconhecidas em Portugal e com mais ligações ao nosso país. ‘Nuestros hermanos’ Chus & Ceballos estão de volta a território nacional para duas atuações únicas, onde irão apresentar o seu mais recente álbum de originais “Nomadas”. O Portal 100% DJ esteve à conversa com Chus e Pablo Ceballos numa entrevista exclusiva, onde foram abordados vários assuntos de interesse como o nosso país, a sua editora Stereo Productions, o Iberican Sound e o presente e futuro da música eletrónica internacional.
 
 
O que podemos esperar das vossas próximas atuações em Portugal?
É com muito prazer que regressamos às pistas de dança portuguesas. Sempre tivemos grande sucesso no nosso país “hermano” pela proximidade do nosso som e as nossas raízes ibéricas. Desta vez estamos em digressão com o nosso álbum “Nomadas”, que mistura o caraterístico groove do Iberican Sound com melodias e sonoridades mais Deep. O reflexo na pista é uma explosão de ritmo para não parar de dançar. Uma viagem percorrida através do House e do Techno com a particular presença dos nossos bem conhecidos ‘Drums’. 
 
A noite portuguesa ficou fortemente marcada pela influência da Stereo Productions e do chamado Iberican Sound há alguns anos atrás. Que recordações guardam dessa época?
Foi realmente uma época muito especial na nossa carreira. Grandes recordações guardamos na nossa cabeça e muitas grandes noites que partilhámos com o magnífico público português. Foi também uma época onde tivemos a oportunidade de conhecer grandes talentos da cena underground portuguesa que sempre apoiaram o nosso som, tal como o DJ Vibe, Rui da Silva, Carlos Manaça, entre outros. Ficamos muito contentes ao comprovar que Portugal está a voltar às suas raízes musicais.
 
Preferem atuar enquanto dupla ou a solo? Porquê?
Nos primeiros anos da nossa carreira partilhávamos ambas facetas. Atuávamos tanto a duo como a solo, mas com os anos vimos que o impacto era maior enquanto dupla e fazia todo o sentido que os nossos fãs desfrutassem na cabine as grandes malhas que produzíamos em estúdio. 
 
Falem-nos um pouco sobre o vosso mais recente álbum “Nomadas”.
“Nomadas” é o resultado de muitos anos de experiência, de maturação do nosso som e, portanto, de evolução também. Um ano antes de terminar o álbum tivemos a magnífica oportunidade de atuar no festival Burning Man, que se realiza no deserto de Black Rock no estado de Nevada nos Estados Unidos da América. Foi uma experiência que nos mudou completamente, 'life-changing experience' mesmo. Proporcionou-nos o foco ideal para concretizar um projeto de álbum de originais que estava na nossa 'bucket list’ há alguns anos. É sem dúvida um grande passo na nossa carreira e o princípio de uma nova etapa para Chus & Ceballos. 
 
Como prevêem o mundo da música eletrónica nos próximos 10 anos?
Se olharmos para atrás, nos últimos 10 anos muita coisa tem mudado positivamente. É difícil prever uma coisa assim mas a lógica indica que continuaremos a desfrutar de música electrónica por muitos mais anos. Como tudo, a evolução, a aparição de novas tecnologias e as novas tendências vão marcar o caminho a percorrer. A nossa intenção é sempre acompanhar os desenvolvimentos e manter a nossa identidade. É fundamental para qualquer artista. 
 

a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.

 
Contem-nos a importância de Portugal para a vossa carreira, nomeadamente as atuações de DJ Chus na discoteca Kadoc.
Chus: Fui residente da Kadoc durante a década de 90, uma era dourada para a dance music mundial. Foi uma grande escola para mim e uma ‘ponte’ para o mercado americano onde tantos êxitos temos colecionado. Portugal era considerado um paraíso da musica eletrónica e pela cabine da Kadoc passaram as melhores lendas do house e techno mundial. Quando cresces rodeado de tanta qualidade, o resultado não pode ser outro: mais qualidade e, daí o nosso Iberican Sound, fruto da influência de estilos que existiam naquela época em Espanha e Portugal. Tanto a Kadoc como Portugal, para mim, tornaram-se nos maiores pilares da minha carreira. 
 
Sabemos que têm uma grande amizade com o DJ e produtor português Carlos Manaça e juntos já viveram momentos inesquecíveis. Qual é a vossa opinião sobre a carreira de Manaça?
O Carlos é um grande profissional com muitos anos de experiência. Um verdadeiro mestre para nós e um exemplo de dedicação e de devoção pela música de dança em Portugal. Ficamos muito orgulhosos de ver que continua em grande e com o poder de mexer as melhores pistas de dança portuguesas. O seu carisma faz com que o público acompanhe sempre as festas onde ele atua, sempre sinónimo de qualidade. Desejamos muitos anos de vida para o senhor Carlos Manaça.
 
Que país tem o maior volume de compras de músicas e produções da Stereo Productions?
Sempre tivemos um apoio sólido e forte no mercado Ibérico. Tanto Espanha como Portugal têm sido a grande base da Stereo ao longo dos anos e com a nossa expansão para o mercado americano, como o Canadá e Estados Unidos da América, tem crescido exponencialmente, tornando-se num dos nossos principais seguidores. Por proximidade cultural, todos os países latinos com grande presença em comunidades na América do norte, as compras têm crescido também nos últimos anos em países como México, Venezuela, Colômbia, Argentina, entre outros.   
 
Ultimamente a Stereo Productions tem aceite novos talentos?
A nossa política foi sempre essa: apoiar e descobrir novos talentos, artistas com uma filosofia semelhante à nossa, com ligações culturais, com paixão pela música de qualidade. Foram muitos os artistas que já passaram pela nossa editora. Neste momento, estamos focados num novo talento espanhol, natural de Sevilha e chamado Rafa Barrios, que tem desenvolvido um excelente trabalho, tanto de produção como de DJ, com presença ativa nos melhores eventos e festivais de Espanha e recentemente dos Estados Unidos da América. São muito poucos os artistas com que já fizemos B2B e o Rafa é um deles. Estamos a desenvolver este novo conceito, que já foi apresentado em Miami e que vamos voltar a repetir no club Space de Nova Iorque no final deste mês de abril com o evento ‘Iberican Republica’.
 
Que novidades podem revelar sobre o futuro da vossa carreira e da vossa editora?
Estamos num excelente momento, tanto a nível discográfico como artístico. O calendário da Stereo para este ano está praticamente preenchido com lançamentos semanais e compilações para celebrar os principais eventos onde a Stereo tem marcado presença como o BPM Festival de Playa del Carmen, Miami Music Week, Barcelona Off Sonar Week, Amsterdam Dance Event e Ibiza com o nosso álbum anual “Balearica”, entre outros. Temos também agendado para o final do ano um novo álbum titulado “Iberican Republica”. Nos últimos três anos muita coisa tem mudado na Stereo, para o bem, obviamente. Neste momento temos uma grande equipa de profissionais a trabalhar em sintonia com o nosso foco na expansão do som ibérico, dos brand events e os Stereo showcases. A dupla está mais forte do que nunca. Divertimo-nos com o nosso trabalho e este é o melhor dos prémios.  
 

o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto.

 
Que opinião têm sobre o panorama musical português?
Portugal foi uma grande referência para nós. Um país onde fomos sempre bem recebidos e onde passámos grandes momentos, marcados na nossa memória para sempre. Com a aparição da chamada ‘EDM’, as coisas mudaram bastante. Os gostos das novas gerações e a maneira de consumir a música eletrónica também mudou. São ciclos inevitáveis que ajudam, por outro lado, a expandir a cultura eletrónica. É sempre bom saber que esse novo público que a ‘EDM’ tem captado, agora está a evoluir e a crescer musicalmente e está a consumir outro tipo de música mais madura e sofisticada, tal como o House e o Techno, que são estilos para um público exigente e adulto. Este proceso tem acontecido não só em Portugal como em todo o planeta. O importante é saber-nos adaptar e evoluir, sem esquecer a nossa própria identidade. Portugal é um país com grande tradição cultural. A música de dança e o nosso património e com o trabalho dos profissionais, o legado ficará garantido. 
 
Que mensagem gostariam de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Devem-se sentir uns sortudos por fazer parte de um país com tanta história na dance music. Um verdadeiro legado de qualidade inquestionável com grandes figuras que dedicaram o seu trabalho e paixão pela música de dança. Apareçam neste fim de semana nas nossas festas em Aveiro e Viseu. Será um grande reencontro com o país que tanto nos deu e que tanto nos inspirou. Vamos celebrar da melhor maneira e defender que a música de dança não é uma moda mas sim um modo de vida, um movimento cultural e uma filosofia universal.  
 
Publicado em Entrevistas
A chegada do novo milénio foi uma porta que se abriu para o DJ e produtor Carlos Manaça – um dos artistas de música eletrónica mais conhecido e respeitado, tanto a nível nacional como internacional, sempre fiel aos géneros underground. A sua carreira começou em 1986, altura em que a música de dança se começava a ouvir em Portugal. Reinava a house music, o tech house e o techno, géneros direcionados a pequenos nichos que os consideravam underground, apesar de também se ouvirem músicas pop, rock e reggae. As pen’s eram um futuro distante, era o vinil que reinava.
 
Depois de viajar um pouco por todo o mundo na companhia da sua música e de ser o DJ residente de clubs como Pirâmide (Marco de Canaveses), Dezassete (Paços de Ferreira), Cais 447 (Porto), Rock’s (Vila Nova de Gaia), Swing (Porto), entre outros, Carlos Manaça cumpre mais um objetivo: a criação de uma editora.
 
Fundada como Magna Recordings, a editora surgiu “numa altura em que no nosso país só existiam duas editoras de música de dança: a Kaos Records e a Squeeza Records”, de A. Paul. Os primeiros temas editados na agora nova editora realizaram-se “entre 2000 e 2003” e foram “Feel The Drums”, do próprio Carlos Manaça, “Spiritual Battery” de Paul Jays e “The First Tribal Feeling” de Peter Tha Zouk e Bruno Marciano. Sim, com o passar do tempo, Pete Tha Zouk deixou cair o ‘r’ do seu nome artístico.
 
As primeiras edições foram um êxito e “a Magna Recordings foi vista como uma label de música mais tribal”, confessa Carlos Manaça, em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, na comemoração dos 15 anos da editora. Esse estilo, no ano 2000, “estava a começar a ter sucesso a nível internacional” e a editora ficou conhecida por esse “rótulo”, apesar de ter “editado muitos temas fora desse estilo”. Todo o sucesso inicial foi ainda “um dos fatores para a criação da Stereo Productions e do seu chamado Iberican Sound”, que também teve uma ajuda de Carlos Manaça. A Stereo Productions é “uma das grandes editoras a nível internacional” criada por dois grandes nomes como Chus & Ceballos.
 
 
A Magna Recordings começou assim a entrar “no mapa internacional das editoras de música underground” e realizou logo várias entrevistas para a Muzik Mag ou a DJ Magazine. Em 15 anos tudo mudou. No ano 2000, “a logística de cada edição em vinil era muito mais complicada. Depois de editar os temas, eram enviados para a fábrica, receber e ouvir o test pressing para ver se estava tudo bem e mandar fazer os discos e as capas”. Para os temas saírem para o mercado, passavam por todo um processo que demorava “aproximadamente um mês e meio e era caro. Algumas vezes até tinha que ser pago antecipadamente”.
 
Em 2007, após a última edição em vinil de vários remixes do tema “The Strong Rhythm” de Carlos Manaça e Chus & Ceballos, a empresa entrou num “ponto de inflexão” em relação ao seu percurso. “Quase que tivémos de fechar, porque o nosso distribuidor faliu e ficou a dever-nos milhares de euros em discos que já estavam pagos na fábrica. Foi um revés bastante complicado, mas conseguimos superar porque a nossa estrutura era muito pequena”, confessou Carlos Manaça ao Portal 100% DJ. A partir desse acontecimento, todos os temas passaram a ser editados apenas em formato digital.
 
Atualmente é muito mais fácil editar um tema digitalmente do que em vinil há 15 anos atrás. Quando existe uma faixa que tem potencial, “é só fazer o mastering, produzir o artwork e, aproximadamente numa semana, o tema já está nas lojas online. É muito mais rápido e barato colocar temas à venda”.
 
Até ao momento a Magna Records editou cerca de 300 temas e ao longo dos anos foram descobertos vários novos talentos, como é o caso de Pete Tha Zouk, Rob Mirage, Mendo, Richie Santana, Glender, Redkone, Di Paul e Dextro. Agora, no décimo quinto aniversário, Carlos Manaça está a “fazer um balanço” de todo o percurso da editora Portuguesa e a “tentar definir” o próximo objetivo. Para comemorar a data especial, a Magna Recordings tem vindo a editar vários remixes de temas emblemáticos da empresa, “mas cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias”.
 

"Cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias"

 
Apesar de haver “vários truques para conseguir entrar nos tops de vendas”, o artista português não acredita nesses métodos e nem pretende aplicá-los. “Achamos que ter que comprar os nossos próprios temas para conseguir entrar nesses tops de vendas não é o caminho certo. Os únicos a lucrar com isso, tal como vem acontecendo nos últimos anos, são sempre as lojas online”, remata Manaça.
 
Em relação à pirataria, o DJ e produtor considera que “as cópias piratas estão simplesmente a destruir as pequenas e grandes editoras de música não comercial”. Carlos Manaça chegou a pensar que “quando se começaram também a piratear filmes, jogos e aplicações a grande escala” que as autoridades iriam intervir e parar com a “pirataria massiva de praticamente tudo”. Mas isso não aconteceu e “agora já é uma coisa praticamente impossível de conseguir”. Principalmente “as novas gerações já não sabem o que é comprar uma música. Para eles é só ‘ir à net e sacar’”.
 
 
No fim da conversa, Carlos Manaça deixou um importante apelo a todos os seus seguidores e aos leitores do Portal 100% DJ: “Lembrem-se que quando estão a ‘sacar’ uma música na internet de forma gratuita, são muitas as horas de trabalho que não estão a ser pagas. Pode ser um artista pequeno, que provavelmente ao fim de duas ou três edições vá chegar à conclusão que não consegue viver de fazer música, ou um artista ‘grande’ que também tem despesas, que não são poucas, para que a música que estás a ouvir e que te produz tantas emoções, possa estar nos teus ouvidos”.
 
“Por isso, lembra-te que há muitas pessoas por detrás dessa melodia, desse beat, dessa música que tu tanto gostas, que não vão receber nada por isso. E não digam que é por causa do preço, porque a pouco mais de um euro as músicas são acessíveis a praticamente todas as pessoas - basta querer”, concluiu.

 


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Publicado em Reportagens
Miguel Machado, conhecido no meio como Mike The Axe, teve a sua primeira máquina fotográfica aos 12 anos. Depois de um curso de jornalismo na ESCS e de fotografia profissional na ETIC, em Lisboa, começou a trabalhar com os Ninja Kore. Além do começo na área, o fotógrafo revelou nesta entrevista exclusiva quais os artistas que mais gostou de fotografar, bem como uma caricata história de meter os olhos em bico. Houve ainda tempo para deixar algumas dicas a quem queira seguir os seus passos.
 
Como começou a tua história no mundo da fotografia ligada à música eletrónica?
Curiosamente foi durante uma aula quando estava na Faculdade de Ciências de Lisboa. Em 2012, estava na universidade e na altura estava na aula de Biologia Genética quando um colega e grande amigo meu na altura me perguntou: "Queres vir a Sesimbra acompanhar-me numa audição de piano para uma banda, os Ninja Kore?". Ao que respondi: "Why not?", e fomos. É importante referir também que na altura a tirar o curso de Fotografia Profissional na ETIC. Mas naquela época a fotografia, para mim era apenas um complemento para vir a ser um fotógrafo de natureza para a National Geographic, ou pelo menos esse era o plano. Quando chegámos à audição, fiquei imediatamente amigo do Bruno Mixtec e em simultâneo intrigado pela possibilidade de viajar com bandas, aplicando o meu conhecimento fotográfico e artístico nesse mundo. Porém, foi apenas no segundo dia do Optimus Alive de 2012 que decidi que a fotografia de música electrónica era uma carreira possível e que me iria trazer felicidade, além de sucesso pessoal e profissional. Tudo isto devido a um telefonema de última hora (5 minutos depois de receber o meu diploma de Fotografia Profissional da ETIC) que recebi do Bruno a convidar-me para fotografá-los no Alive. O momento em que pisei o palco foi quando simplesmente soube que "era isto".

Que festivais e artistas já fotografaste?
É difícil fazer uma lista completa, sem se tornar tedioso para quem ler este artigo. Mas resumindo, direi os festivais e artistas em que tive maior prazer em trabalhar e que me deram mais feedback para o meu projeto. Começando pelos festivais, fotografei o MEO Sudoeste, NOS Alive, Melhores do Ano, Screamout Fest (Tokyo, Japão), o ADE (Amsterdam Dance Event , Holanda), DreamHack (Suécia) e DreamLand (Bremen, Alemanha). Sobre os artistas que já fotografei: The Prodigy, Steve Aoki, Hardwell, OVDS (Taiwan), Ninja Kore, KURA, Karetus, Zardonic, entre outros.

Que história caricata podes contar sobre um dos teus trabalhos?
Como deves imaginar, há imensas. Mas é uma boa questão e a resposta é uma história muito importante para mim, pois deu me a última confirmação em como sou realmente bom no que faço e que devia continuar. No ano de 2015, tive a felicidade de conhecer um artista venezuelano que habita nos EUA, chamado Zardonic. Conheci-o no Hardclub (Porto) numa festa que estava fotografar e naturalmente surgem aquelas conversas de backstage onde lhe mostrei as fotografias que tirei à sua actuação. De imediato ficámos amigos e me agendou uma sessão fotográfica em Lisboa para um presskit que ele precisava na altura. Fizemos a sessão, jantámos e fomos beber copos para o Cais. Um mês depois fui para o Japão em tour com Ninja Kore e numa das sessões de autógrafos numa loja de discos (Tower Records), notei algo que me encheu de alegria: a banca que tinha o top 3 de álbuns de música electrónica mais vendidos estavam 2 álbuns, os quais tinham as minhas fotografias não só a anunciá-los, como nos álbuns em si! Os álbuns eram de Ninja Kore e Zardonic! Sendo que o álbum do que estava em 1 era o álbum do Skrillex. Senti uma motivação enorme que até hoje se mantém, e um profundo desejo de trabalhar para que um dia faça a capa de um álbum do top 1 mundial.
Tenho uma regra que criei onde não pesquiso o artista antes de o fotografar: se não o conhecer, só oiço o seu trabalho no concerto (se gostar no concerto certamente irá para o meu Spotify).

Que artistas gostaste mais de fotografar?
Não consigo dizer com honestidade quem gostei mais fotografar, porque o que eu gosto de fotografar é o espectáculo. A fotografia é uma arte muda. A luz, a dimensão do espectáculo, a vibe do público, o estado emocional do artista, entre outros factores, são a base da felicidade de um fotógrafo e não a música ou a personalidade do artista. Se queres que seja honesto, tenho uma regra que criei onde não pesquiso o artista antes de o fotografar: se não o conhecer, só oiço o seu trabalho no concerto (se gostar no concerto certamente irá para o meu Spotify). Pode parecer presunçoso ou desleixo, mas a realidade é que havendo uma separação entre o 'gostar' do artista (da sua música e ser fã, o lado emocional) e o lado técnico, traz outra dimensão ao meu trabalho e às fotografias. Na minha perspetiva isto acontece porque quando avanças sem expectativas, não crias um juízo de valor inicial que irá limitar a tua visão, em vez disso descobres as entrelinhas que o músico demonstra, enleias-te num puzzle único de espaço e tempo, finalmente criando uma ligação entre o espectáculo e as fotografias, sentindo a alma do momento. E a resolução desse puzzle é o que gosto mais de fazer. Portanto, para responder à questão: os puzzles que gostei mais de resolver foram Steve Aoki no MEO Spot em Portimão (2013) e Prodigy no NOS Alive (2014) . Esses foram os momentos que descobri o puzzle desses artistas.

Que material fotográfico aconselhas para um jovem fotógrafo que queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
O que tenham à mão, honestamente. Com a evolução tecnológica, todos (eu incluído) achamos que o material faz o fotógrafo e queremos sempre mais. Não é que seja 100% falso. Existe alguma verdade neste estereótipo, mas na minha opinião para um iniciante o mais importante é usar a primeira máquina que tenha à mão e usar. Digo isto porquê? Porque na fotografia, todas as máquinas usam os mesmos principios e alguém que faz muito no ínicio com pouco, aprende muito mais do que alguém que comece pelo melhor. E quando evoluir e passar para a proxima máquina ficará sempre um passo à frente de quem começou em grande.

Que eventos e artistas que mais gostarias de fotografar?
Da minha bucket list faltam-me Gorillaz (banda) e o Dominator (Festival). Gorillaz porque acho que nao vale a pena alongar me muito. Todo o show visual e o conceito formam um puzzle lindo de descobrir 'live'. E claro, o Dominator: um festival de música eletrónica muito pesada que apresenta um público que aparenta mais simples e menos cansativo do que festivais de vários dias/semanas, mas são 24 horas que parecem 10 dias!

Já trabalhas há algum tempo na fotografia acompanhando os Ninja Kore. Conta-nos como começou e como está a ser a experiência.
Como começou contei na minha primeira resposta. Mas como está a ser? Honestamente essa questão tem diversas partes. Dissecando-as uma a uma aquilo que posso dizer é que são uma família. Não seriam família se não tivesse problemas. Todas as familias os têm. Mas, e aqui há um grande "mas": é por sermos familia que tudo o que fazemos vem de um amor e dedicação extrema. O resultado final é o que está à vista de todos. 
 

Publicado em Entrevistas
sexta, 03 agosto 2012 21:59

“Sou eu, a música e as pessoas”

Tinha quinze anos quando começou a prestar uma certa e especial atenção à música e a demonstrar maior interesse pelo que se vendia na loja de discos do pai - a primeira em Portugal a importar dos EUA máxi-singles de música de dança, área que começou desde logo a reparar com outros olhos.
Aos vinte anos começou a animar o ambiente em discotecas e não demorou muito até começar a atuar lado a lado com nomes de referência da dance music. Em 1994 juntou-se ao conhecido Rui da Silva e criaram o projecto ‘Underground Sound of Lisbon’. Mais tarde nasceu o tema "So Get Up" que rapidamente se espalhou pela rota mundial da música electrónica. Ganhou 25 contos no primeiro cachet. Hoje, além da profissão de DJ, é gerente da Indústria no Porto, e faz um programa de rádio na Antena3. É considerado em Portugal como um verdadeiro ícone da noite. Num excelente fim de tarde, antes da sua atuação no Rock In Rio Lisboa, tivemos uma agradável conversa com ele. Dispensa apresentações. DJ Vibe em entrevista.

 

Como descreves atualmente a noite em Portugal?
Já teve melhores dias, mas acho que continua a haver muita casa e muita oferta. Hoje em dia, devido às circunstâncias em que o país se encontra, há uma grande limitação… Mas enquanto houver noite e festas as pessoas vão continuar querer divertir-se.

És um DJ que percorreu várias gerações, sendo um dos principais pioneiros da música eletrónica em Portugal. Quais são para ti, as principais diferenças entre gerir um set hoje e há 20 anos atrás?
Não são muitas. Hoje o que é diferente passa pelo facto do público ser outro, a música também é outra, a forma como se toca também é outra, a tecnologia que apareceu veio ajudar de certa forma, a melhorar a performance, mas a maneira como o set é preparado ou pensado, é exatamente a mesma coisa. Não há grande diferença.

Vens de uma época que o som caloroso do vinyl envolvia as pistas de dança mas atualmente tocas com o sistema digital.
Defendes que o digital é o futuro e uma mais valia para o djing?
Eu sou defensor de tudo o que possa ajudar nas minhas performances. Se isso passa, pelo digital…
Não quer dizer, que não continue a comprar vinyl, passo tudo a digital, mas realmente as tecnologias vieram ajudar bastante, principalmente para quem viaja como eu, para deixar de andar com caixas de discos de quarenta quilos cada uma, e hoje em dia está tudo num computador e se calhar até levo mais música, e é bastante mais prático.
Acho que a tecnologia que apareceu serviu essencialmente para ajudar a trabalhar melhor ainda.

Mas és um adepto da qualidade e tens preferência por material analógico...
Hoje em dia os próprios sistemas mais recentes, já estão mais ‘afinados’ para poderem tocar o digital. Obviamente que não dá para fazer uma comparação: Estás a tocar um disco de vinyl num sistema analógico ou estás a tocar uma faixa em MP3 num sistema digital – são diferentes. Por outro lado, a maior parte da música que se faz hoje, também, toda ela é mais eletrónica do que era há uns anos atrás. Antigamente podia-se usar elementos mais acústicos, samples, etc. Hoje em dia, não é tanto assim, pelo menos nesta fase. Não quer dizer que não venha a acontecer daqui a uns meses, comecem a aparecer. E depois lá está… as origens são analógicas mas depois tocam-se em digital.
Para mim, o essencial é sentir-me confortável, ter um sistema de som que possa responder. Se é digital ou analógico… já não me faz diferença.

 

"Para mim, o essencial é sentir-me confortável, ter um sistema de som que possa responder. Se é digital ou analógico... já não me faz diferença"

 

Ultimamente tens estado ausente no que diz respeito a produção. Podemos esperar novos temas teus para breve?
Sim. Estou a trabalhar nalguns temas novos. Tive parado durante alguns tempos, devido à discoteca no Porto que foi um projeto grande, mudei-me para o Porto, agora estou de volta a Lisboa. Espero até ao final do Verão já ter algumas coisas para poderem ser tocadas.

Fala-nos um pouco sobre o Indústria…
O Indústria foi uma coisa que não foi pensada, não estava à espera de me envolver assim num projecto… mas aconteceu e todas as minhas energias de há dois anos para cá, estiveram viradas para a Discoteca. Construir um clube com aquelas características não foi fácil, mas felizmente a agora está a ‘rolar’ e estou muito satisfeito com o resultado da casa. Está a trabalhar bem com uma grande diversificação de DJs.

A tua presença no Rock In Rio tem sido assídua. Fala-nos um pouco dessa experiência…
Sim, tenho tocado praticamente em todas as edições tanto de Lisboa como de Madrid. No Rio de Janeiro não foi muito feliz, pois toquei numa hora complicada, mas no geral tem disso uma boa experiência. De todos, para mim, o melhor Rock In Rio é o de Lisboa, por causa de todo o envolvimento. O Parque da Bela Vista é realmente espantoso para se fazer este tipo de eventos e de todos os que eu tive presente, destaco sempre o de Lisboa.

Na tua opinião, qual é a característica que um DJ tem de possuir para se consolidar no mercado atual?
Penso que há dois ou três factores importantes. Um deles é gostar mesmo de música, outro é dedicar-se a isso e essencialmente tocar para as pessoas.
Eu sou de uma geração, e de uma escola, se é que existe… que ‘sou eu, a música e as pessoas”. Toco para as pessoas e o importante é perceber que as mesmas estão a divertir-se pela música que estou a tocar e não por me verem a fazer umas ‘palhaçadas’.

 
Publicado em Entrevistas
A paixão pelo DJing começou bem cedo, por volta dos 14, 15 anos, ainda no "seu" Alentejo, mais concretamente em Beja. Agora, poucos são os cantos do mundo que não conhecem o DJ Christian F, muito por culpa do mega-hit "Bring It On Now". Afirma, nesta entrevista exclusiva ao 100% Deejay que quer "continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor" e o seu mais recente "Sunset Lovers", em colaboração com o DJ Gonzalez e a cantora Filipa Sousa é a prova disso mesmo. Crente no lema "o que é nacional é bom", Christian F prepara novidades para breve. O terceiro sucesso está a caminho.
 
 
Como foste "parar" dentro de uma cabine?
Tudo começou nas famosas rádios das escolas - neste caso em Beja - onde ganhei vontade em querer transmitir a todos o que vinha na minha mente a nível musical. O gosto pela rádio já tinha começado antes, mas a paixão pelo mundo do DJing começou por volta dos meus 14, 15 anos. Fui então "contratado" para tocar nos intervalos das aulas e para fazer as matinés/festas da escola. Foram sem dúvida as minhas primeiras experiências numa cabine de DJ, mas num formato ainda muito "caseiro" e sem pensar no que estava ainda para vir.
 
Onde tocaste pela primeira vez? Descreve-nos a sensação…
A primeira vez que toquei numa casa com público (2.150 pessoas nessa noite) tinha eu 15 anos… foi no Bar das Piscinas em Beja, onde eu estava a fazer companhia ao DJ Paulo Abreu (na altura era o DJ residente da casa e foi a pessoa que me ensinou os primeiros passos da minha carreira) que sempre acreditou em mim e que, na altura "inventou" uma desculpa para sair da cabine, deixando-me completamente sozinho e aí tive que me desenrascar! Correu muito bem e desde aí comecei a fazer as folgas do Paulo e tudo começou mais a sério. Foram, sem dúvida, momentos únicos que nunca irei esquecer!
 
Consideras que o DJing está em crise?
Não considero que esteja em crise, já que diariamente surgem novos DJs por todo o lado. Nos dias de hoje, com a crise geral que se faz sentir, acho que é uma profissão que todos querem ou gostariam de ter (alguns pensam ser dinheiro fácil). Não basta ter os temas da "moda" e "saber" misturar... há muita "coisa" por trás que muitos nunca irão saber, nem nunca irão viver/sentir. Para mim, quem tem qualidade e força de vontade irá sempre continuar a trabalhar. Simplesmente não podemos desistir de lutar! Temos que saber enfrentar todos os obstáculos e gerir a carreira da melhor forma.
 
O que mudou com as três importantes nomeações que já recebeste?
Foram sem dúvida um marco muito importante na minha carreira, uma vez que na altura ainda estava a viver no Alentejo e era residente no S-Club em Castro Verde. De repente vejo o meu trabalho reconhecido pela revista Portugalnight. Fiquei bastante motivado e agradecido por todos os que apostaram e votaram em mim. Mais uma vez, deixo o meu agradecimento.
 

"Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas [...]"

 
A noite portuguesa, ainda é o que era?
Muita coisa mudou, como já respondi numa questão anterior. Muitas casas abriram, outras fecharam, outras mudaram de nome ou gerência.
No meu ponto de vista, tento sempre adaptar-me ao presente e continuar a trabalhar mais e melhor. Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas... nunca se esqueçam disso. Outra coisa muito importante é a humildade, tanto nos artistas, como nos donos/staffs das casas. Dou muito valor quando me dizem "és humilde", mas sou simplesmente... eu.

 
Quando e como decidiste 'vou produzir uma música'?
Já produzia há algum tempo, mas nunca decidi editar um tema, pois pensava não ter ainda chegado a altura certa. Como acredito que em equipa as coisas funcionam melhor, decidi falar com alguns DJs produtores, cantores e produtores de vídeo, para em conjunto ganharmos motivação e iniciar projectos que fizessem sentido - foi o que aconteceu. Nos últimos dois anos editei dois temas, dois videoclips (obrigado à ISpot), saíram vários remixes, atingi Tops de vendas, entrei em chart's de vários DJs e Rádios nacionais e Internacionais... o que me deixa bastante contente e motivado em continuar a trabalhar.

 
2011 foi ano do lançamento do teu primeiro original. Foi fácil produzir a "Bring It On Now"?
Não foi fácil, uma vez que era o primeiro tema com voz e queria que este se tornasse numa canção e não apenas um tema de House. Quero principalmente que as pessoas se identifiquem com as letras, com as harmonias e sintam emoções. Penso que o resultado foi muito positivo e tenho a agradecer ao Mike Van Rose pela parceria, à Lia pela voz, à Marta Pires pela letra e à Exclusive Records (Vidisco), pois sem eles nada seria possível.
 
Este ano ‘Sunset Lovers’ está a fazer sucesso. Porquê este nome? É derivado à tua "veia" algarvia? Inspiraste-te em quê?
A Marta Pires foi novamente a letrista - sem dúvida um dos pilares mais importantes em todas as produções que fiz - e decidi juntar-me com o DJ Gonzalez e com a Filipa Sousa (Vencedora do Festival da Canção RTP e que foi representar o nosso país a Baku no EUROVISION SONG CONTEST 2012). O sucesso do tema "Sunset Lovers" é simplesmente graças ao público maravilhoso para quem toco e graças a esta equipa fantástica que acreditou que seria possível fazer um tema que se identificasse com o Verão e com as famosas Sunset Parties que se realizam no Mundo inteiro.
Muitas pessoas pensam que sou Algarvio, mas sou Alentejano! Claro que tenho uma veia Algarvia e daí ter feito um tema a pensar muito nas nossas praias e Sunset's que todos os dias transmitem emoções e energias positivas a todos nós. Felizmente o tema já é reconhecido internacionalmente, nomeadamente em Angola, Brasil, Moçambique, USA, Suíça, Alemanha, Espanha... Fico muito contente de sentir este feedback em relação aos temas que produzo. Vamos continuar a espalhar a produção nacional pelo Mundo. O que é nacional é bom e dou, desde já, também os parabéns a todos os meus colegas DJs/Produtores que diariamente lutam pela sua carreira.
 
Quanto tempo demorou a produzir, incluindo o vídeo-clip?
Tanto a "Bring It On Now", como a "Sunset Lovers" levaram praticamente o mesmo tempo a serem produzidas. O tempo... foi o necessário para que tudo estivesse realmente como nós acreditávamos que estaria pronto a sair. (risos)
 
Qual dos temas, te deu mais gozo produzir?
O primeiro é sempre o primeiro, mas o segundo é sempre o segundo. O terceiro está a caminho…
 
Que projetos tens na manga?
O meu principal objetivo é que as pessoas se sintam bem quando ouvem os meus temas ou me ouvem a tocar. Quero continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor, quero aprender muito mais, quero estar cá para dançar muito e fazer dançar. Obrigado por me fazerem feliz. Em relação a novos projetos, brevemente irei ter novidades.
Muito obrigado à 100% Deejay pela entrevista, tudo de bom.
 
 
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Com apenas 20 anos, Danny Avila é uma das grandes promessas da música eletrónica a nível mundial. Foi considerado como "Artista Revelação" por vários órgãos de imprensa especializada como a MTV, Billboard e Vicious Magazine e tem o apoio de Tiësto, com quem já trabalhou várias vezes. O Portal 100% DJ entrevistou o artista espanhol no Nosolo Água em Portimão, na “Where’s The Party by Carlsberg” no passado dia 1 de agosto, antes da sua atuação. Nos bastidores do evento, Danny Avila falou-nos sobre a sua carreira, o nosso país, a música eletrónica em Espanha e sobre o Top 100 da DJ Mag.

 
 
Gostas de Portugal?
Adoro Portugal! Ainda não atuei muito por cá, na verdade esta é a segunda. O ano passado foi em Cascais, na mesma festa, que foi incrível.
 
O que conheces do nosso país?
A verdade é que não conheço muito. Apesar de ser de Espanha, mesmo aqui ao lado, é certo que ainda não atuei muito em Portugal, mas o pouco tempo que estive aqui tem sido uma experiência muito boa.
 
Como consideras a música eletrónica em Espanha?
Agora está num bom momento. Há uns quatro ou cinco anos quando comecei a ganhar mais notoriedade e nessa altura a dance scene não estava tão boa como agora, mas nos últimos dois anos tem ganho uma boa forma.
 
Que diferenças encontras entre o público português e espanhol?
Não muitas. A cultura é parecida e no final todas as pessoas que saem querem dançar e passar um bom momento.
 

Um artista internacional tão grande que se interessa pelo teu trabalho e que te apoia é incrível.

 
O teu pai também foi DJ. Esse facto revelou-se numa inspiração para ti?
Não diria uma inspiração. Eu por exemplo, quando comecei, tinha dois technics do meu pai quando era mais novo e curioso e tinha milhares de vinis. Passava muito tempo a ouvir todos os vinis que ele reproduzia há muito tempo.
 
Tiësto afirmou que vais ser a próxima “mega-estrela”. Qual é a sensação de uma lenda da música eletrónica dizer isso de ti e do teu trabalho?
Na verdade, é incrível! Tiësto, desde que comecei, sempre foi uma grande inspiração. Tive a oportunidade de, pouco a pouco, trabalhar mais com ele, principalmente nos últimos dois/três anos e é incrível. Um artista internacional tão grande que se interessa pelo teu trabalho e que te apoia é inacreditável.
 
 
Para o futuro, que projetos estão previstos para a tua carreira?
Agora os projetos mais importantes que tenho passam pela minha própria residência no Pacha Barcelona todas as segundas-feiras, com a minha festa que se chama “More”, onde atuo praticamente toda a noite com música diferente. Não é só Progressive, mas um pouco mais de Tech House e outros géneros diferentes de música. Estou muito feliz porque o Pacha é uma excelente marca a nível mundial. Em relação a produções, o meu próximo lançamento será em setembro, uma colaboração com Tujamo, pela Spinnin' Records. Depois tenho outro tema a sair pela Playbox Music.
 
Quem achas que vai ser o número 1 do Top 100 da DJ Mag este ano?
Todos os anos é a pergunta que se faz a todas as pessoas mas nunca se sabe. Acredito que o Top 100 da DJ Mag é uma incógnita.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos os que me seguem e a todos os portugueses. Estou encantado por voltar aqui mais um ano e o recinto é espetacular e muito bonito. Quero voltar muitas mais vezes a Portugal!
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